terça-feira, 21 de abril de 2020

Coronavírus: Precisou sair? Especialistas dão dicas para evitar trazer o vírus para dentro de casa



A orientação da ciência é clara: para evitar pegar a covid-19 ou contaminar outras pessoas, fique em casa e saia apenas se isso for necessário.
Para uma parte da população, no entanto, sair é inevitável — são pessoas que trabalham nas profissões ditas essenciais, aquelas que podem continuar em funcionamento durante a crise: profissionais de saúde, segurança, transporte e outros. E em algum momento é possível que todos tenham de ir ao mercado ou à farmácia.
Como agir para evitar trazer o vírus para dentro de casa? O mais importante, dizem especialistas ouvidos pela BBC News Brasil, é manter a higiene das mãos e evitar tocar o rosto. Assim, aumenta-se a chance de que a corrente de transmissão se quebre, mesmo que você tenha tocado em alguma superfície onde o vírus esteve.
O que mais podemos fazer? A BBC News Brasil ouviu especialistas e reúne aqui algumas dicas:

Primeiras medidas ao chegar


Quando entrar em casa, tire os sapatos e lave as mãos por 20 segundos com água e sabão. Tire as roupas, separe-se para lavar e tome um banho. 
Deixe coisas como chaves, carteira e bolsa, em um lugar próximo à entrada.

Como e quando fazer uma boa limpeza na casa?

O ministério da Saúde e especialistas ouvidos pela BBC News Brasil recomendam a limpeza com os produtos já usados. "Uma coisa boa é que todos os produtos de limpeza que usamos com frequência em casa matam o coronavírus", diz o chefe de infectologia do Hospital das Clínicas de Porto Alegre, Eduardo Sprinz.
Pode-se dar preferência para o uso da água sanitária, diz o ministério (em uma solução de uma parte de água sanitária para 9 partes de água) para desinfetar superfícies.
Superfícies em que tocamos muito devem ser higienizadas com mais frequência, dizem especialistas: maçanetas, interruptores, mesas, puxadores de gaveta, torneiras. Isso pode ser feito uma vez ao dia. "O que importa mais é a limpeza mecânica", diz o diretor da Associação Brasileira de Infectologia, Marcos Cyrillo — ou seja, esfregar vigorosamente.
O uso de luvas é recomendável. Isso para que as mãos não fiquem secas devido à química dos produtos de limpeza, diz Marcos Cyrillo. Se ficarem assim, elas pode acabar mais suscetíveis a vírus e bactérias, que podem penetrar mais facilmente em peles secas e com rachaduras. Recomenda-se a lavagem das mãos antes e depois da limpeza.

Itens como almofadas e tapetes podem ser limpos seguindo recomendações dos fabricantes. Ainda não se sabe quanto tempo o vírus fica ativo em tecidos.
"Para a higienização das louças e roupas", diz o ministério da Saúde, "recomenda-se a utilização de detergentes próprios para cada um dos casos. Destacando que é importante separar roupas e roupas de cama de pessoas infectadas para que seja feita a higienização à parte. Caso não haja a possibilidade de fazer a lavagem destas roupas imediatamente, a recomendação é que elas sejam armazenadas em sacos de lixo plástico até que seja possível lavar".
Para a limpeza do seu aparelho celular, que deve ser feita regularmente, o Centro Para Controle de Doenças dos Estados Unidos recomenda que siga as instruções do fabricante para limpeza e desinfecção. Se não houver nenhuma orientação, use um pano umedecido com álcool de concentração de pelo menos 70% para desinfetar as telas.

O que fazer com itens de mercado?

