sábado, 20 de março de 2021

 

Será que eu levo jeito para ser franqueado?


Qual é o seu perfil profissional? Quantas horas você quer trabalhar por semana? O que você mais gosta, e o que mais odeia fazer? Onde você se imagina daqui a dez anos?
Se você nunca parou para pensar sobre essas questões, ou não tem a resposta para todas elas, a hora de avaliar tudo isso é agora, antes de comprar uma franquia.

A ideia de começar um novo negócio vem sempre com aquela energia boa de quem quer começar um novo projeto, aquele brilho no olho de quem sonha. Mas essa decisão não pode ser tomada com base na emoção. Realizar um sonho, se livrar do chefe, ser dono do próprio nariz, ganhar dinheiro, investir e aumentar o patrimônio – todas essas frases respondem porque alguém procurar por um negócio próprio, mas não respondem o mais importante: será que você leva jeito pra coisa?

É muito importante que antes de avaliar marcas e negócios, você faça uma auto avaliação e pense um pouco sobre você. Ih, pensar sobre mim? Ah, isso é muito complexo. Não é não. Vou te ajudar nessa missão com quatro perguntas bem simples:

1. Você lida bem com alguém te dando ordens, ou você gosta mesmo é de ser livre, leve e solto por aí?

Se amarras não te agradam… talvez ser um franqueado não seja uma boa ideia pra você.

2. Quantas horas você quer trabalhar por semana?

Se você acha que sendo dono do seu próprio negócio, você vai trabalhar menos, ou pouco, está muito enganado. Você vai trabalhar muito, e provavelmente bem mais do que quando era funcionário em alguma empresa, e será responsável por absolutamente TUDO o que diz respeito ao negócio. Sabe quando a impressora quebrava e você ligava para o TI? Ou quando acabava o suprimento e você ligava na área de compras? Logística? RH? Financeiro… agora vai ser tudo com você.

Então se a sua ideia é trabalhar menos… repense!

3. O que você mais gosta, e o que você mais odeia fazer?

Não adianta vir com um papo de “eu vou gostar do que me fizer ganhar dinheiro”. A questão aqui é que se você não gostar minimamente do que faz, não vai conseguir ganhar dinheiro. Tenha foco e busque negócios com os quais você se identifique, ou a rotina vai te consumir em poucos meses e você vai odiar cada segundo do seu dia.

4. Onde você se imagina daqui a dez anos?

É isso mesmo, pense no seu futuro. Onde você se imagina? Você se enxerga com esse negócio daqui a dez anos? Ou você se imagina dono de várias unidades, comandando um grupo de operações? Tudo isso é possível. Ou não. Depende da rede onde entrar. Então, pense nisso e alinhe seus desejos, com os desejos da franqueadora. Não adianta querer várias operações, se a franqueadora não permite mais de uma operação por franqueado, por exemplo. Saiba o que quer, para então buscar marcas alinhadas aos seus desejos.

Pense bem! Faça uma autoavaliação criteriosa. Busque informação, e converse com outros franqueados. E jamais compre uma franquia sem pensar em todos esses pontos.

Boa análise! E se tiver alguma dúvida, entra em contato comigo, que eu te respondo.




by Camila Pacheco, Guia Franquias de Sucesso

 

6 atitudes para avançar na carreira em 2021

Embora 2020 tenha sido horrível, não devemos ignorar o que ele nos ensinou sobre como preferimos trabalhar

                                     Mentoria contribui para crescimento profissional

Vai pela sombra, 2020!

Este ano trouxe mudanças dramáticas para o mercado de trabalho e a forma como trabalhamos. Se você acha que só conseguiu boiar no trabalho, faça de 2021 o ano que irá relançar sua carreira.

Embora 2020 tenha sido horrível, não devemos ignorar o que ele nos ensinou sobre como preferimos trabalhar – este é o grande conselho de Tracy Timm, autora de “Unstoppable: Discover Your True Value, Define Your Genius Zone, and Drive Your Dream Career” (“Imparável: Descubra o seu Verdadeiro Valor, Defina a sua Zona de Gênio e Conduza a Carreira dos seus Sonhos”, ainda sem edição no Brasil).

“É preciso pensar no que você aprendeu com essa confusão em massa e como pode aplicar essas lições na vida e em sua carreira no futuro”, recomendou Timm.

Talvez você tenha aprendido que aproveitar a interação virtual com seus colegas pode ajudá-lo a ter ideias e pensar de forma mais criativa. Ou que você é mais produtivo em casa do que imaginava.

