segunda-feira, 30 de agosto de 2021

 

Como escolher uma franquia segura e rentável?


O mercado de franquias pode trazer mais segurança para os investidores, uma vez que eles recebem um modelo de negócio já testado e têm acesso ao know-how de uma marca bem estabelecida no mercado. Porém, ainda assim, é fundamental tomar alguns cuidados para garantir que você está fazendo um bom negócio.

Isso fica ainda mais evidente quando falamos de redes que atuam no segmento da saúde, como as franquias odontológicas, que oferecem serviços que impactam diretamente na autoestima e saúde dos seus pacientes.

Para ter certeza de que você está escolhendo uma franquia segura e rentável é importante observar alguns detalhes. Veja, a seguir, quais são eles.

1. Busque referências

Seja procurando por reviews na internet ou indo até uma unidade da franquia, é muito importante conversar com os consumidores da marca na qual você está pensando em investir.

Para buscar online, você pode usar, por exemplo, o Reclame Aqui. Também é uma boa ideia consultar os vencedores do Prêmio ReclameAQUI, que reconhece empresas que atendem seus clientes com excelência.

Veja também as redes sociais da empresa. Por meio dos comentários, você pode entender como a rede se relaciona com os seus clientes, quais são seus pontos fortes e que tipo de ações podem ser melhoradas.

2. Estude o posicionamento da companhia no mercado 

Saber como a rede se posiciona em seu segmento é uma ótima forma de descobrir o quão segura e rentável ela é.

Conhecendo um pouco sobre a história da marca, seus princípios éticos e sua missão, vai ficar mais fácil entender quais são os objetivos do franqueador e se eles estão alinhados com os seus.

Também é essencial pesquisar como a matriz apoiou seus franqueados durante a crise do coronavírus. Assim, você pode ver um exemplo prático de como costuma ser seu posicionamento em situações desafiadoras e como é o suporte prestado aos parceiros nos momentos mais críticos.

3. Conheça a estrutura oferecida pela franqueadora 

Oferecer mais segurança e rentabilidade para os franqueados pode significar ter uma equipe de consultores especializados no negócio, ferramentas de gestão que atendem as necessidades da franquia e também um bom programa de treinamentos para o franqueado e sua equipe.

Para proporcionar tudo isso, as franqueadoras normalmente precisam contar com uma boa estrutura administrativa. Por isso, vale a pena conhecer quais são os benefícios que a marca promete e entender qual é a infraestrutura que dispõe para atender os franqueados.

4. Converse com quem está ao lado da marca: os franqueados 

Nada melhor do que ter a opinião de quem já vive o dia a dia como franqueado da marca que você pretende investir. Converse com franqueados sobre seus anseios e pergunte como é a rotina do negócio e o relacionamento com a franqueadora.

Nessa hora, vale levar em consideração também se o franqueado já tem outras unidades. Isso porque, em caso positivo, deve ser uma rede segura e que realmente garante a ele um bom retorno financeiro.

Conheça a Odontoclinic

Uma das redes que atende todas as características que pontuamos acima e que se destaca no setor de odontologia é a Odontoclinic.

Com um modelo de negócio testado e aprovado em seus mais de 20 anos de operação e 200 clínicas, a Odontoclinic oferece um atendimento humanizado que tem como base a metodologia Disney de encantamento. Como resultado, a marca é bicampeã do Prêmio ReclameAQUI na categoria de atendimento de clínicas de saúde.

Para se tornar um franqueado da rede é necessário um investimento inicial de R$ 350 mil. Já o faturamento médio fica em torno de R$ 140 mil com uma lucratividade de 20% sobre a receita.

Com resultados tão sólidos, cerca de 70% dos franqueados da rede contam com mais de uma unidade.


by Gabriella Oliveira, Guia Franquias de Sucesso


segunda-feira, 23 de agosto de 2021

 

Quanto ganha um franqueado?




Na hora de escolher uma franquia para investir, muitas pessoas se sentem perdidas em relação a quanto ganha um franqueado. Afinal, mesmo que a franqueadora projete a receita esperada para a unidade, o faturamento mensal do negócio e ao valor liquido que o empreendedor terá para si serão diferentes.

Existem muitos fatores determinantes para definir qual será a média de “salário” do franqueado, e é importante conhecê-los antes de apostar em uma franquia.

