quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

 

10 dicas infalíveis para se motivar no trabalho




Motivação é fundamental para o sucesso profissional. Ela nos permite enfrentar desafios, superar obstáculos e alcançar metas. No entanto, às vezes, é difícil manter a motivação no trabalho, especialmente quando enfrentamos rotina, estresse ou falta de significado em nossas atividades. Se você está se sentindo desmotivado no trabalho, confira essas 10 dicas infalíveis para se motivar e alcançar o sucesso:

1. Tenha um propósito claro

Ter um propósito claro é o primeiro passo para se motivar no trabalho. Se você sabe o porquê está fazendo o que está fazendo, será mais fácil se manter motivado, mesmo nos momentos mais difíceis. Portanto, pense sobre o que realmente importa para você e como suas atividades no trabalho estão alinhadas a esse propósito. Além disso, procure trabalhos que tenham um significado maior para você e que permitam contribuir para o bem-estar da sociedade ou para o seu desenvolvimento pessoal.
"O propósito é a luz que nos guia e a motivação que nos move. Sem um propósito claro, nossas ações são apenas reações ao mundo ao nosso redor. Mas com um propósito, nossas ações são as sementes que plantamos para criar o futuro que desejamos" - Simon Sinek


2. Tenha metas específicas e alcançáveis

Ter metas específicas e alcançáveis é uma ótima maneira de se motivar no trabalho. Elas nos dão um senso de direção e nos ajudam a nos concentrar nas tarefas mais importantes. Além disso, ao alcançar as metas, experimentamos uma sensação de realização e progresso, o que nos incentiva a continuar trabalhando. Portanto, defina metas claras e mensuráveis e estabeleça um plano de ação para alcançá-las.
"As metas são como um farol que nos guia e nos mantém motivados. Elas nos ajudam a nos concentrar nas tarefas mais importantes e a alcançar o sucesso. Sem metas, é fácil perder o foco e ficar desmotivado. Portanto, estabeleça metas claras e mensuráveis e trabalhe duro para alcançá-las" - Brian Tracy

3. Seja proativo

Ser proativo significa tomar a iniciativa e agir de forma independente para resolver problemas e criar oportunidades. Isso nos dá um senso de controle e autonomia, o que pode ser muito motivador. Portanto, ao invés de esperar que as coisas aconteçam, busque soluções criativas e tome a iniciativa de mudar as coisas.
"A proatividade é a chave para a motivação. Ao ser proativo, você toma a iniciativa e agir de forma independente para resolver problemas e criar oportunidades. Isso nos dá um senso de controle e autonomia, o que é muito motivador. Portanto, ao invés de esperar que as coisas aconteçam, busque soluções criativas e tome a iniciativa de mudar as coisas" - John C. Maxwell

4. Aprenda algo novo todos os dias

Aprender algo novo todos os dias pode nos dar uma sensação de progresso e realização, o que é muito motivador. Além disso, o aprendizado contínuo nos ajuda a manter a mente ativa e a enfrentar os desafios do mundo moderno com mais agilidade e flexibilidade. Portanto, procure oportunidades de aperfeiçoamento, como cursos, workshops ou treinamentos, e busque maneiras de incorporar o aprendizado em suas atividades diárias.
"O aprendizado contínuo é uma fonte inesgotável de motivação. Quanto mais aprendemos, mais nos sentimos capazes e confiantes. Além disso, o aprendizado nos dá novas perspectivas e nos ajuda a enfrentar desafios de maneira mais criativa. Portanto, nunca deixe de se dedicar ao aprendizado e busque sempre maneiras de se desenvolver e crescer" - Zig Ziglar

5. Tenha uma rotina de trabalho saudável

Uma rotina de trabalho saudável é fundamental para se manter motivado no trabalho. Isso inclui descansar o suficiente, praticar exercícios físicos, alimentar-se de maneira saudável e estabelecer limites com o trabalho. Além disso, é importante ter tempo para atividades prazerosas e relaxantes, como ler, praticar hobbies ou passar tempo com a família e amigos. Assim, você consegue reenergizar-se e estar pronto para enfrentar os desafios do dia a dia com mais motivação.
"Uma rotina de trabalho saudável é fundamental para manter a motivação. Descansar o suficiente, praticar exercícios físicos, alimentar-se de maneira saudável e estabelecer limites com o trabalho são elementos fundamentais para manter o equilíbrio e o bem-estar. Além disso, é importante ter tempo para atividades prazerosas e relaxantes, como ler, praticar hobbies ou passar tempo com a família e amigos. Assim, você consegue reenergizar-se e estar pronto para enfrentar os desafios do dia a dia com mais motivação" - Brian Tracy

