sábado, 6 de maio de 2023

 

Trabalhando de casa? Sorria, você pode estar sendo monitorado ao vivo

Quase todas as empresas que possuem trabalhadores remotos usam alguma forma de monitoramento, descobriu uma pesquisa com 1.000 líderes empresariais


Mais de um em cada três empregadores (37%) usa feeds de câmera ao vivo para acompanhar os trabalhadores remotos, levando alguns a pedirem demissão enquanto outros são demitidos, segundo uma nova pesquisa.

Quase todas as empresas que possuem trabalhadores remotos usam forma de monitoramento, descobriu uma pesquisa com 1.000 líderes empresariais de site de carreiras ResumeBuilder.com, com táticas mais comuns sendo o monitoramento da navegação na web e o bloqueio de determinados aplicativos ou conteúdos.

A maioria das empresas demitiu funcionários ou teve trabalhadores que saíram voluntariamente devido a vigilância. Ainda assim, quase todos os entrevistados acreditam que o monitoramento melhorou a produtividade, apesar de pesquisas mostrarem que ele pode provocar comportamentos disruptivos.

"Ainda existem companhias lutando para gerenciar sua força de trabalho pós-pandemia. Elas estão tentando fazer de tudo, desde comprar novos softwares a monitorar funcionários, porque não sabem como gerenciar funcionários remotos", disse Stacie Haller, principal consultora de carreira da ResumeBuilder.com. "É a geração mais velha de gerentes que não está se ajustando".

Embora os funcionários possam estar diante das câmeras o dia todo, não há garantia de que alguém os esteja observando. Quase metade dos entrevistados disse que esses feeds ao vivo são monitorados por quatro ou menos horas por dia.

Apenas 6% disseram que estavam checando seus funcionários por oito horas ou mais. Cerca de seis  em cada dez dos entrevistados trabalhavam em recursos humanos, disse Haller, com o restante em cargos de sócio ou liderança. A maioria das empresas pesquisadas tinha entre 100 e 500 trabalhadores.

O aumento no monitoramento de trabalhadores decorre do desejo de manter o controle do desempenho quando milhões de trabalhadores corporativos repentinamente ficaram remotos com a chegada da pandemia. O movimento, contudo, também reflete a falta de confiança por parte de alguns gerentes de que seus funcionários podem fazer outras coisas não relacionadas ao trabalho enquanto não estiverem em um escritório.

N pesquisa, cerca de um terço das empresas disse que seus funcionários gastam três horas ou mais por dia em atividades não relacionadas ao trabalho. A pesquisa também descobriu que o monitoramento dos trabalhadores faz com que eles se sintam menos responsáveis por sua própria conduta, tornando-os mais propensos a quebrar as regras.

"É compreensível que eles queiram saber o que seus funcionários estão fazendo enquanto se ajustam à essa nova era de trabalho remoto", disse David Welsh, professor associado da WP Carey School of Business da Arizona State University, cuja pesquisa se concentra em comportamentos antiéticos em locais de trabalho.

"No entanto, o que essas empresas muitas vezes não percebem é que esse monitoramento tem um custo psicológico. Nossa pesquisa sugere que tais práticas inibem a sensação de controle que os funcionários sentem sobre seu trabalho e podem levá-los a agir de outras maneiras".

Isso pode incluir fazer pausas não aprovadas, desconsiderar instruções e trabalhar propositadamente em um ritmo lento, de acordo com a pesquisa de Welsh.

Por essas e outras razões, alguns CEOs evitam o monitoramento. "Eu realmente não gosto de espionar os funcionários de forma alguma", disse Daniel Yanisse, cofundador e CEO da Checkr Inc., que realiza verificações avançadas de antecedentes para empregadores. "Quero confiar nos meus funcionários."


Com colaboração de Joffrey 

Bloomberg Linea, por Matthew Boyle





quinta-feira, 20 de abril de 2023


5 principais dicas para iniciar seu negócio


Está pensando em iniciar um negócio ou adquirir uma franquia? Veja essas 5 dicas fundamentais para qualquer negócio

Sempre que estamos começando um negócio novo, a primeira coisa que precisamos fazer é estudar sobre o possível investimento. Afinal, investimentos custam dinheiro, e ninguém quer jogar isso fora. 