Confira algumas dicas para entender as finanças de uma franquia e descobrir quanto ganha um franqueado.

O que é o faturamento de uma franquia? 


Antes mesmo de fechar o contrato, o candidato já pode conferir o faturamento médio mensal da franquia, porém o que costuma ser divulgado aos interessados é uma projeção baseada no estudo de mercado da rede e também nos modelos de negócio que já foram implantados.

Sendo assim, essa informação pode ajudar o investidor a ter uma ideia de quanto o seu negócio pode faturar depois que estiver estabelecido. Porém, a franqueadora não pode garantir que a nova unidade terá essa receita mensal.

Além disso, o faturamento médio mensal representa a receita bruta da franquia e não o quanto ganha o franqueado.

O que é lucro de uma franquia?

O lucro de uma franquia diz respeito à quantia que sobra do faturamento depois que o franqueado pagou todas as despesas do negócio. Sendo assim, o lucro é o resultado da subtração da receita pelos custos.

Entre esses custos estão, por exemplo, a taxa de publicidade e também de royalties, que devem ser repassadas para o franqueador.

Na maioria das vezes, as franqueadoras também estimam a lucratividade média que os franqueados podem obter. Geralmente, a lucratividade é um percentual sobre a receita e não um valor absoluto.

Por exemplo, se uma franquia tem faturamento projetado em R$ 10 mil por mês e lucro médio de 50%, espera-se que o lucro do franqueado seja de, aproximadamente, R$ 5 mil. Mas se ele vender o equivalente a R$ 15 mil, seu lucro deve aumentar para R$ 7,5 mil. Por outro lado, se vender menos, o lucro também cai.

Então, o lucro da franquia é igual ao salário do franqueado? Não. Mas estamos chegando lá!

O que é o pró-labore?

Dissemos que o lucro é o que sobra depois que o empreendedor paga todas as suas contas, certo? Pois bem, entre essas contas está o pró-labore, que é justamente o salário do franqueado.

O pró-labore deve ser definido como qualquer outro salário: de acordo com a média de mercado e as tarefas desempenhadas pelo franqueado.

Isso significa que, de certa forma, é o próprio franqueado que vai definir qual é o seu salário. Mas é muito importante que ele retire para si um valor razoável e que não prejudique a boa saúde financeira do negócio.

O ideal é que mesmo depois de pagar todas as despesas e fazer a sua retirada, a franquia ainda tenha lucro. Ou seja, que sobre um valor para ser reinvestido no negócio e/ou como reserva financeira da empresa. Por isso, não é uma ideia tomar todo o lucro da franquia para si.

Pontos de atenção para projetar e aumentar seus ganhos como franqueado


Agora que você já entendeu como o franqueado ganha dinheiro com a franquia e quais as diferenças entre faturamento, lucro e pró-labore, também podemos nos aprofundar em algumas questões mais subjetivas, e que podem te ajudar a ganhar dinheiro com a franquia a ter um bom “salário de franqueado”.

Estimar um faturamento próximo da sua realidade

De acordo com a Priscila Guskuma, especialista em estratégia de negócios da Agência Deadline, a estimativa de faturamento de uma franquia pode variar por diversos fatores, como a localização da nova unidade, espaço físico em m², mix de produtos ofertados, cartela de clientes e muito mais.

Justamente por conta disso, o investidor deve pedir para a franqueadora uma estimativa de faturamento médio com a sua realidade de atuação e criar, junto com a marca, estratégias para aumentar o ticket.

“Tendo essas informações o franqueado deve olhar para a própria realidade, conhecer a região que vai atuar e principalmente seu público alvo, pois isso vai fazer com que entenda o mix de produtos e ticket médio que será aplicado em sua unidade de negócio. Dessa forma consegue criar um funil e verificar quantos clientes são necessários prospectar, atender para que o resultado aconteça”, explica Guskuma.

Desenvolver estratégias de vendas

Além de projetar um valor de faturamento que seja condizente com as particularidades da unidade que pretende abrir, o investidor que quer ter bons ganhos também pode desenvolver técnicas de vendas, uma vez que o seu “salário” pode aumentar se ele vender mais.

Como esse é um valor já definido pela marca, um dos aspectos que o franqueado pode trabalhar é o de realizar mais vendas dos produtos os serviços que oferece. Mas Priscila avisa: não vale perder a qualidade.