6. Seja grato

A gratidão é uma emoção muito poderosa que nos ajuda a nos sentir mais felizes e motivados. Ao praticar a gratidão, somos capazes de reconhecer as coisas boas que temos e as oportunidades que nos são dadas, o que nos ajuda a enxergar o lado positivo das coisas e a seguir em frente com mais determinação. Portanto, procure maneiras de expressar gratidão no trabalho, como agradecer aos colegas pelo apoio ou reconhecer o esforço dos outros.
"A gratidão é a chave para a motivação e o sucesso. Quanto mais agradecidos somos pelo que temos, mais motivados ficamos para trabalhar duro e alcançar nossas metas. A gratidão nos ajuda a enxergar o lado positivo das coisas, mesmo nas adversidades, e nos dá força para enfrentar os obstáculos. Portanto, não subestime o poder da gratidão e busque maneiras de expressá-la todos os dias" - Robin Sharma

7. Tenha um ambiente de trabalho agradável

O ambiente de trabalho tem um grande impacto na nossa motivação. Portanto, é importante criar um ambiente agradável e acolhedor, que nos faça sentir bem e nos dê vontade de trabalhar. Isso pode incluir coisas simples, como ter uma mesa arrumada e bem iluminada, ter plantas ou objetos decorativos que nos trazem alegria ou escolher uma música relaxante para ouvir enquanto trabalhamos.
"O ambiente de trabalho tem um grande impacto na motivação e no desempenho. Se você se sente bem no lugar onde trabalha, é mais provável que esteja motivado e produtivo. Por isso, é importante ter um ambiente de trabalho agradável, bem iluminado e organizado, que promova o bem-estar e a criatividade. Além disso, ter colegas de trabalho respeitosos e colaborativos é fundamental para manter a motivação e o senso de comunidade no ambiente de trabalho" - Daniel Goleman

8. Tenha um mentor ou um coach

Ter um mentor ou um coach pode ser muito motivador, pois eles nos ajudam a identificar nossos pontos fortes e fracos e a desenvolver nossas habilidades de maneira mais eficiente. Além disso, eles nos dão orientação e suporte, o que pode ser muito valioso em momentos de incerteza ou dificuldade. Portanto, procure por profissionais experientes e respeitados em sua área de atuação e peça ajuda quando precisar.
"Um mentor é um guia valioso que nos ajuda a alcançar nossos objetivos e a realizar nosso potencial. Ele ou ela nos oferece orientação, apoio e inspiração, e nos ajuda a enfrentar os desafios e superar os obstáculos. Além disso, um mentor pode nos apresentar novas perspectivas e nos ajudar a aprender com nossos erros. Portanto, busque um mentor que possa lhe oferecer orientação e apoio em sua jornada de sucesso profissional" - Dale Carnegie

9. Faça uma pausa quando necessário


Às vezes, a melhor maneira de se motivar no trabalho é fazer uma pausa. Quando estamos sobrecarregados ou estressados, é comum perder a motivação e a produtividade. Portanto, é importante saber quando precisamos de uma pausa para descansar e recarregar as baterias. Isso pode incluir coisas simples, como sair para dar uma volta, praticar exercícios ou meditar por alguns minutos. Assim, você consegue se rejuvenescer e estar mais motivado para retornar ao trabalho.
"O descanso é fundamental para manter a motivação e a produtividade. Quando estamos cansados, nosso cérebro fica menos ativo e nossa capacidade de tomar decisões e resolver problemas diminui. Por isso, é importante ter uma rotina de trabalho saudável que inclua tempo para descansar e recarregar as baterias. Além disso, praticar atividades prazerosas e relaxantes, como ler, praticar hobbies ou passar tempo com a família e amigos, nos ajuda a reenergizar e a estar prontos para enfrentar os desafios do dia a dia com mais motivação" - John C. Maxwell