É por isso que é necessário pesquisar bastante sobre a área de atuação, como está o mercado do seu negócio, qual formato você vai implementar e todos os pequenos detalhes que podem fazer total diferença para um negócio de sucesso.

E é por isso que nós separamos essas cinco dicas para que você inicie seu negócio da melhor forma possível!

Estude o mercado e concorrência

Antes de investir em algum segmento, conheça como está o mercado. 

Há bastante procura pelo seu produto ou serviço? Como está a tendência de consumo? 

Essas são algumas das perguntas que você deve responder com o máximo de detalhes possível para assim poder iniciar seu negócio ou sua franquia. 

Estude também, em quais canais seus concorrentes se encontram, qual é a forma que fazem propaganda, como se comunica com o público, o que os clientes dizem sobre eles, quais são os preços praticados, formas de distribuição, se faz promoções, etc. 

Conheça seu público

Após conhecer seu mercado, estude os consumidores e entenda as suas necessidades. Tem empresas que ficam o tempo todo pensando em formas de melhorar seus produtos ou serviços, aumentar a área de atuação, melhorar sua imagem, etc., sem levar em conta o perfil dos seus consumidores. É preciso entender o público consumidor da empresa, pois muitas vezes ele é diferente do público-alvo desejado. Por exemplo: produtos infantis tem como público consumidor as crianças, mas quem compra os produtos são os adultos, então é para os pais que você deve direcionar a sua estratégia de marketing. 

Estabeleça as estratégias de publicidade

Após conhecer o mercado, concorrência e o perfil do seu consumidor, estabeleça quais serão os melhores canais para fazer sua empresa aparecer para seus clientes. Isso irá depender muito se o seu negócio é físico ou online, no entanto, mesmo que seja um negócio físico, hoje é fundamental que você esteja presente em canais online, como Google, Instagram e Facebook. 

Após definir os canais de atuação, é importante que você realize testes A/B, ou seja, diversos testes de estratégia em cada canal para ver o que traz melhor resultado para você.

Fidelize seus clientes 

O custo para conseguir um novo cliente é 5 vezes maior do que o custo para manter um cliente já existente. 

Não economize em estratégias de fidelização de clientes, como brindes, descontos e um ótimo tratamento no pós-venda para mantê-los sempre satisfeitos com a sua empresa. Um cliente satisfeito também é um excelente canal de marketing boca a boca para atrair novos clientes.

Ações promocionais

Desenvolva constantemente ações promocionais para atrair novos clientes, porém não esqueça de repassar essa informação também para seus clientes atuais. Você já comprou um produto na internet e depois que o produto chegou em sua casa você viu uma publicidade no seu Instagram do mesmo produto com o valor mais baixo? Isso é péssimo, não é verdade? 

Seus clientes devem ser os primeiros a saber quando uma promoção será lançada. 

Exemplos de ações promocionais: Cupons de desconto, na compra de X ganhe Y, pague 1 e leve 2, cupons nas redes sociais, entrega grátis, brindes, programa de pontos, combos, descontos progressivos, descontos por indicação, sorteios, degustações.

Agora que você já conhece as dicas básicas, aprofunde-se mais. Procure entender o que é um plano de negócios, processo de marketing, outras redes sociais, funil de vendas, marketing de conteúdo, marketing pago e outros processos para assim você começar um novo negócio.

Caso você opte por uma franquia, tudo isso já poderá estar mastigado, então veja se realmente vale a pena fazer tudo sozinho ou adquirir uma franquia do setor que você gosta.


As Franquias de Futuro

terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

 


Reserva de Emergência: onde investir em 2023?


Ter dinheiro para emergências é uma tranquilidade que ajuda a organizar sua vida financeira. Veja como criar uma reserva e onde investir para ter esse saldo sempre disponível.




Seu cachorro ficou doente, o cano estourou, o pneu furou? O que há em comum nestas situações é que todas podem surgir sem aviso prévio – e todas podem acontecer com qualquer pessoa. Não tem como se livrar das emergências, mas uma reserva financeira ajuda a evitar que elas causem danos maiores.

