terça-feira, 15 de outubro de 2019

Inovação não é tecnologia!


Toda vez que falamos sobre inovação, é comum as pessoas acharem que estamos falando sobre tecnologia, mas isso não é 100% certo.


Toda vez que falamos sobre inovação, é comum as pessoas acharem que estamos falando sobre tecnologia. Ao tocar no assunto, tem sempre alguém que se lembra de um caso com uso de aplicativos, drones, realidade virtual, etc. Mas posso garantir: inovação nem sempre tem a ver com tecnologia.
Existem muitos tipos de inovação. A inovação tecnológica é só uma das possibilidades, assim como a disruptiva, que é aquela que muda completamente o que existia antes, criando um verdadeiro divisor de águas. No entanto, não é todo dia que conquistamos uma inovação dessas. No dia a dia, outros tipos de inovação são muito frequentes e possíveis.

Uma delas é a incremental. Muitas vezes, ela se parece mais com processos de melhoria contínua do que com inovação de fato. Mas, ao longo de várias versões, é possível perceber a inovação acontecendo. Um bom exemplo são os aparelhos de TV. Se compararmos aquele “tubão” preto e branco de décadas atrás com as telas ultrafinas e inteligentes que vemos hoje, chegamos a pensar que nem se trata mais do mesmo produto.
Outro tipo de inovação que gosto muito é a aberta. Ainda tem muita gente com medo de compartilhar ideias, receando que elas sejam roubadas. Na inovação aberta isso simplesmente não faz o menor sentido. Uma ideia é lançada e qualquer pessoa pode dar novas sugestões. Os gestores colhem as melhores e criam inovações a partir de um apanhado geral das melhores ideias. Esse tipo de inovação vem ficando cada vez mais frequente.
Você pode inovar ao lançar novos produtos para os clientes que já tem, ofertando serviços ou produtos com maior valor agregado. Ou ainda, produtos mais baratos, para um outro segmento de clientes, que você não atinge hoje devido ao preço. Pode ainda lançar novos produtos para novos mercados, que você ainda não é capaz de atender com as ofertas que possui atualmente.
É possível inovar também no modelo de negócios. Hoje, não necessariamente os negócios precisam se resumir a produto/ serviço para lá e dinheiro para cá. Existem muitos setores consagrados mudando a forma de cobrança. Até montadoras, que sempre venderam carros, começam a avaliar a possibilidade de alugá-los por meio de um sistema de assinaturas. Aliás, o modelo de pagamento recorrente tem atraído muitas empresas porque garantem um faturamento sem grandes oscilações.
Um outro viés de inovação que muito me agrada é o criativo. Com ideias muito simples, resultados gigantes são provocados. Um exemplo que gosto de citar nos meus treinamentos é o do aparelho de ressonância magnética. A maioria das crianças precisa ser sedada para fazer esse exame. Foi então que profissionais criaram uma nova forma de obter o mesmo resultado, fazendo uma coisa diferente.
Pintaram a sala e o aparelho, envolvendo as crianças em uma história. Eles não seriam pacientes, mas sim comandantes de um navio. Em um determinado momento, ao suar uma sirene, as crianças precisavam ficar bem quietinhas para não serem atacadas por piratas. Com o envolvimento de médicos e enfermeiros naquela brincadeira, o índice de sedação caiu para menos de 10%.
Agora, eu pergunto: qual tecnologia foi empregada nesse caso? Absolutamente nenhuma! Inovação tem muito mais a ver com empatia, experimentação, ousadia e criatividade do que com tecnologia. Para tornar a sua empresa mais inovadora, você precisa estar mais atento às necessidades dos seus clientes e aberto a propor novas soluções. Inovação nada mais é do que procurar respostas diferentes para perguntas que se quer foram feitas. Tecnologia é só um meio, não um fim.
*Por Marília Cardoso, jornalista, com pós-graduação em Comunicação Empresarial, MBA em Marketing e pós-MBA em Inovação. É empreendedora, além de coach, facilitadora em processos de Design Thinking, consultora e professora de inovação. É fundadora da InformaMídia, agência de comunicação, e sócia-fundadora da PALAS, consultoria de inovação e gestão.
**Sobre a PALAS: a PALAS é uma consultoria especializada em inovação e gestão. Entre os serviços estão treinamentos, consultorias e certificações ISO. Em um processo de co-criação, a empresa ajuda seus clientes a criarem o futuro. A inovação acontece como uma consequência da implementação de algumas das mais importantes metodologias de gestão. A PALAS é pioneira na implementação da ISO 56.002, que garante os processos de inovação nas empresas.

by Marília Cardoso

Conheça profissões que serão extintas no futuro

E saiba como não ficar de fora do mercado.