10. Encontre uma fonte de inspiração

Encontrar uma fonte de inspiração é outra maneira de se motivar no trabalho. Isso pode ser alguém que admiramos, como um líder ou um colega de trabalho, ou algo que nos inspira, como uma causa social ou um projeto pessoal. A inspiração nos ajuda a enxergar o que é possível e nos dá a força e determinação para seguir em frente. Portanto, procure por coisas ou pessoas que o inspirem e se permita ser inspirado por elas.
"A inspiração é o combustível que alimenta a motivação. Quando estamos inspirados, temos mais energia e determinação para enfrentar os desafios e alcançar nossos objetivos. Além disso, a inspiração nos ajuda a ter perspectivas mais amplas e a ver o lado positivo das coisas, mesmo nas adversidades. Portanto, busque maneiras de se inspirar no trabalho, como ler histórias de sucesso, ouvir palestras motivacionais ou seguir líderes que admira. A inspiração é uma fonte inesgotável de motivação e nos ajuda a alcançar nossos objetivos com mais facilidade" - Tony Robbins


Never Give Up - Cristiano Akira Makiyama

terça-feira, 29 de novembro de 2022

 

Tendência é de mercado de trabalho favorável, mas 2023 é desafio, diz economista

À CNN Rádio, Rodolpho Tobler repercutiu queda da taxa de desemprego para 9,3% no segundo trimestre


A tendência é de que o mercado de trabalho continue favorável, de acordo com o pesquisador e economista do FGV-IBRE, Rodolpho Tobler.

Nesta sexta-feira (29), o IBGE divulgou que a taxa de desemprego no Brasil ficou em 9,3% no trimestre encerrado em junho, uma queda de 1,8 ponto percentual na comparação com o trimestre anterior.

“Minha avaliação é de que poderemos ter mais vagas, mas essa tendência não deve ser muito longa, porque observamos um aquecimento da atividade econômica, neste primeiro e segundo trimestres”, afirmou, à CNN Rádio.

Ele acredita que o impulsionamento será sentido porque “o governo tem feito medidas de estímulo que devem impactar ainda o terceiro trimestre.”

No entanto, Tobler faz uma ressalva: “Mais para o final do ano e início de 2023 é o grande desafio, a gente torce para a pandemia sair do radar, e, então, quem vai ditar o ritmo da recuperação é a atividade econômica.”

“Mas, para 2023, a perspectiva é de crescimento econômico muito fraco, e até em final de 2022 também o mercado pode ter reação mais lenta a partir do final deste ano”, completou.

O economista vê a injeção de mais recursos na economia – pela extensão do Auxílio Brasil – vai servir para “aliviar a situação da população mais pobre e aquecer a economia.”

“Os setores de comércio e serviços têm possibilidade de continuar positivos nos próximos meses”, disse.

No entanto, “a questão é isso que adiciona riscos fiscais, a longo prazo pode trazer um crescimento econômico mais fraco”.


Amanda Garcia da CNN

 

Como o maior teste de quatro dias de trabalho por semana mudou a vida de britânicos


Projeto vem fazendo empresas repensar rotinas no ambiente de trabalho para manter produtividade dos funcionários ao mesmo tempo em que ganham um dia extra de folga


Com mais de dois anos de pandemia, muitas pessoas ou estão lutando para sobreviver, ou deixaram seus empregos, ou estão esgotadas, com a inflação recorde que abocanha boa parte de seus salários.

Mas, nas últimas oito semanas, milhares de pessoas no Reino Unido têm testado uma programação de quatro dias de trabalho, sem corte em seus salários, que poderia ajudar a inaugurar uma nova era.

Esse é o maior teste de uma semana de trabalho de quatro dias realizado no mundo até agora. Alguns trabalhadores já disseram que se sentem mais felizes, mais saudáveis e estão se saindo melhor em seus empregos.

‘Mudança de vida’

Lisa Gilbert, gerente de serviços de empréstimos do Charity Bank, um provedor de empréstimos éticos no sudoeste da Inglaterra, descreve sua nova rotina como “fenomenal”.