Mas onde investir em 2023 para manter esse dinheiro a salvo e disponível para quando você precisar? Veja, abaixo, algumas dicas.
 

Por que é tão difícil criar uma reserva de emergência?


Antes de entender onde deixar a sua reserva de emergência é preciso criar uma. E ter esse dinheiro guardado não é a realidade dos brasileiros, seja por falta de dinheiro ou por pouco conhecimento. Uma pesquisa do Banco Central com a Febraban, de 2022, (Federação Brasileira de Bancos) mostra que apenas 19,8% dos brasileiros dariam conta de bancar uma despesa inesperada.

Existem algumas razões para esse despreparo. Primeiro, a renda: os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que o brasileiro ganhou, em média, R$ 2.752 por mês no trimestre encerrado em novembro de 2022. Não é à toa que cerca de 70% empatam ou gastam mais do que ganham, segundo o Banco Central.

Outra razão para a falta de reserva é a carência de planejamento: 39,4% dos brasileiros não têm segurança sobre o seu futuro financeiro. Isso sem contar que ter uma reserva pode nem sequer ter passado pela cabeça de muita gente – afinal, ninguém aprende isso na escola.

Além disso, há fatores comportamentais que entram nesta conta. Segundo a Psicologia Econômica, é natural pensar no agora e valorizar a satisfação imediata (viés do presente), e muito difícil pensar no futuro, porque os benefícios de longo prazo são muito difíceis de ver – esse viés se chama desconto hiperbólico.

Há, ainda, outro comportamento que influencia a reserva de emergência, ou a falta dela: o otimismo excessivo, quando prevalece a ideia de que nada de ruim vai acontecer. Ou seja, todos esses comportamentos basicamente ignoram o fato de que algo de muito errado pode acontecer no meio do caminho e de que o “amanhã” sempre chega, e pode cobrar uma conta alta.

O que deve entrar na conta da reserva?

A reserva de emergência é um valor que você pode acessar a qualquer momento para bancar os custos de um acontecimento inesperado – aquele pneu que furou no meio da estrada.

“A reserva é, principalmente, para o caso de você perder o emprego e para outros tipos de imprevistos inadiáveis, como um cano estourado. Precisa ter bom senso”, afirma Eduardo Perez, analista da NuInvest.

Antes de saber onde investir em 2023 para a sua reserva, é preciso entender o tamanho que ela precisa ter.

Você já deve ter lido ou visto alguém dizer que a reserva de emergência deve representar de 6 a 12 meses do seu custo médio mensal. Ou seja, se você precisa de R$ 2.000 para bancar as suas contas por um mês, a reserva deve ser de R$ 12 mil a R$ 24 mil.

Esses prazos, contudo, não valem para todo mundo. De acordo com a planejadora financeira Viviane Ferreira, três meses é um prazo mínimo, que todo mundo deve se preocupar em cobrir. Mas, há fatores que influenciam o prazo médio e máximo e, por consequência, o valor da reserva.

“Cada um precisa analisar a realidade em que se encontra. Seis meses, por exemplo, é uma reserva boa para quem é funcionário registrado formalmente há mais de dois ou três anos. Neste caso, se essa pessoa for demitida, ela recebe direitos como fundo de garantia, seguro-desemprego. Mas para quem tem mais riscos, como profissionais autônomos ou quem trabalha informalmente, precisa pensar em uma reserva maior”, explica Viviane.
O que influencia o valor da reserva?

O nível de empregabilidade é o fator principal. Além de considerar o modelo de trabalho (CLT ou PJ, por exemplo), é preciso analisar o mercado. Se você trabalha em uma área com muitas vagas disponíveis, está atualizado, tem contatos e já tem histórico de trocas rápidas de emprego, talvez não seja necessário manter um ano de reserva.

Para quem trabalha com carteira assinada, o tempo de empregado também conta. “Quanto menor o seu tempo de empresa, mais você precisa se preocupar em ter um custo de vida menor, sem aumentá-lo a cada promoção”, afirma Viviane Ferreira.