“Vender bem muitas vezes não significa vender muito, mas sim vender produtos com bons tickets para os clientes certos!”, afirma a especialista em estratégia de negócios.

Reduzir os custos da franquia

Outro fator que pode contribuir com o valor líquido da franquia, e consequentemente com o quanto um franqueado ganha, é manter a alta produtividade dos seus colaboradores, para que todo o trabalho seja preciso sem realizar tarefas ou processos desnecessários.

“É importante ficar de olho no desperdício e retrabalho, pois isso mata o lucro de qualquer empresa. Se eu pudesse resumir [como aumentar o valor líquido] seria: vender mais e melhor e diminuir os custos”, aconselha Guskuma.

Vale lembrar que o franqueador tem um papel importante no desenvolvimento de táticas de vendas e de otimização do trabalho de seus franqueados. Por isso, antes mesmo de assinar o contrato, certifique-se de que a companhia oferece treinamento e suporte nas áreas comercial e financeira, e que tem consultores de campo disponíveis para te ajudar a superar os desafios do negócio.




by Gabriella Oliveira, Guia Franquias de Sucesso








sexta-feira, 20 de agosto de 2021

 

Taxas de franquia: quais são e como funcionam


Royalties. Taxa de franquia. Instalação. Fundo de propaganda. Independente do segmento, quem pensa em investir em franquia tem uma preocupação em comum: quanto é preciso desembolsar? Com valores bem variados, as taxas de franquia têm finalidades diferentes e devem ser conhecidas a fundo por quem vai entrar nesse mercado.

Além do investimento inicial para começar o negócio, é preciso programar-se para as cobranças periódicas da franqueadora, custos operacionais comuns de qualquer empreendimento e capital de giro para manter tudo nos conformes durante os primeiros meses de funcionamento da franquia. Ainda que, à primeira vista, todas as taxas pareçam ser um obstáculo, investir em franquia pode ser um bom negócio tanto para quem tem alto capital disponível quanto para quem busca opções de baixo custo.

“No cenário econômico atual, muitas pessoas abandonaram o emprego formal para investir na abertura de uma franquia”, conta Lucas Atanázio Vetorasso, diretor e fundador do Grupo ATNZO. O motivo todo mundo já conhece: o franchising é um dos setores mais fortes da economia brasileira.

Em 2020, mesmo com a retração de diversos mercados, o setor de franquias registrou faturamento de R$ 167 bilhões, de acordo com a Associação Brasileira de Franchising (ABF).

Para entrar nesse ramo e fazer parte das boas estatísticas nem sempre é preciso dispor de somas elevadas para o investimento. O franchising conta com opções de franquias baratas em todos os segmentos, com investimentos até 50 mil reais. Nessa linha, é possível encontrar redes que não cobram taxas de royalties ou fundo de publicidade, modelos que não exigem gastos com instalação e franqueadoras que oferecem facilidades de pagamento de taxa de franquia, com parcelamentos e financiamentos.

Porém, ainda que a franquia apresente taxas atrativas para o investidor, colocar tudo isso no papel é indispensável para não ter problemas financeiros no futuro. Para Vetorasso, um bom planejamento faz toda a diferença na prosperidade do negócio. “Planejamento é tudo. É importante que o candidato estude o ramo de atividade, local de implantação e se há realmente demanda para o negócio que está pensando abrir”, aponta o consultor.

A seguir você confere quais são as principais taxas de franquia, quais são suas finalidades e quando elas devem ser pagas.

Investimento inicial

Se você já começou a pesquisar sobre franquias, certamente se deparou com valores que indicam o investimento inicial ou o investimento total. Geralmente, esse valor representa todo o capital necessário para dar início ao negócio – ou seja, via de regra é o que o investidor deve ter em mãos para abrir uma unidade de franquia.

“O investimento inicial de uma franquia pode variar conforme sua formatação. Normalmente, esse valor compreende: taxa de franquia, obras e reformas, estoque inicial, marketing inaugural, capital de giro, maquinário, montagem e padronização”, esclarece Lucas Atanázio Vetorasso.