“Eu posso realmente aproveitar meu fim de semana agora porque eu tenho minha sexta-feira para minhas tarefas ou […] se eu só quero levar minha mãe para passear, posso fazer isso agora sem me sentir culpada”, disse ela à CNN.

Gilbert cuida de seu filho e de seus pais idosos. O dia extra de folga por semana significa que ela não precisa mais fazer compras às 6 horas da manhã de sábado e pode dedicar mais tempo à família.

“Acho que estou dizendo ‘sim, podemos’ em vez de ‘não, desculpe, não podemos'”, disse ela.

O programa-piloto com duração de seis meses engloba 3.300 trabalhadores em 70 empresas. Eles trabalham 80% de sua semana normal em troca da promessa de manter 100% de sua produtividade.

O programa está sendo executado pela organização sem fins lucrativos, 4 Day Week Global, pelo think thank Autonomy e pela 4 Day Week UK Campaign, em parceria com pesquisadores da Universidade de Cambridge, da Universidade de Oxford e do Boston College.

Os pesquisadores medirão o impacto que o novo padrão de trabalho terá nos níveis de produtividade, igualdade de gênero, meio ambiente e bem-estar dos trabalhadores. No final de novembro, as empresas podem decidir se vão ou não seguir o novo cronograma.

Mas, para Lisa, o veredicto já está dado: foi uma “mudança de vida”, disse ela.

                    Lisa Gilbert, gerente no Charity Bank, aproveita o dia extra de folga passeando no rio Tâmisa, em Londres

‘Genuinamente caótico’

A transição não foi sem seus entraves. Samantha Losey, diretora-gerente da Unity, uma agência de relações públicas em Londres, disse à CNN que a primeira semana foi “genuinamente caótica”, com sua equipe despreparada para as transferências de trabalho mais curtas.

“Para ser totalmente honesta com você, essas duas primeiras semanas foi realmente uma bagunça. Estávamos confusos e desorganizados. Eu pensei que tinha cometido um grande erro. Eu não sabia o que estava fazendo”, disse ela.

Mas sua equipe rapidamente encontrou maneiras de fazer isso funcionar. Agora, a empresa baniu todas as reuniões internas com mais de cinco minutos, mantém todas as reuniões com clientes em 30 minutos e introduziu um sistema de “semáforo” para evitar distúrbios desnecessários – os colegas têm uma luz em sua mesa e a definem como ‘verde’ se puderem falar, ‘âmbar’ se estiverem ocupados, mas disponíveis para falar, e ‘vermelho’ se não quiserem ser interrompidos.

Na quarta semana, disse Losey, sua equipe deu um passo à frente, mas admite que há “absolutamente” a possibilidade de restabelecer um cronograma de cinco dias se os níveis de produtividade caírem ao longo dos seis meses de teste.

“Há uma chance de 25% de não conseguirmos manter (a produtividade), mas a equipe até agora está lutando muito por isso”, disse ela.

               A Unity, uma agência de relações públicas em Londres, introduziu um sistema “semafórico” para que os funcionários não                                                interrompam seus colegas quando eles estão concentrados / Aquivo pessoal / Emily Morrison

‘Como uma biblioteca’

Até o mês passado, a Islândia havia conduzido o maior programa-piloto do mundo de uma semana de trabalho de quatro dias. Entre 2015 e 2019, o país submeteu 2.500 de seus funcionários do setor público a dois testes.

Fundamentalmente, esses testes não encontraram queda correspondente na produtividade – e um aumento dramático no bem-estar dos funcionários.

Gary Conroy, fundador e CEO da 5 Squirrels, fabricante de cosméticos na costa sul da Inglaterra, trouxe “tempo de trabalho profundo” para garantir que seus funcionários permaneçam produtivos.

Por duas horas todas as manhãs e duas horas todas as tardes, a equipe de Conroy ignora e-mails, chamadas ou mensagens do Teams e se concentra em seus projetos.

“O lugar parece uma biblioteca, e todo mundo apenas abaixa a cabeça e arrasa no trabalho”, disse ele.