Aqui, porém, entra outro fator: o seu perfil. Ainda que seu mercado esteja aquecido, você pode ter um perfil mais conservador e querer garantir uma reserva maior. Sem problemas, a regra fundamental da reserva de emergência é a tranquilidade na hora de dormir.

A rede de apoio é outro ponto que pouco se fala, mas deve ser considerado. Caso perca o emprego, você tem com quem contar? Mora sozinho, com os pais, com amigos? Se precisar sair de casa, tem para onde voltar? Todos esses pontos devem ser considerados no seu plano de emergência.

O número de dependentes (como filhos, pais, avós) é outra influência para a criação da reserva. Quanto mais pessoas dependerem de você, maior deve ser a sua reserva de emergência.

Seu comportamento com o dinheiro também conta: você consegue reduzir custos rapidamente e fazer a reserva durar mais? A forma como lida com seus recursos influencia o valor da reserva. Quanto maior sua dificuldade de cortar custos e fazer mudanças no seu orçamento, maior deve ser o valor para emergências.

Onde investir em 2023?

O dinheiro da reserva de emergência precisa ficar acessível. Mas isso não significa que é para você deixá-lo debaixo do colchão ou perdido em uma gaveta. Em um ano como o de 2023, em que o mercado ainda projeta inflação e taxas de juros altas, onde investir para montar sua reserva?

Eduardo Perez, da NuInvest, e a planejadora financeira Viviane Ferreira explicam que o dinheiro para emergências precisa ficar em um lugar seguro, acessível e que renda um pouco, para reduzir os efeitos da inflação.

Segundo os especialistas, para não perder seu valor, o dinheiro da reserva precisa ser corrigido, pelo menos, pelo CDI – taxa próxima à Selic, o índice de juros oficial do país. Ainda mais em um ano em que os juros ainda podem seguir altos.

Essa combinação de segurança, acessibilidade (também chamada de liquidez) e rentabilidade limita os tipos de investimento onde é possível deixar a reserva de emergência. Em resumo, precisa ser um investimento de renda fixa, com risco baixo de a pessoa perder dinheiro, que renda pelo menos 100% do CDI e que tenha alta liquidez, para sacar a hora que precisar.

Pontos de atenção

Com esses critérios, veja onde investir em 2023 para manter sua reserva: CDBs de liquidez diária, contas remuneradas, Tesouro Selic e fundos do tipo DI. Cada opção, porém, tem pontos de atenção e que pouca gente fala. Veja abaixo quais são eles: CDBs de liquidez diária: quanto mais alta a taxa Selic, menores as chances de você conseguir encontrar esse tipo de investimento que pague pelo menos 100% do CDI. Por isso, atenção: caso encontre esse ativo, verifique se de fato você consegue resgatar o dinheiro a qualquer momento. Além disso, só é possível fazer transações de compra e venda de CDBs em dias úteis. Tesouro Selic: você já deve ter ouvido que esse título é uma ótima opção para a reserva. De fato é – ele acompanha a taxa Selic e é um dos ativos mais seguros do país. Apesar disso, você só consegue o dinheiro no mesmo dia se pedir o resgate até às 13h, em dias úteis. Se passar desse horário ou se pedir o resgate no final de semana, o valor só cai no dia útil seguinte. Fundos DI: por acompanhar o CDI, muitos planejadores acabam recomendando esse tipo de investimento para reserva. Contudo, os fundos DI não têm, em geral, a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Créditos) e, se entrarem em liquidação, o cotista perde dinheiro. Para ser considerado seguro, o fundo DI tem de ter uma instituição sólida gerindo o fundo.
Marcação a mercado

Além disso, CDBs, Tesouro Selic e fundos DI sofrem marcação a mercado – uma atualização diária dos preços dos títulos. Ou seja, no dia em que você precisar resgatar o dinheiro, o preço desses ativos pode ter caído e a rentabilidade sacada pode ser menor do que a esperada. Contas remuneradas: aqui o cuidado é entender se essa conta remunerada é protegida pelo FGC. O saldo de contas correntes bancárias é protegido pelo fundo, mas nem todas as contas digitais são consideradas contas correntes. Além disso, é preciso checar se essa conta rende pelo menos 100% do CDI para valer a pena para a reserva.