Apesar de abranger as principais taxas de franquia para iniciar a operação da unidade, muitas vezes o investimento inicial não indica todos esses valores. Para confirmar o que está incluso no valor apresentado por uma franquia, é fundamental esclarecer a composição desse capital com a franqueadora: é comum, por exemplo, que algumas redes não incluam no valor de investimento inicial o capital de giro ou a compra de equipamentos.

Além disso, outros custos podem ser necessários no processo de abertura de uma franquia. “O franqueado precisa arcar com o ponto comercial e suas instalações, custos administrativos como abertura de empresa, recolhimento de taxas de alvará, entre outros”, aponta Vetorasso.

Taxa de franquia

A primeira taxa a ser paga por quem investe em franquia é a taxa de franquia. Essa taxa corresponde à concessão do uso da marca pelo franqueado e funciona como um valor a ser pago para a entrada na rede. Além do direito de uso de marca, a taxa de franquia também é a remuneração atribuída à transferência de know how e treinamentos iniciais oferecidos pela franqueadora.

O valor da taxa de franquia varia muito conforme a marca, o modelo de franquia, o número de habitantes da cidade a receber a unidade, entre outros.

Esse é um valor que pode apresentar facilidades de pagamento: algumas redes possibilitam que os investidores paguem a taxa parcelada, outras oferecem descontos e promoções sob condições específicas. A maior parte das franqueadoras cobram taxa de franquia, mas, também é possível encontrar algumas marcas que isentam o franqueado deste valor.

“Há dois tipos de rede que não cobram a taxa de franquia. Aquelas que embutem esse valor no estoque inicial ou em outro item da franquia e as que usam isso como estratégia de expansão, para atrair mais candidatos em um tempo menor, sem necessariamente reaver esse dinheiro”, comenta Vetorasso.

Vale apontar que, ainda que a franqueadora, opte por não cobrar a taxa de franquia, a transferência de informações iniciais e suporte ao franqueado não devem ser excluídos do negócio.

A taxa de franquia deve ser paga à franqueadora no momento da assinatura do contrato ou do pré-contrato de franquia, o que deve acontecer com o prazo mínimo de dez dias após a entrega da Circular de Oferta de Franquia (COF), conforme previsto por lei.

Taxa de instalação

“Essa é uma taxa que deve ser paga para que o mais novo franqueado receba a loja com tudo o que ele vai precisar para já começar fazer o negócio funcionar”, explica Vetorasso.

Dessa forma, a taxa de instalação diz respeito a todo o processo de padronização e implantação da unidade da franquia, incluindo desde a adaptação do ponto de acordo com o projeto arquitetônico padronizado da rede até mobiliário, equipamentos e softwares utilizados no atendimento a clientes ou na rotina interna do negócio.

O valor varia muito conforme o modelo de franquia. Franquias no formato loja, por exemplo, costumam exigir um capital de instalação mais elevado, assim como unidades que necessitam de investimento em equipamentos específicos, como as franquias de academias.

Modelos mais compactos, como quiosques e containers, podem ter esse valor reduzido. Já as franquias home based geralmente não exigem nenhum tipo de gasto com instalação: os modelos permitem que o franqueado trabalhe sem estrutura física comercial, fazendo uso de equipamentos que já possui, como computador e telefone.

“O valor também poderá ser reduzido conforme a qualidade encontrada no ponto comercial indicado pelo franqueado e aprovado pela franqueadora”, complementa Vetorasso. Portanto, conseguir locais que não precisem de grandes reformas e obras é crucial para quem deseja economizar com a instalação da unidade.

Vale lembrar que o valor da taxa de instalação indicado pela franqueadora geralmente não inclui gastos como luvas e valor do aluguel do ponto; portanto, o investidor deve estar preparado para cobrir essa demanda além do total previsto de instalação.

Capital de giro

O capital de giro é o valor reservado pelo investidor para custear a operação, financiar a rotina da unidade e renovar o estoque enquanto o negócio não atinge o ponto de equilíbrio e começa a se manter por conta própria. Assim, esse é um valor que vai influenciar no desempenho da franquia, ainda que não seja uma taxa paga à franqueadora.

Mesmo que a rede não indique o valor de capital de giro, recomenda-se que o investidor levante esse capital antes de fechar o negócio para não ter problemas no futuro. Para fazer um bom cálculo do capital de giro necessário para o negócio é fundamental manter controle do fluxo de caixa e considerar todos os custos do negócio.