As pessoas passam a maior parte do dia ‘ocupados, mas sem produção‘, de acordo com uma pesquisa da Asana com 10.600 trabalhadores em setembro passado. A empresa de software descobriu que os trabalhadores nos Estados Unidos gastam cerca de 58% do dia em atividades como responder e-mails e participar de reuniões, em vez do trabalho para o qual foram contratados.

                 
 Gary Conroy (à direita), fundador e CEO da 5 Squirrels, fabricante de cosméticos para pele da Inglaterra 

Conroy disse que as reuniões na empresa costumavam ser uma “sala de conversas”, mas agora são limitadas a 30 minutos e permitidas apenas nas duas horas fora do “tempo de trabalho profundo”. Os resultados superaram as expectativas de todos.

“[A equipe] começou a perceber que eles estavam arrasando em projetos que sempre colocaram em segundo plano”, disse Conroy.

‘Adequado para o século 21’

O dia extra abriu espaço para muitos trabalhadores assumirem novos hobbies, cumprirem ambições de longa data ou simplesmente investirem mais tempo em seus relacionamentos. Os trabalhadores que participam do teste fizeram aulas de culinária, aulas de piano, voluntariado, pesca e patinação, disseram seus chefes à CNN.

Para Emily Morrison, diretora de contas da Unity que lutou contra a ansiedade durante grande parte de sua vida adulta, os benefícios foram mais fundamentais.

“Ter mais tempo livre e menos ‘domingos melancólicos’ no fim de semana ajudou a melhorar minha saúde mental e abordar a semana com uma atitude mais positiva, em vez de já chegar estressada”, disse ela à CNN.

Mais de dois anos de pandemia, dezenas de trabalhadores atingiram seu limite. Uma pesquisa da McKinsey com 5 mil trabalhadores globais no ano passado descobriu que quase metade relatou sentir-se pelo menos um pouco esgotada.

                  Emily Morrison é diretora de contas da Unity, uma agência de relações públicas em Londres, no Reino Unido / Arquivo pessoal /

Losey disse que um dos principais motivos pelos quais decidiu inscrever a Unity no piloto foi compensar o “nível extraordinário de esgotamento” que sua equipe enfrentou durante o pior da pandemia.

Mark Howland, diretor de marketing e comunicações do Charity Bank, disse à CNN que usa seu dia de folga para melhorar sua saúde e condicionamento físico.

Ele sempre quis competir em um triatlo, mas se sentiu culpado por passar tempo longe de sua família para treinar. Não mais.

“Com meu dia de folga, tenho feito longas corridas de bicicleta, cuidando de mim, tirando algum tempo e depois tendo o fim de semana inteiro para fazer as coisas em casa e passar tempo com a família”, disse Howland.

É improvável que o banco volte a ser como era antes.

“A semana de trabalho de cinco dias é um conceito do século 20, que não é mais adequado para o século 21”, disse ele.


Ana Coobando CNN Business

Londres













 

Trabalhar cinco dias por semana é coisa do passado, diz escritora

Autora de livro sobre sistema híbrido acredita que a pandemia reorientou a relação com o trabalho de uma forma que as empresas só agora estão começando a entender por completo


                    Embora pareça que a semana de trabalho de cinco dias e 40 horas sempre esteve conosco, na verdade, é uma invenção                                                     relativamente novaFoto: StartupStockPhotos/Pixabay

Nunca mais voltaremos ao escritório – pelo menos não cinco dias por semana. Essa é a afirmação de Anne Helen Petersen, autora do livro “Fora do escritório: revelando o poder e o potencial do trabalho híbrido”.

“Você pode tentar descobrir acordos flexíveis agora ou pode batalhar com seus funcionários pelos próximos 5 a 10 anos e depois pagar muito dinheiro a um consultor para ajudá-lo a descobrir o que deveria ter começado a descobrir cinco a 10 anos atrás. ”, afirmou.

Petersen acredita que a pandemia de Covid-19 reorientou fundamentalmente nossa relação com o trabalho de uma forma que as empresas só agora estão começando a entender por completo.

“[As pessoas] não querem ser forçadas a voltar ao escritório dois dias por semana e que não seja um horário em que seus colegas de trabalho estejam lá. E então eles estão voltando para este escritório fantasma e parece totalmente arbitrário responder e-mails de um escritório em vez de responder e-mails do conforto de sua casa”, disse.