Onde investir em 2023: estratégias para a reserva

Emergências não acontecem apenas em dias úteis, e grande parte das opções para a reserva não permite resgate aos finais de semana. Elas não são boas escolhas, então? Nada disso. Elas são as melhores para o dinheiro de emergência, mas é preciso seguir uma estratégia para garantir acesso a esses recursos inclusive nos finais de semana.

Para quem usa contas remuneradas para montar a reserva, a dica é separar esse dinheiro daquele que você usa no dia a dia. Caso contrário, você corre o risco de gastar o dinheiro da emergência.

Segundo Perez, da NuInvest, não existe problema em dividir a reserva em dois ou três tipos de ativos diferentes, desde que eles estejam dentro das regras de segurança, alta liquidez e rentabilidade próxima ao CDI.

Quem usa CDBs ou mesmo o Tesouro Selic, também precisa ficar atento para não misturar o dinheiro da emergência com os recursos para alguma outra meta.

“Outra estratégia é ter um cartão de crédito com um limite mais alto para ser usado apenas nesse tipo de situação. Assim, você tem tempo de resgatar o dinheiro da reserva para pagar a fatura. Se o seu carro resolveu quebrar no domingo à noite, por exemplo, o cartão pode ser o seu aliado”, afirma Perez, da NuInvest.

Ele reforça, porém, que essa estratégia é válida para quem tem controle de suas contas. Em outras palavras, um cartão de crédito com limite alto nas mãos de quem não sabe usar é um grande risco.

E a poupança? Ela serve para a reserva?

Muito criticada por boa parte dos planejadores financeiros, a poupança não é o melhor lugar para deixar seu dinheiro, mesmo a reserva de emergência. Em 2022, ela teve um rendimento acima da inflação pela primeira vez em quatro anos, de 2%.

Apesar disso, com a taxa Selic acima de 8,5% ao ano, a poupança está rendendo bem abaixo do CDI: 6,17% ao ano mais a Taxa Referencial. E, quanto maior a taxa de juros, menos a poupança vai valer a pena para a reserva.

Apesar disso, a velha caderneta pode ter, sim, seu papel educador, principalmente para quem tem renda muito baixa e dispõe de valores pequenos para formar a reserva.

“É melhor ter poupança do que não ter nada e vale o esforço de guardar R$ 5, R$ 10. A poupança ajuda a criar o hábito e esse dinheiro, ainda que pouco, vai fazer diferença lá na frente. Claro que, em termos de rentabilidade, como a poupança só rende uma vez por mês, dependendo de quando resgatar, você perde o rendimento do mês”, explica Viviane Ferreira.

Onde investir em 2023 para a reserva render mais?

Se você está buscando onde investir em 2023 para ter melhores resultados para a reserva de emergência diante de um ano instável, é melhor repensar essa estratégia. Para os especialistas, o objetivo da reserva não é garantir alta rentabilidade.

“Não faz sentido buscar rentabilidades altas – 100% do CDI já é aceitável para a reserva, até porque os produtos que são seguros e com liquidez diária têm rentabilidade próxima ao CDI e à Selic”, reforça Eduardo Perez.

“Rentabilidades maiores implicam riscos maiores. Não vale a pena colocar sua reserva em risco por causa de 1 ponto percentual a mais do CDI. Não vale o risco e nem a dor de cabeça de ficar fazendo essa busca”, afirma Viviane Ferreira.

Quer buscar ativos que rendem mais? Use essa energia e esse tempo para aprender sobre o mundo dos investimentos. Assim, quando sua reserva estiver pronta, você pode começar a investir em outros ativos e a diversificar.



 

quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

 

Você sabe qual o novo papel do TI?




Muitas vezes me deparo com comentários questionando até onde vai o papel dos profissionais de TI, em especial dos devs.