“O capital de giro é influenciado pelo volume de vendas, compras, custo das vendas, prazos médios de estocagem e pagamento de compras. O fluxo de caixa e o capital de giro estão diretamente ligados”, acentua Vetorasso.

O total levantado para capital de giro deve levar em conta ainda o prazo de retorno de investimento da franquia. Também recomenda-se que o investidor tenha uma reserva financeira para cobrir seus gastos pessoais durante, pelo menos, seis meses após o início das atividades do novo negócio.

Taxas periódicas

Para investir em franquia não basta se organizar para arcar com o valor do investimento inicial. Após a abertura da unidade, o franqueado ainda está vinculado à franqueadora e deve pagar à rede algumas taxas, como royalties e taxa de publicidade.

Além disso, vale lembrar que uma franquia funciona como qualquer outro negócio. Na prática, isso significa que é necessário se programar para custear as operações como um todo – aluguel de ponto, condomínio (no caso de unidades localizadas em shopping center ou outros centros comerciais), energia elétrica, internet, salário de funcionários, estoque, eventuais treinamentos de reciclagem, manutenção de mobiliário e equipamentos, limpeza, entre outros.

Royalties

A taxa de royalties é tradicional do franchising. “O pagamento dos royalties é uma forma de remuneração à franqueadora para que o franqueado mantenha o direito de usar a marca e receber todo suporte do franqueador. Também dá o direito de comercializar os produtos, serviços e metodologia da empresa”, explica Vetorasso.

O mais comum é que os royalties sejam pagos mensalmente à franqueadora, embora algumas redes adotem outros sistemas de cobrança, como bimestralmente, por exemplo. Além disso, algumas marcas podem isentar o franqueado dessa taxa.

A forma de cobrança também varia conforme a rede. De acordo com Vetorasso, os três sistemas mais comuns para definição do valor de royalties são: percentual sobre o faturamento, percentual sobre as compras ou uma taxa fixa.

“Este é um momento de fazer contas. Os royalties devem ser utilizados como investimento e não gasto, e devem voltar ao franqueado mesmo que de forma intangível. Há redes que cobram royalties em forma de percentual que acabam atrapalhando o crescimento do franqueado. Antes de ingressar à rede, é importante consultar outros franqueados e entender exatamente como é cobrado e se o suporte que a rede diz oferecer é, realmente, real”, aconselha o consultor do Grupo ATNZO.

Taxa de publicidade

Assim como acontece com os royalties, a taxa de publicidade é paga à franqueadora periodicamente, normalmente de forma mensal. A base de cálculo para definição do valor também varia conforme a rede, podendo ser tanto uma taxa fixa quanto um percentual.

A finalidade, entretanto, é outra. Enquanto os royalties estão ligados ao suporte e ao uso da marca, a taxa de publicidade é revertida em ações de marketing e propaganda para a franquia. As contribuições de todos os franqueados formam o fundo de marketing (também chamado de fundo de propaganda ou fundo de publicidade) da rede, um recurso utilizado para custear ações que ajudem a trabalhar a imagem da marca, atrair e manter clientes.

Todo o valor arrecadado através da taxa de publicidade deve ser administrado pela franqueadora e pode ser investido em ações de marketing locais (como banners e anúncios nas cidades em que a marca está presente) ou ações nacionais (como anúncios em mídias de massa).

“É preciso destacar, antes de mais nada, que a verba do fundo de marketing não é uma receita da franqueadora, e sim um recurso da rede de franqueados. O papel da franqueadora é simplesmente o de administrar esse dinheiro com o intuito de maximizar as ações de marketing da rede”, aponta Vetorasso.

O especialista reforça que, assim como nos royalties, a taxa de publicidade é um investimento feito pelo franqueado, o que significa que esse valor deve retornar ao franqueado mesmo que como ativo de imagem, aumentando sua abrangência e público-alvo.

Antes de fechar negócio, é importante pesquisar sobre as ações da marca: confira como é a presença online nas redes sociais, se há inserções em televisão, rádio ou mídia impressa, como são as campanhas de lançamento e como é a publicidade nas cidades que já possuem unidades.