Embora pareça que a semana de trabalho de cinco dias e 40 horas sempre esteve conosco, na verdade, é uma invenção relativamente nova.

Mesmo no século XX, por exemplo, era considerado normal trabalhar aos sábados – além dos habituais cinco dias por semana.

Já em 1866, o Congresso dos Estados Unidos considerou a obrigatoriedade de uma semana de trabalho de 40 horas, mas a legislação estagnou. Em 1926, Henry Ford instituiu uma semana de trabalho de 40 horas para seus funcionários, acreditando ser a quantidade ideal de tempo para alguém trabalhar em uma semana.

O Congresso acabou determinando que os empregadores pagassem horas extras aos trabalhadores se trabalhassem mais de 44 horas por semana em 1938. Quando a lei foi implementada em 1940, ela foi reduzida para um máximo de 40 horas.

Mas a semana de trabalho de 40 horas foi – e é – rotineiramente violada por assalariados (e seus chefes) que acreditam que trabalhar mais é trabalhar melhor. “Muitas vezes, trabalhar essas horas incrivelmente longas é um sinal de dedicação, devoção… um sinal de que você deve ser promovido”, disse Petersen. “Por mais que as pessoas falem sobre a santidade da semana de trabalho de 40 horas, elas não falam sobre o fato de que já a violamos.”

A pandemia – na qual os chefes forçaram seus funcionários a ficar em casa por medo de espalhar o vírus – alterou, de acordo com Petersen e outros especialistas em trabalho, fundamentalmente a maneira como pensamos sobre o escritório e a semana de trabalho em geral.

“Se você pensar sobre isso, seu contrato com seu funcionário não é apenas para ganhar tempo”, disse-me Charlotte Lockhart, defensora de uma semana de trabalho de quatro dias. “Você os está comprando fazendo algo com esse tempo – um resultado produtivo. Não importa se eles são fabricantes, em hospitalidade, trabalham na área da saúde ou trabalham em um escritório, o que eles estão olhando é como definimos a produtividade em nosso negócio.”

Em outras palavras: trabalhe de forma mais inteligente, não mais difícil.

A questão diante dos chefes agora é se eles querem reinstituir que os funcionários vão ao escritório cinco dias por semana porque é assim que faziam antes da pandemia ou se querem explorar ativamente a possibilidade de horário flexível ou até mesmo quatro dia da semana para melhor se adequar à vida de seus trabalhadores.

“Não é que isso signifique que todos precisam estar totalmente remotos”, explicou Petersen. “Acho que muitas vezes essa conversa se torna muito polarizada ou binária em termos de [se] todos devem estar sempre no escritório ou todos devem estar sempre em casa. A maioria das pessoas quer um acerto que esteja em algum lugar no meio disso.”


Chris Cillizzada CNN

segunda-feira, 26 de setembro de 2022

 Gestão e desempenho 

Dimensionar e gerir de forma inteligente a força de trabalho é essencial para produção de valor pelo foco em resultado, escreve 



Pós-pandemia trouxe a necessidade de regulamentar o trabalho à distância em bases permanentes para garantir segurança das novas relações,


O governo federal introduziu uma grande inovação no gerenciamento da força de trabalho do Poder Executivo: o PGD (Programa de Gestão e Desempenho). O programa pode ter efeitos racionalizadores também na sua logística e nas suas despesas de custeio. 

O PGD tem um inegável potencial de transformação da maneira tradicional de o governo operar. Favorece a mudança de foco do controle de procedimentos burocráticos para privilegiar a produção de resultados. Se no campo da governança mais ampla o governo tem falhado, no nível da gestão, até por pertinácia burocrática, houve avanços importantes, com a aprovação de novos normativos de licitações e contratos; a racionalização da estrutura de funções e cargos comissionados e, notadamente, a inovação representada pelo PGD na institucionalização do teletrabalho na administração pública federal direta, autárquica e fundacional (APF).

A pandemia impôs que as organizações públicas e privadas se estruturassem a toque de caixa para dar continuidade a suas atividades em um contexto em que restrições sanitárias impunham a adoção de procedimentos de distanciamento social. De modo geral, pode-se dizer que foram bem-sucedidas nessa transição emergencial forçada pelas circunstâncias.

