sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Todo mundo me perguntava o que queria ser quando crescesse. Ninguém me perguntou...


Todo mundo me perguntava o que queria ser quando crescesse. Ninguém nunca me perguntou o que queria ser quando ficasse velho.

O que você vai ser quando crescer?
Quem de nós, quando crianças, não escutou essa pergunta.

É quase certo que no passado muitos de nós pensávamos com freqüência sobre a carreira que gostaríamos de seguir.

Uns escolheram medicina, outros engenharia, administração, música, etc.

Durante nossa vida temos a tendência de focar no presente e em um futuro próximo. Preocupamos com nossa formação no colégio, na faculdade e a carreira nas organizações. A visão dificilmente passa de cinco anos à frente.

É muito comum encontrarmos profissionais, já a beira de sua aposentadoria, sem recursos mínimos que lhes garantam uma velhice tranqüila. Isso se deve ao fato de não pararmos e nos questionarmos a respeito do que queremos ser quando a velhice bater a nossa porta.

Talvez se no passado, alguém de nossa família ou mesmo amigos, nos questionassem sobre nosso futuro distante, pudéssemos nos preparar melhor para a aposentadoria. Pode ser que para alguns o aviso não surtisse efeito, porém hoje tenho certeza que muitos aposentados não estariam reclamando de suas escassas economias e total dependência da previdência.

Mas já que nunca perguntaram o que queríamos ser quando ficássemos velhos, acabamos por acordar tarde e despender um esforço muito grande para juntar economias para este futuro que agora está cada vez mais próximo.

Ainda estou em uma fase da vida em que tenho condições de fazer o pé de meia, mas é incrível como existem muitos executivos a beira da aposentadoria que não guardaram absolutamente nada e agora se desesperam, achando ou tendo certeza que terão de trabalhar pelo resto da vida.

Quando somos jovens, achamos que a velhice está distante demais para nos preocuparmos com ela. Quando perto da meia idade, achamos que ainda temos tempo para guardar recursos e deixamos correr o barco. Mas quando menos esperamos, já estamos velhos e sem nada.

Achar que o Estado vai tomar conta de você quando ficar velho é um sonho, a cada ano que passa devido aos desmandos de nossos governantes, só nos deixa a certeza de que não se realizará. Apenas alguns poucos servidores públicos ainda terão o privilégio de aposentadorias dignas; certo que também que nossos ilustres políticos continuarão com suas vergonhosas aposentadorias de milhares de reais. A grande maioria da população receberá, quem sabe, um ou dois salários mínimo.

Para quem sempre esteve neste padrão salarial, nada muda, mas para um executivo que ganha mais de dez, quinze, vinte mil reais por mês, muda e muda muito. Nesta hora entra o desespero e as conquistas de patrimônio, se existiram, começam a ser dilapidados. Dependendo da necessidade vão-se cem pelo preço de cinqüenta.

Se você meu caro amigo, ainda está na faixa dos vinte, aconselho que inicie agora seu plano de aposentadoria. Parece estranho falar em um plano para ser usufruído daqui a quarenta e cinco anos, mas você terá que contribuir pouquíssimo para este seu plano.
Se você está nos trinta, ainda tem tempo de sobra e os valores para conquistar uma aposentadoria um pouco mais tranquila não são tão altos.

Se você está na faixa dos quarenta, seus valores já se tornam altos, mas nada é impossível se tiver força de vontade.

Se você esta nos cinqüenta, é um executivo e não se tornou milionário, talvez seja a hora de rever seu padrão de vida. Deixar de comprar os vinhos franceses, o queijo camembert, as idas para restaurantes caríssimos, viagens para o exterior e jogar toda esta economia em planos de previdência ou investimentos. Não é tarde e nem é preciso desesperar. Apenas já vá se adequando a uma vida mais simples do que você tem agora.

O importante é lembrar este planejamento e atitudes devem ser tomadas em conjunto com a pessoa ou as pessoas com quem você vive. Já diz o velho ditado de que quando um não quer dois não fazem.

Por outro lado, se você já está aposentado e não guardou nada para esta etapa da vida, infelizmente quem sofrerá são seus parentes e amigos. Resta a você algumas opções como continuar trabalhando, ganhar na mega sena ou quem sabe, ser empossado pelo governo e ter seu patrimônio multiplicado por 20, 30, 40 vezes e de quebra ficar passeando de jatinho a custas de empresários. Sei lá, nunca se sabe, a esperança é a última que morre.

Eduardo Slepetys






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