Se de um lado os desenvolvedores afirmam que as exigências vão muito além do código, e que no fim a pressão e a cobrança não são condizentes com a remuneração esperada, do outro lado os gestores muitas vezes questionam e criticam a atuação abaixo do esperado do seu time de TI frente aos desafios diários encontrados. 

Mas a verdade é dura e cruel. Em tempos de Transformação Digital não existem mais espaços para times de TI com comportamento passivo, ou seja, aquele time de TI que se esconde atrás de enormes processos burocráticos, modelos, métodos e frameworks em nome da qualidade de software, e que somente desenvolve código. 

Atualmente, as empresas que são dependentes de sistemas digitais esperam que os profissionais de TI tenham uma atuação mais proativa e inteligente nos projetos ou no desenvolvimento de produtos, afinal, dentre todas as pessoas que estão perdidas nesse momento de transformação digital, os profissionais de TI parecem ser os menos perdidos.

E esse é um dos principais motivos pelos quais nossa área ficou tão estratégica e valorizada. Mas só será recompensado o profissional que resolver mudar a sua atuação e sua postura de PROGRAMADOR para ANALISTA DE NEGÓCIOS. Ou seja:

usar mais cabeça e, menos, sair fazendo.

Então qual é a receita para tornar um time de TI ativo?  

Bom...além de DESENVOLVER, é necessário:

OXIGENAR a empresa com NOVIDADES TECNOLÓGICAS;

estar alinhado com os OBJETIVOS da empresa;

ter EMPATIA no atendimento ao CLIENTE;

CONTRIBUIR com a área de PRODUTOS na construção das SOLUÇÕES DIGITAIS;

Sugerir processos mais INTELIGENTES e EFICIENTES;

Ser EXPERT em PROCESSOS;

Garantir a QUALIDADE dos sistemas.

Mas para isso, é preciso:

Conhecer as REGRAS DO SISTEMA;

entender as REGRAS DE NEGÓCIOS e PROCESSOS;

ter conhecimento de UX e arquitetura digital;

entender e aplicar os TESTES, e elaborar scripts EFICAZES

ser PARCEIRO das outras ÁREAS;

Estar disposto a COLABORAR;

E para garantir eficiência nesse novo papel, devemos:

ser PROATIVOS;

ter SENSO DE URGÊNCIA;

SIMPLIFICAR soluções complexas;

COMPARTILHAR e buscar CONHECIMENTO

Investir no seu CRESCIMENTO PROFISSIONAL

experimentar NOVAS TECNOLOGIAS e ser antenado as TENDÊNCIAS

estar dispostos a COLABORAR (com o próprio time e com outras áreas);

ser FLEXÍVEIS e ÁGEIS.

Como agilistas, temos ainda a obrigação de:

melhorar a COMUNICAÇÃO entre todos os envolvidos;

entregar VALOR para a empresa;

evitar DESPERDÍCIO de esforço;

aprender a ERRAR e a ADAPTAR;

lidar com FEEDBACK constante;

E para nos mantermos atualizados ainda precisamos, como profissionais preocupados com nossas carreiras:

buscar CAPACITAÇÃO e conhecimento alinhados com NOSSOS próprios OBJETIVOS;

aprofundar nosso CONHECIMENTO;

ter um plano de CARREIRA PESSOAL (onde VOCÊ quer chegar?).

Enfim... só assim o time de TI:

será reconhecido como um time ESTRATÉGICO para a empresa;

terá mais poder de DECISÃO;

será mais OUVIDO e RESPEITADO;

também saberá quando é hora de CORRER e FAZER ACONTECER;

entregará software com QUALIDADE;

garantirá a ESTABILIDADE dos sistemas;

conseguirá propor SOLUÇÕES MELHORES;

será CATALISADOR de INOVAÇÃO!

Concordando ou não com estes pontos, é fato que as empresas baseadas em tecnologia esperam por profissionais assim no seu time de TI, mas também estão dispostas a pagar bem por isso. 