“Priorize. É uma questão de pensar no que você precisa para ser feliz e sustentável profissionalmente”, disse Timm.

Pense grande, planeje pequeno

É bom pensar grande para o que você deseja alcançar no novo ano, mas convém dividir a meta em etapas menores.

“Dê passos graduais”, aconselha Peggy Caruso, executiva e coach de desenvolvimento pessoal. “Depois de dar um pequeno passo e alcançar o primeiro objetivo, você terá mais motivação para prosseguir”.

Portanto, se seu objetivo é conseguir uma promoção, planeje seu roteiro para uma nova posição. Por exemplo: liderar dois novos projetos, conquistar um número X de novos clientes até o final do segundo trimestre, fazer um curso de liderança e aproveitar as capacitações oferecidas pela empresa aos funcionários.

Reviva sua rede

As formas usuais de expansão da rede profissional (como conferências, eventos do setor e feiras de negócios) desapareceram em 2020. Como muitas oportunidades de carreira vêm de quem você conhece, é hora de revitalizar seu jogo de networking.

Os eventos estão acontecendo virtualmente; verifique, portanto, as organizações profissionais aplicáveis e as associações de ex-alunos de escolas para qualquer encontro online que estejam hospedando e navegue nos sites de relacionamento, como LinkedIn ou Meetup, para encontros virtuais.

Apresentar-se pode ser a parte mais difícil do networking. É por isso que Caruso recomenda aperfeiçoar seu “discurso de elevador” (aquele apelo rápido para vender sua ideia) quando alguém pergunta o que você faz.

“Você não vai querer divagar num momento assim. Faça uma explicação rápida de 30 segundos sobre o que você faz para que o interlocutor entenda”, afirmou. “E encerre com uma pergunta: todo mundo gosta de falar sobre si mesmo”.

Expandir sua rede é importante, mas também invista algum tempo reformando sua rede já estabelecida. As conexões que temos com nossos colegas de trabalho são importantes – eles podem ajudar com produtividade, engajamento e satisfação geral. Mas não ter um tempo presencial regular pode enfraquecer esses relacionamentos.

Em maio, o CEO da Microsoft, Satya Nadella, disse ao “The New York Times”: “... talvez estejamos queimando parte do capital social que construímos nessa fase em que todos trabalhamos remotamente”.

Para ajudar a reforçar esses laços, entre em contato com colegas e parceiros para bate-papos rápidos não relacionados ao trabalho.

“A boa notícia é que, mesmo que você seja um pouco proativo, as pessoas geralmente são muito receptivas”, pontuou Dorie Clark, autora de “Você Intraempreendedor: Monetize Suas Habilidades, Crie Várias Fontes de Renda e Tenha Sucesso” (Editora Alta Books).

Encontre um mentor

Um mentor pode fornecer informações, fazer conexões e oferecer uma dose de confiança quando as coisas ficam difíceis.

“Não precisa ser alguém que você conhece”, disse Caruso. "Determine o que você quer atingir e pense em quem é a pessoa que pode ajudar nisso”.

Depois de identificar a pessoa, convide-a para uma conversa na qual você detalha por que a escolheu, o que está procurando e que trabalho pretende fazer no relacionamento.

Restabeleça limites

Quando trabalho e vida acontecem sob o mesmo teto, o equilíbrio se torna inexistente. E isso pode levar rapidamente ao esgotamento profissional.

Estabeleça limites com seu empregador e sua família, deixando claro quando estiver trabalhando ou não.

“Ao sair do trabalho, viva o momento presente”, afirmou Caruso. “Quando você sair do home office, finja que está voltando para casa e se convide para jantar. Desligue o telefone, desconecte-se do trabalho e tenha em mente que uma refeição saudável em família é a ocasião ideal para conversar sobre o que aconteceu no dia”.

Aprenda uma nova habilidade

Aprender algo novo pode ser revigorante, para não mencionar um bom impulso para o currículo.

Existem muitos cursos online disponíveis que podem ajudar no avanço na carreira, seja aprendendo uma habilidade difícil – como aprimorar suas habilidades de linguagem de programação, por exemplo – ou algo mais suave, como uma comunicação eficaz.

Torne-se um líder

Quando uma pessoa quer provar que é digna de ser promovida, uma boa medida é mostrar que pode assumir o comando de uma equipe ou tarefa. Mas isso pode ser difícil de fazer remotamente e quando não se não está em uma posição gerencial.