Por fim, além de analisar os investimentos e as taxas de franquia a serem pagas, é fundamental que o candidato analise também o retorno prometido por cada rede. O faturamento médio mensal, a taxa de lucratividade e o prazo de retorno do capital investido são estimativas que podem ajudar a entender se o negócio realmente vale a pena e se o retorno financeiro corresponde às expectativas do investidor.

“O empreendedor deve analisar o potencial de cada franqueadora, estudando o potencial da marca, margens financeiras, facilidades e dificuldades, suporte e outros aspectos”, finaliza Vetorasso.

Para não ter dúvidas quanto a nenhuma das taxas é indispensável analisar a COF com atenção, além de conversar com outros franqueados da rede sobre a experiência que eles tiveram nesse processo e ainda conferir tudo com um contador, consultor ou advogado de confiança.




by Karina Azevedo, Guia Franquias de Sucesso

terça-feira, 17 de agosto de 2021

 

Como escolher a minha franquia?



A verdade é que sempre vai ter alguém dizendo para você o que comprar, dizendo que o negócio é ótimo, que o retorno é garantido e que vai ter sucesso. Mas para escolher sua franquia, você não tem que ouvir ninguém. É preciso analisar as informações e ouvir você mesmo, apenas.

Listo aqui três coisas imprescindíveis que você deve levar em conta na hora de escolher sua franquia:

Seu perfil e seu sonho

Primeiramente, defina se você será um investidor ou um operador (que pode ser investidor também). Se você for apenas investidor, sua escolha será baseada quase que unicamente no modelo de negócio, e na lucratividade/rentabilidade envolvida, além das regras contratuais, é claro.

Mas se você é um operador (apenas, ou além de investidor), tem muito mais o que pensar, além dos itens citados para quem será só investidor. Você tem que entender como será seu dia a dia no negócio, como será sua rotina, suas responsabilidades e seu trabalho.

Não caia nessa história de que você vai gostar do que fizer para ganhar dinheiro, porque você não vai conseguir fazer a operação performar se odiar o segmento/negócio no qual vai dedicar todo ou a maior parte do seu tempo, por muito tempo. Você precisa se identificar com o negócio, com o produto/serviço, com o segmento, com a empresa.

Faça as contas

Planeje direitinho o que terá que investir e lembre-se que o investimento necessário vai muito além das taxas iniciais e reforma.

Você precisa de capital de giro e fundo de reserva/emergências para pelo menos seis meses de operação, dependendo do negócio, até mais. E se você está pensando em entrar numa franquia com financiamento, já endividado, pense de novo.

Da mesma forma que não recomendo que se endivide para começar um negócio, não recomendo que arrisque ou empenhe bens familiares que não podem ser perdidos, porque não há, NUNCA, garantia de sucesso.

Desconfie de quem te pressiona

Não entre na conversa de vendedores de franquias afobados e apressados, que o pressionam para fechar negócio rapidamente sob o argumento de que “tem muita concorrência para essa praça”.

Também desconfie de processos seletivos muito fáceis e rápidos, que não pedem quase nada de documentação e que aprovam muito rapidamente. Ou então, de contratos “super simples”. Desconfie, e muito!

E nunca, jamais, assine contrato (ou mesmo pré-contrato) sem contar com o apoio de um advogado de confiança para avaliar o documento para você.




by Camila Pacheco, Guia Franquias de Sucesso








sexta-feira, 13 de agosto de 2021

Preconceito de Idade prejudica empresas e a economia, dizem estudos


A discriminação por idade (etarismo) tem excluído bons profissionais do mercado - ainda que com alto desempenho - e diminuído a diversidade nas empresas. - FG Trade/iStock

A discriminação por idade (etarismo) tem excluído bons profissionais do mercado - ainda que com alto desempenho - e diminuído a diversidade nas empresas.

 

Pouco mais de um ano após ser considerado o 24º melhor CEO do mundo pela revista Harvard Business Review, Roberto Setúbal teve que deixar a presidência  do Itaú em 2016. Nem mesmo o filho do fundador do banco escapou da política  de aposentadoria compulsória da corporação ao chegar à idade limite para o   cargo: 62 anos. Seu sucessor, Cândido Bracher, comandou o banco por menos     de cinco anos: fez 62 no fim de 2020 e passou o bastão em fevereiro de 2021.