No redesenho das atividades para adequá-las ao trabalho remoto, a primeira descoberta foi a de que já havia disponível um conjunto de ferramentas tecnológicas e comunicacionais capazes de permitir a operação em rede de forma descentralizada. O trabalho remoto não era uma novidade, mas sua disseminação rápida, sim.

O argumento principal para a defesa da nova modalidade de trabalho à distância é que não houve prejuízo da produção e da produtividade, ou seja, a métrica do resultado não foi prejudicada em razão dos rearranjos operacionais. Mais, desses rearranjos adveio a redução das despesas de custeio em decorrência de economias logísticas, de suporte e de apoio. Uma necessidade menor de espaço físico, com impacto correspondente nos custos de facilities e outros itens inerentes ao trabalho presencial.

O pós-pandemia trouxe a necessidade de regulamentar o trabalho à distância em bases permanentes, revendo ainda a forma de gerenciar o trabalho presencial e definindo os conceitos de home office e de teletrabalho, para garantir a segurança das novas relações tanto no setor público como no setor privado.

Foi promulgada a Lei nº 14.442/2022, que alterou a legislação trabalhista, admitindo que o teletrabalho ou trabalho remoto seja feito por jornada, caso do home office, ou por produção ou tarefa, quando não cabe o controle do número de horas trabalhadas a cada dia.

É exatamente essa segunda modalidade a contemplada pelo PGD, nos termos do Decreto nº 11.072/2022, tanto no caso de trabalho presencial, quando há a dispensa do controle de frequência por meio do sistema pertinente, como no caso do trabalho remoto. Na área pública, a diretriz é que o controle ocorra nos termos do plano de trabalho previamente pactuado entre servidores e chefias, por prazo determinado, com descrição qualitativa e/ou quantitativa de tarefas e produtos, sujeitos os planos a monitoramento por sistema específico e à revisão e à avaliação periódicas conforme as necessidades de serviço.

Esse microgerenciamento da força de trabalho com base em resultados, e não em controle de frequência e expedientes rígidos, demanda especial preparo das chefias intermediárias e deve ocorrer paralelamente com o esforço de racionalização da ocupação predial. A orientação para órgãos e entidades é no sentido de favorecer o uso e o compartilhamento de próprios da União e de criar estações de co-trabalho (coworking); além de racionalizar o custeio governamental, visando à obtenção de ajustes estruturais permanentes. É importante que essas iniciativas sejam implantadas de modo integrado, explorando os efeitos positivos recíprocos em um marco normativo que conjugue estímulos estímulos e enforcement.

Esse modelo de gestão com base em resultado deve impactar o dimensionamento da força de trabalho, mudando sua composição qualitativa e a demanda quantitativa, e levando a uma revisão da metragem média per capita requerida para abrigá-la. O potencial é enorme em termos de redução da demanda por locação imobiliária e de liberação de imóveis hoje em uso especial para alienação, locação ou destinação social. Parece evidente o círculo virtuoso, pois essa racionalização no uso de espaços físicos deve estimular ainda mais a disseminação do teletrabalho.

Evidentemente, o teletrabalho não é uma panaceia universal. Está implícito no próprio desenho do PGD que modalidades de trabalho presenciais, híbridas e integralmente remotas devem ser ajustadas conforme as peculiaridades organizacionais de cada órgão ou entidade que, ao aderirem à nova sistemática, têm a flexibilidade de graduá-la conforme a natureza de cada serviço prestado a usuários internos e externos.

A ideia-força a não ser perdida é a produção de valor pelo foco em resultado na engenharia institucional de cada ente para dimensionar e gerir de forma inteligente a sua força de trabalho.



Marcelo Viana Estevão de Moraes, 57 anos, é integrante da carreira de EPPGG (Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental), pesquisador do CEAG/UnB e doutor em Ciências Sociais pela PUC-Rio. Foi secretário de Gestão e de Previdência Social no governo federal. É autor do livro "A Construção da América do Sul: o Brasil e a Unasul" (Appris, 2021) -  Poder 360