A chave para mostrar liderança é ser proativo.

“Levante a mão e procure oportunidades e maneiras de fazer contribuições, em vez de ouvir o que fazer, esperar para receber algo ou pedir a um gerente que lhe ensine como fazer isso”, disse Clark.

Entre em contato com os membros da equipe para ver de que suporte eles precisam e ajude a resolver problemas de forma proativa, sugeriu Timm.

Mostrar suas habilidades de resolução de problemas também demonstra liderança.

“Analise o horizonte e procure oportunidades e lacunas no que sua empresa está fazendo, faça sugestões e se ofereça para liderar um comitê para melhorar o processo. O ato de sugerir marca você como um líder”, afirmou Clark.


(Texto traduzido, clique aqui para ler o original  em inglês)

by  Kathryn Vasel, CNN Business

quarta-feira, 17 de março de 2021

 

7 empregos em alta na América Latina, de acordo com o LinkedIn


Todo mundo já ouviu que o trabalho dignifica o homem. Mas a realidade mesmo é que, para a maioria das pessoas, o trabalho é mais uma questão de necessidade e sobrevivência. É com ele que a maioria de nós consegue dinheiro e pode ganhar a vida. Alguns trabalhos pagam mais que outros e sempre pensamos que são aqueles mais legais. Isso porque tendemos a associar um trabalho chato com salários baixos. Contudo, nem sempre esse é o caso.

Por mais que o desemprego na América Latina tenha ultrapassado 10% em 2020, e no Brasil essa taxa foi de 13,5%, por conta da pandemia, alguns empregos tiveram um aumento na sua demanda.

De uma forma geral, saúde e tecnologia foram os dois setores que tiveram uma maior necessidade de trabalhadores em 2020 com relação ao ano anterior. Embora cada país tenha as suas peculiaridades, existem algumas tendências gerais que marcam a evolução do mercado do trabalho no continente.

Os empregos no setor de tecnologia estavam com uma demanda crescente. E em 2020 deram um salto bem significativo por conta do confinamento e as empresas tendo que facilitar o trabalho remoto.

E claro que por conta da pandemia e crise sanitária, enfermeiros, médicos e outros profissionais e técnicos do setor de saúde estão sendo mais procurados do que nunca.

Mostramos aqui os empregos mais requisitados nas maiores economias da América Latina, de acordo com Ramiro Luz, diretor de Soluções de Talentos do LinkedIn para a América Latina.

1 – Desenvolvedor web “front-end e back-end”



Existem dois tipos de especialistas: os que trabalham no “front-end” e os que trabalham no “back-end”. Os primeiros desenvolvem a parte do software que interage direto com os usuários. Já o segundo processa informações.

2 – Engenheiro de dados



Esses profissionais são responsáveis por identificar tendências em conjunto de dados e desenvolver algoritmos para ajudar a pegar informações brutas e fazê-las úteis para uma empresa.

Os engenheiros de dados tem que ter um conhecimento profundo de design de banco de dados e de várias linguagens de programação

3 – Enfermeiro



Por conta da pandemia, o trabalho de maior demanda na região é o de enfermeiro especializado em UTI. “Enfermeiro intensivista era o cargo mais crítico e demandado em todos os lugares”, disse Ramiro Luz.

Além de enfermeiros, a demanda por médicos e todos os tipos de profissionais de saúde também aumentou de forma exponencial. Essa tendência já vem acontecendo a alguns anos.

4 – Especialista em marketing digital


As empresas acabaram sendo forçadas a acelerar de repente sua transformação digital. Por conta disso, as vagas para profissionais de marketing de redes sociais, consultores de marketing digital, especialistas em marcas e assistentes de marketing aumentou muito.

5 – Diretor ou coordenador de comércio eletrônico


O comércio eletrônico impulsionou o mercado de trabalho nessa área. E o diretor ou coordenador de comércio eletrônico, que também é conhecido como gerente de e-commerce, é o profissional responsável pela gestão de um projeto de comércio eletrônico. E também pelo entendimento e controle do processo de venda online, do começo ao fim.

6 – Representante de atendimento ao cliente


Por causa da digitalização das empresas também aumentou a procura por todas as funções associadas a call centers ou serviço ao cliente. Indo desde representantes da empresa que respondem às solicitações dos clientes, até supervisores e gestores das equipes.