"Dentro das organizações, não deveria haver políticas relacionadas à idade.      Você tem 60 anos, obtém resultados maravilhosos, lidera um time motivado:      por que tem que sair? É um negócio sem pé nem cabeça", afirma Fran Winandy, consultora de diversidade etária e recursos humanos. "Muitas vezes, quem    precisa oxigenar uma estrutura corporativa, parte do princípio de que a idade é   um critério relevante. Não é verdade. Desempenho e performance deveriam nortear essas decisões. Quem é bom, fica, quem não é, sai. Independentemente    de quantos anos tenha."

Winandy explica que isso tem nome: etarismo, embora haja quem chame de idadismo, velhofobia - como citou recentemente a antropóloga Mirian   Goldenberg - ou ageismo, seguindo o termo criado em inglês pelo gerontologista Robert Butler, em 1969.

Analisando a mobilização de moradores de um bairro de Washington D.C.     contra as moradias populares para idosos, Butler percebeu que as características desse preconceito eram semelhantes às do racismo e do sexismo: batizou o fenômeno de ageism (algo como preconceito de idade, em tradução livre).

Exclusão estrutural

Um relatório sobre etarismo publicado pela Organização Mundial da Saúde  (OMS) aponta que uma a cada duas pessoas no mundo pratica o preconceito de idade contra pessoas mais velhas, com consequências graves e de longo prazo  para a saúde e para o bem-estar dos idosos que passam por isso.

O preconceito de idade também está associado a uma expectativa de vida mais curta, com piora da saúde física e mental de quem sofre a discriminação.     Embora não pareça, a prática custa caro para a sociedade. Um estudo sobre preconceito de idade nos EUA, publicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostrou que as vítimas de etarismo tendem a se ausentar do trabalho.     Em um grupo de dez mil trabalhadores, foram cinco mil faltas não justificadas,    ao longo de um ano, relacionadas ao etarismo. Somados, esses funcionários deixaram de receber U$ 600 mil"

Estimativas na Austrália, também divulgadas pela OMS, sugerem que se 5% a mais de pessoas com 55 anos ou mais estivessem empregadas, haveria um  impacto positivo de 48 bilhões de dólares australianos por ano no PIB do país.

"O preconceito começa na sociedade e se estende para as corporações", afirma Winandy. "A gente associa inteligência e beleza à juventude. As pessoas mais velhas vão ficando invisíveis para a sociedade. Além de não ter trabalho, passam   a não ter representatividade."

Um país de idosos

Identificar o etarismo se torna mais importante ao passo que a sociedade   brasileira está envelhecendo. Se em 1940, 2,4% da população tinha 65 anos ou mais, em 2019, essa parcela era de 9,5%. Em média, a cada mil pessoas que   chega aos 60 anos, 604 vivem até os 80 anos.

Algumas empresas estão percebendo este envelhecimento do Brasil. "Logo,         ao pensar em um planejamento estratégico de recursos humanos, devem  considerar essa variável", analisa a especialista em diversidade etária. "Se a tendência é de que haverá cada vez menos jovens no mercado de trabalho,         não é uma boa ideia manter o preconceito etário dentro de uma organização."

Com as altas taxas de desemprego no país - 14,6% no primeiro semestre de     2021 -, a competição acirrada por vagas de trabalho dificulta o combate ao etarismo. Uma pesquisa realizada pela Universidade Stanford mostrou que    mesmo quem costuma assumir posições em defesa da equidade racial e de   gênero, tem dificuldade em se livrar do preconceito etário. A maioria dos participantes do estudo percebia os mais velhos como barreiras para o acesso         a oportunidades de trabalho.

Diversidade não tem idade

O preconceito de idade não anda sozinho e se torna mais complexo quando somado a outras camadas de discriminação. "O número de mulheres idosas            é maior que o dos homens. Elas vivem mais, mas a renda é menor. Logo, o       risco de pobreza e vulnerabilidade social para elas é maior. Racismo e    LGBTfobia também agravam a exclusão de alguns idosos", afirma Simone     Pinto, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG). 

Para Winandy, identificar esses problemas mostra o caminho da solução.             "O ideal é olhar para a diversidade como um todo, incluindo diversidade         etária nessa conta. Criar grupos de afinidade gera conhecimento e alimenta as áreas responsáveis por RH e por diversidade nas empresas", sugere. "Trabalhar essas questões com os líderes, sensibilizando a cúpula das empresas em relação     à discriminação por idade, é o caminho para estruturar políticas de inclusão      para pessoas mais velhas, mudando as organizações por dentro."