E você, está preparado para esse desafio?


by Fernando D´Angelo - Canaltech

sábado, 7 de janeiro de 2023

 

Aprendendo a lidar com o desconfortável: um importante passo para liderar melhor



Liderar significa se colocar frequentemente em situações desconfortáveis, principalmente em ambientes sujeitos a mudanças rápidas e constantes, como o setor de tecnologia. Uma conversa difícil com um colaborador, conflitos entre equipes e gestores, questionamentos sobre sua estratégia ou seu estilo de liderança são alguns exemplos de cenários que nos tiram da nossa valorizada zona de conforto. Para obter o melhor de si mesmo e, consequentemente, de seus liderados, é fundamental desenvolver a capacidade de se sentir confortável com o desconfortável.

De acordo com o portal sobre saúde mental Verywell Mind, o primeiro passo é reconhecer as coisas que incomodam e identificar os sentimentos que elas provocam. Saber quais gatilhos as situações desconfortáveis ativam e enfrentar esses desafios, em vez de simplesmente se afastar deles, é a maneira mais eficiente de aprender a lidar com o desconforto e crescer. Na posição de líder, é ainda mais importante desenvolver o “mindset de crescimento”, quando transformamos críticas e dificuldades em evolução.

Algumas pessoas se sentem naturalmente mais confortáveis em situações desconfortáveis, simplesmente porque escolhem ir constantemente além dos seus limites. Devo admitir que esse não é meu caso, e imagino que não seja o de grande parte das lideranças. Sempre tive muito medo de realizar atividades um pouco mais radicais, como fazer uma trilha de bicicleta ou descer um rio numa boia. A mesma sensação de desconforto que eu tinha no trabalho aparecia na prática dessas atividades: respiração curta, dificuldade de articular pensamentos mais complexos e um sentimento de impotência.

Entender quais situações causam desconforto e os sentimentos provocados por elas é chave para se adaptar melhor (Imagem: Elisa Ventur/Unsplash)


Um divisor de águas foi a compreensão de que minhas reações defensivas na vida pessoal se estendiam à vida profissional. Em situações como baixo desempenho de equipes ou pessoas inflexíveis, minha resposta invariavelmente era partir para o conflito até me considerar vencedor da disputa, um dos erros mais graves que um líder pode cometer. Quando você superestima sua importância ou opinião de maneira involuntária, automaticamente subestima seu time. O resultado é impedir o desenvolvimento dos colaboradores ou perdê-los para outras empresas.

Saindo um pouco da teoria e entrando na prática, o que se deve fazer para aprender a lidar melhor com os desconfortos do mundo corporativo? A literatura pode ser um caminho. O livro Deliberate Discomfort (“Desconforto Deliberado”, em tradução livre), em que cientistas analisam experiências de forças especiais norte-americanas em ambientes de batalha e suscitam a associação com situações desconfortáveis do nosso cotidiano, é um exemplo. Outro método é anotar, em um papel ou no bloco de notas do smartphone, as situações do dia a dia que causam desconforto, e então fazer algumas perguntas e tentar respondê-las para cada uma dessas situações: o que foi falado ou feito para disparar meu modo defensivo? Como eu reagi ao que foi dito? Estou presumindo uma intenção positiva das pessoas? Como as outras pessoas na sala perceberam minha atitude? Quais serão meus próximos passos?

Escrever sobre situações desconfortáveis nos ajuda a entender nossas emoções de forma mais pragmática e racional. É importante, também, não “fugir” dos episódios listados: se preciso, retome os temas com os colaboradores envolvidos até perceber que estão resolvidos. Outro aspecto a ser analisado é a reação do seu corpo nos momentos de desconforto. Pequenas ações como respirar profundamente e questionar seus interlocutores até ter uma percepção mais clara sobre o cenário em questão ajudam a evitar que sua mente entre no modo defensivo.

Como todos os hábitos, pessoais ou profissionais, aprender a lidar com o desconforto no ambiente de trabalho exige dedicação e repetição. Tornar-se um líder mais confiante e assertivo em situações desconfortáveis é fundamental tanto para o desenvolvimento pessoal quanto para a evolução de seus colaboradores. Afinal, como diz a consultora Shelley Smith, nossa maior missão é ajudar os outros a atingir o potencial máximo.



by Paulo Monçôres -  Canaltech