7 – Gerador de conteúdo online


Assim como outros empregos na área digital esse também teve uma crescente. A vaga de gerador de conteúdo online pode englobar vários profissionais, como por exemplo, redatores, animadores, ilustradores, artistas 3D e editores de vídeo.




by Bruno Dias, Fatos desconhecidos






terça-feira, 16 de março de 2021

 

RJ perdeu mais de um milhão de postos de trabalho em um ano

Entre empregos com carteira assinada, a redução foi de quase 500 mil vagas

                                Comércio do Rio, movimento fraco

Mais de um milhão de pessoas perderam seus postos de trabalho no estado do Rio de Janeiro no intervalo de um ano, entre o quarto trimestre de 2019 e o mesmo período de 2020. A informação foi levantada pela Assessoria Fiscal da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), com base em dados da Pesquisa Nacional de Amostras por Domicílio (PNAD Contínua) do IBGE. 

Foram 1,056 milhão de postos de trabalho a menos. Em números absolutos, esse total só fica atrás de São Paulo, que perdeu 2,4 milhões. Considerando apenas o número de empregos em carteira assinada, a redução foi de 495 mil.

No geral, o Rio de Janeiro soma mais que o dobro das perdas dos estados do Centro-Oeste (525 mil), e é superior que o somatório dos três estados do Sul, que perderam 983 mil postos. 

Desemprego

No Rio de Janeiro, a taxa de desempregado está em 17,4%. Quase quatro pontos percentuais superior à média nacional, que fechou 2020 em 13,5%, e quase três vezes maior que a de Santa Catarina, de 6,1%.

Os dados da Pnad Contínua não são detalhados por setor econômico. O economista e diretor da Assessoria Fiscal da Alerj Mauro Osório entende que a pandemia de Covid-19 agravou um cenário ruim há décadas. 

"O estado do Rio vem de uma crise desde os anos 60. Desde então, é a economia que menos cresce no país. E, a partir de 2015, o Rio fica mais frágil, por conta dos efeitos da Operação Lava-Jato, o prolongamento da crise da Petrobras, e a queda do preço do barril de petróleo brent no mercado internacional. Isso tudo contribui para que a gente continue afundando", avalia Osório.

Neste cenário, o economista entende que o auxílio emergencial que será pago mensalmente pelo governo do estado até dezembro trará um alívio. No entanto, a reversão do quadro, para o especialista, passa pela consolidação e pelo aprofundamento de dois sistemas produtivos.  

"Além do setor de petróleo e gás, que oferece ao Rio um manancial de oportunidades, nós temos o Complexo Econômico-Industrial da Saúde, impulsionado pela futura fábrica de vacinas da Fiocruz, na Zona Oeste.  A pandemia ensina que precisamos ter boa parte da produção do setor feita aqui. Para reduzir a dependência externa e desenvolver nossa indústria", disse o economista. 

Em fevereiro, o Ministério da Saúde abriu a licitação para a construção da fábrica, um investimento de R$ 6 bilhões, somadas as estimativas previstas para os setores público e privado. Ela ficará no Distrito Industrial de Santa Cruz. A projeção é que a unidade aumente entre quatro e cinco vezes a capacidade da fundação de produzir imunizantes, hoje feitos no Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (BioManguinhos/Fiocruz).


by Stéfano Salles, da CNN Brasil, no Rio de Janeiro


domingo, 7 de março de 2021


Tomar decisões faz você sofrer? Veja 10 sugestões para driblar dificuldades




Escolher faz parte da vida e consiste em um processo cognitivo que envolve fatores racionais e emocionais, principalmente em relação a experiências passadas, considerando os riscos do presente e do futuro. Para algumas pessoas, em geral mais confiantes e determinadas, tomar uma decisão é algo simples e calcado no combo "prós e contras". Para outras, porém, seguir um caminho ou fazer uma opção causa ansiedade, angústia e sofrimento.

Uma das justificativas para tamanho desconforto tem origem na infância. Crianças que foram muito criticadas, cobradas ou alvo de expectativas muito altas tendem a se tornar adultos hesitantes e inseguros. Episódios malsucedidos também costumam provocar um impacto negativo em quem sente apuros diante de alguma necessidade de definição, reforçando o medo de errar. Há, ainda, os detalhistas e perfeccionistas, que levam um tempo maior para pesar as perdas e os ganhos de suas escolhas.

É importante frisar que ter dificuldades para decidir não é um traço de personalidade em si, mas uma propensão baseada no hábito de reagir de uma certa maneira em determinados contextos. Entretanto, traços de personalidade estão muito associados à dificuldade de decidir e podem facilitar ou complicar a tomada de decisão, interferindo no padrão/estilo de decisão de uma pessoa.