Fran Winandy - Acervo pessoal - Acervo pessoal

A consultora de diversidade etária e RH Fran Winandy afirma que a idade não deveria ser critério relevante            para deslisgar ou manter alguém em uma empresa. "Desempenho e performance deveriam nortear essas         decisões", afirma. 

 

by Felipe Fioresti, do UOL 

domingo, 8 de agosto de 2021

 


Estudo revela as 10 profissões mais promissoras do futuro em tecnologia


Apesar da crise econômica, a área de tecnologia segue muito bem, obrigado. De acordo com um   estudo da plataforma de recrutamento Revelo, as contratações no setor entre janeiro e julho deste     ano já são o equivalente a 95,6% do total de 2019.

Os salários em tecnologia nas capitais São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte saltaram de R$ 6.020,41 em setembro de 2020 para R$ 9.364,21 em fevereiro deste ano. O lado ruim dessa supervalorização é que a mão de obra especializada continua escassa, com as empresas competindo entre si para reter talentos. A perspectiva da Brasscom (Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação) é que de 2019 a 2024 o setor deve demandar 420 mil novos profissionais, mas o Brasil tem formado só 42 mil por ano.

Problemas nacionais à parte, ingressar na área de tecnologia pode ser um bem negócio, mas as vantagens não virão sem haver muito preparo. "Num mercado pautado pelo avanço da Tecnologia       da Informação (TI), está claro que a especialização será diferencial competitivo na hora de disputar uma vaga", afirma César Silva, presidente da Fundação FAT, especialista em estrutura de carreiras.

Trazemos aqui algumas das carreiras em TI mais em ascensão atualmente, e você vai perceber que      de fato elas têm focos bem específicos, principalmente na linguagem de programação Java, uma das mais populares do momento por funcionar em qualquer tipo de aparelho e permitir a criação de aplicativos para celular.

Desenvolvedor Java

Esse profissional desenvolve sistemas em linguagem Java. É capaz de montar, depurar e testar programas já desenvolvidos, além de corrigir sistemas. Esta carreira é a campeã da plataforma da Revelo, registrando 67,51% das buscas.

Design de JavaScript

A JavaScript dá vida aos sites de internet. Um profissional capacitado em design dessa ferramenta configura desde as funcionalidades de botões e formulários até o visual dinâmico e interativo das páginas.

Business Intelligence com Java

Faz a coleta, organização, análise, compartilhamento e monitoramento de informações que oferecem suporte à gestão de negócios na linguagem Java.

Marketing online

Domina programação em HTML, linguagem que é a estrutura básica de websites, além de estratégias como SEO (otimização para motores de buscas, em inglês), inbound marketing (que busca "atrair" o público) e marketing de conteúdo para canais digitais, como blogs, mídias sociais, email e outros.

Administrador em banco de dados

Cuida dos armazenamentos, dos padrões e da segurança dos bancos de dados, algo muito valorizado  em tempos de big data. Ele conduz as informações para o destino correto nos servidores, evita sobrecargas no sistema, realiza backups e outros serviços.



Desenvolvedor em sistemas para internet (front end)

É o responsável pela apresentação dos dados em plataformas de internet, trabalhando com a combinação de linguagens como HTML, CSSe JavaScript. O Wordpress, sistema de publicação          de páginas e blogs, é um bom exemplo de front end.

Computação em nuvem

É o profissional que configura sistemas em nuvem e atua nas prestadoras de serviços remotos.              É um mercado em expansão porque as empresas estão cada vez mais usando armazenamento e processamento de dados em nuvem.

Análise de sistemas

É o tradutor da área de negócios para a de tecnologia, responsável por desenvolver soluções            novas e mais eficientes para administrar o fluxo de informações das empresas.

Engenheiro da computação

Demanda visão ampla e integrada para projetar e unir hardware e software, na busca por uma      solução completa para várias aplicações de negócios.

Cientista da computação

É o programador responsável pelo desenvolvimento de algoritmos, novas linguagens e de suas         reais aplicações. Requer bastante conhecimento matemático e lógico.






by Marcio Padrão, editado por Claudio Yuge, Canaltech