Com os avanços tecnológicos é inevitável que muitas das profissões que conhecemos hoje sejam extintas e por isso é fundamental estarmos atentos a todas as mudanças. Esse processo de mutação ocorre lentamente, porém o movimento tem se intensificado cada vez mais. A maioria dos trabalhos repetitivos e que exigem pouca, ou nenhuma, especialização técnica serão os primeiros a desaparecer. Na verdade, já estão desaparecendo. Ou você ainda vê ascensoristas nos elevadores?
Profissões que são realizadas por humanos, mas podem ser feitas por máquinas e apresentarem um desempenho melhor - e mais barato - também serão substituídos. Certamente você já assistiu ao filme "Tempos Modernos", de Chaplin, não é verdade? Te garanto que as tarefas realizadas pelo personagem do filme também não existem mais.

Mas então, quais profissões serão extintas?

Atendente de telemarketing, corretor de imóveis, agentes de viagens e contadores são alguns dos exemplos. Na verdade, essas profissões, no estilo convencional que conhecemos atualmente irão desaparecer com toda certeza, todavia outras que nem conhecemos ainda irão surgir. De acordo com a Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (CEPAL), 65% das crianças que estão na educação básica terão empregos que ainda não existem.
Esse é o fim do mundo?
Eu diria que não. Há uma coisa que ninguém, nem mesmo a inteligência artificial, pode tirar de você: seu conhecimento e adaptação.
De acordo com Alan Toffler, "o analfabeto do século XXI não será aquele que não consegue ler e escrever, mas aquele que não consegue aprender, desaprender, e reaprender". Logo, o mais importante não é saber quais profissões serão extintas, mas sim o que fazer para não ser atingido por essa catástrofe.
Os novos ofícios, que vêm ganhando mais espaço conforme o desempenho dos avanços tecnológicos. Uma das novas profissões é o empreendedor digital, que traz uma maneira diferente - e com menos custos - de ter seu próprio negócio. Pessoas movidas pela inovação e cansadas das rotinas de trânsito e escritórios estão desenvolvendo trabalhos 100% onlines. E você, já pensou como vai se atualizar? As possibilidades são infinitas.
*Por Christian Aguilera, Inbound Marketing na HeroSpark, plataforma de empreendedorismo digital. Acadêmico em Administração pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná, possui domínio de temas relacionados à inovação e é especialista em marketing digital, além de ser um incentivador dos polos de tecnologia. Christian também tem aptidão para ciências exatas e já atuou também como professor de matemática em cursos preparatórios.

by Christian Aguilera

Bancos vão automatizar 200 mil empregos em dez anos

Segundo previsão da consultoria Gartner, os chatbots serão responsáveis por 85% das interações de atendimento ao cliente já em 2020.


De acordo com um estudo da Wells Fargo, cerca de 200 mil empregos em bancos dos Estados Unidos serão automatizados. Em suma, isto significa que a tecnologia será responsável por estes cortes na próxima década.
Mike Mayo, analista sênior da Wells Fargo Securities LLC, relaciona o alto investimento de empresas financeiras dos EUA em tecnologia. O movimento deve levar a custos mais baixos, enquanto a remuneração dos funcionários deverá representar metade de todas as despesas bancárias.

Com a adoção de novas tecnologias, o relatório aponta que funcionários de back office, agências, call center e corporativos sejam cortados entre um quinto a um terço. Estes seriam os mais afetados.
Os menos afetados, segundo o estudo, são funcionários relacionados a tecnologia, vendas, assessoria e consultoria.
Um exemplo prático são os chatbots. Eles têm a capacidade de lidar com o atendimento inicial, mas avançam rapidamente a medida que as pessoas deixam de saber se estão falando ou não com um mecanismo.
Segundo previsão da consultoria Gartner, os chatbots serão responsáveis por 85% das interações de atendimento ao cliente já em 2020.
O analista Mayo, da Wells Fargo, relaciona que executivos de bancos, empresas de consultorias e outros fazem parte da previsão de cortes na força de trabalho no setor bancário.
O processo de automação, de fato, pode não ser tão simples. De acordo com a McKinsey, estima-se que o número de funcionários de frente caia quase um terço com a adoção de tecnologias do tipo.

Via: Bloomberg.