O estado emocional e o grau de envolvimento emocional com a escolha também estão envolvidos, assim como o estilo de apego e o nível de autoestima. A boa notícia é que com algumas mudanças de atitude e pensamento é possível aprender a decidir de forma mais assertiva, rápida e objetiva. Confira algumas ideias:

1. Conheça-se melhor: tire alguns momentos do dia para fazer uma autoavaliação e entender o que está acontecendo com você naquele momento e o que ocorre no seu corpo. A partir do reconhecimento de sentimentos e sensações, você pode desenvolver estratégias para diminuir a ansiedade, por exemplo, respirando um pouco mais profundamente e relaxando os ombros. Isso pode fazer com que os pensamentos fiquem mais lentos e ''clarear" as ideias para tomar uma decisão.


2. Entenda que ninguém faz escolhas certas todas as vezes: o erro é parte da rota da vida de qualquer ser humano. Por incrível que pareça, as decisões erradas são úteis para que escolhas mais felizes sejam feitas no futuro.

3. Não fique refém de dúvidas: dependendo da decisão que deve ser tomada, procure pessoas mais experientes, faça uma pesquisa em livros ou na internet (claro, com fontes confiáveis) e considere todas as alternativas.

4. Reflita escrevendo: pensar e escrever sobre os prós e contras de cada possibilidade é uma maneira de organizar os pensamentos, que muitas vezes se atropelam e dificultam a visualização das consequências. No papel, você terá mais clareza do que quer e do que não quer.

5. Encare tudo como aprendizado: lembre-se sempre que a maioria das decisões pessoais e profissionais tem pouca ou nenhuma consequência negativa a longo prazo. Os aprendizados só acontecem quando erramos. Em alguns casos, aliás, nem se trata de optar pelo certo ou errado, mas por caminhos diferentes. O importante é tentar não repetir aquilo que causou sofrimento em você ou terceiros.

6. Revisite sempre suas decisões: é uma tática boa para saber se algo mudou do momento em que determinada decisão foi tomada ou se poderia fazer diferente. Revisitar nossa história nos faz aprender. Muitas vezes realizamos escolhas de acordo com o momento de vida que estamos atravessando e, assim, nem sempre tal escolha será vista como adequada mais tarde, apenas que, no momento da decisão, ela se mostrou a mais correta.

7. Estabeleça prazos: conhece o ditado "antes feito que perfeito"? Soluções 100% perfeitas são muito demoradas, raras e geralmente desnecessárias. Dê o melhor de si e decida o suficiente para cada situação. Na maior parte das vezes, não é necessária uma decisão que atenda a todos os requisitos que você julga cruciais.

8. Tenha em mente que não dá para agradar todo mundo: assuma que as próprias escolhas sempre irão frustrar a expectativa de alguém.

9. Analise os sentimentos na hora da escolha: você está agindo por medo, culpa, raiva, vingança ou frustração? Se emoções negativas estiverem envolvendo seu poder de decisão, o melhor a fazer é dar tempo ao tempo e se acalmar antes de escolher.

10. Faça terapia: ferramentas como treino de habilidades e técnicas de resolução de problemas, frequentemente usadas pela TCC (terapia cognitivo-comportamental), podem ajudar a escolher de modo mais coerente e objetivo. Por trás de cada decisão, as pessoas são movidas por fatores psicológicos ocultos que moldam a maneira como pensam e agem —e um bom psicoterapeuta pode ajudar a identificar e compreender quais são, melhorando o modelo de tomada de decisões.


Fontes: Bruno Mendonça Coêlho, psiquiatra de adultos e da infância e adolescência, doutor em ciências pela USP (Universidade de São Paulo) e pesquisador do Núcleo de Epidemiologia Psiquiátrica do IPq-HCFMUSP (Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo); Daniela de Oliveira, psicóloga clínica e integrante do Ambulatório de Medicina e Estilo de Vida do HCFMUSP; Gabriela Luxo, psicóloga, psicopedagoga, mestre e doutora em distúrbios do desenvolvimento pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo (SP), e pós-graduada em psicologia positiva pela PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo); Joselene L. Alvim, psicóloga especialista em neuropsicologia pelo setor de neurologia do HCFMUSP e coordenadora do curso de especialização em neuropsicologia da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista).


by Heloísa Noronha

Colaboração para o VivaBem