Especialistas dizem que deve-se lavar as mãos assim que chegar das compras e depois de guardá-las. Eles reforçam que mais importante do que limpar as embalagens é ter as mãos limpas e evitar tocar no rosto, assim, evita-se a infecção por qualquer micróbio.
Uma pesquisa publicada na revista científica New England Journal of Medicine testou a presença do vírus em alguns materiais e concluiu que ele permanece por mais tempo em plástico e aço, sobrevivendo por até 72 horas. No entanto, a concentração de vírus diminui consideravelmente nesse período. A meia-vida, ou seja, o tempo que leva para a concentração do vírus ser reduzida à metade, é de 5,6 horas em aço e 6,8 em plástico.
Isso traz implicações para itens de mercado. Segundo o virologista Edison Durigon, professor da Universidade de São Paulo (USP), se o item vai ser usado imediatamente, é bom higienizar com álcool 70%. Isso vale também para entregas de restaurante.
Como medida adicional de precaução, dizem especialistas, produtos podem ser retirados da embalagem e colocados em outra, se possível, ou a embalagem pode ser higienizada antes de ser guardada. É bom que o armário também esteja limpo. Isso vale para evitar contágio por coronavírus e outros micróbios.
Durigon diz, no entanto, que o risco de contaminação por pacotes, depois de algumas horas, não é alto pois o vírus não estará mais presente naquela superfície em concentração significativa.
A coordenadora do Centro de Pesquisa em Alimentos (FoRC) da Universidade de São Paulo (USP), Bernadette Dora Gombossy de Melo Franco, explica que alimentos frescos podem servir como um veículo transmissor do vírus, se alguém que estava infectado tiver lidado com o produto, por exemplo — por isso é importante limpá-los corretamente.
No entanto, não há evidências de que os alimentos em si possam estar infectados, ou seja, de que o vírus possa se multiplicar nos alimentos.
Para alimentos que serão consumidos crus, como saladas, a coordenadora do FoRC recomenda que se adote a rotina de higiene usada para combater bactérias. As folhas com manchas devem ser removidas, o alimento deve ser higienizado com água tratada e, em seguida, imerso por 15 minutos numa solução de água sanitária e água tratada. Ela deve ser composta por uma colher de sopa de água sanitária e um litro de água. Por fim, o alimento deve ser lavado novamente em água corrente.
O processo de cozimento eliminaria vírus e bactérias, mas é importante evitar que depois de cozidos entrem em contato com superfícies contaminadas.
Joseph Allen, professor do Departamento de Saúde Ambiental da Universidade de Harvard, que pesquisa a interação entre ambientes e doenças, diz que o risco de contaminação por pacotes entregues pelo correio ou por itens do mercado existe, mas é "pequeno e controlável", como escreveu em artigo de opinião publicado no jornal americano The Washington Post.
Isso porque, diz ele, é necessário que uma série de fatores se combinem para que a pessoa se contamine com esses produtos. Tomar precauções, como fazer a limpeza do produto, reduz significativamente a chance de todos acontecerem ao mesmo tempo.
"Se você esperar algumas horas até usar o que acabou de comprar, a quantidade de vírus que estava no pacote (se havia) será significativamente reduzida. Se você precisar usar algo imediatamente e quiser tomar precauções extras, limpe a embalagem com um desinfetante. Por último, lave todas as frutas e legumes como faria normalmente", escreveu o especialista.
O professor Joseph Allen também dá recomendações se você recebeu uma encomenda. Você pode deixar o pacote à sua porta por algumas horas, ou trazê-lo para dentro de casa, escreveu ele, e depois lavar as mãos. "Se você ainda estiver preocupado com a presença de vírus na embalagem, limpe o exterior com um desinfetante ou abra-o ao ar livre e coloque a embalagem na lata de reciclagem. Depois lave as mãos novamente", escreveu ele.

Como devo manter a ventilação?

É bom manter os ambientes naturalmente ventilados, ou seja, com janelas abertas, dizem os especialistas ouvidos pela BBC. Isso porque a circulação de ar diminui a concentração do vírus no ambiente.
Ainda não há consenso se o vírus pode ser transmitido por aerossóis, isto é, pequenas partículas que ficam suspensas ao soltarmos ar pelo nariz e pela boca; tampouco se sabe por quanto tempo o ar de um ambiente pode ficar infeccioso se uma pessoa contaminada esteve ali. 

by Luiza Franco, BBC Brasil





segunda-feira, 20 de abril de 2020

A importância da capacidade de se readequar, mesmo que na marra


“Sabíamos que o mundo não seria o mesmo. Algumas pessoas riram, algumas pessoas choraram, a maioria das pessoas ficou em silêncio”



Claro que a pandemia causada pela COVID-19 virou o mercado e nossos hábitos de cabeça para baixo. E mais uma vez a famosa frase “Sabíamos que o mundo não seria o mesmo. Algumas pessoas riram, algumas pessoas choraram, a maioria das pessoas ficou em silêncio”, dita pelo físico americano Robert Oppenheimer (o pai da bomba atômica), teve sentido.
Porém, desta vez, não ficamos em silêncio - ao contrário! Não canso de ver nas mídias sociais pessoas postando fotos de conferências e reuniões virtuais. Até encontros de líderes políticos, como o realizada pelo G20, se deu a distância.
Neste momento várias empresas se esforçam para redirecionar tarefas dentro da companhia para superar as dificuldades que surgiram nas últimas semanas. Quer seja treinar os colaboradores dos supermercados em novos procedimentos de atendimento, higiene e limpeza, quer seja em bares e restaurantes que direcionaram todas as vendas para plataformas online. Isso sem esquecer da cadeia logística desde o recebimento do pedido até a entrega na casa do cliente.
Estamos falando de novos tempos onde a readequação de papéis tem acontecido, literalmente, na marra. É a transformação digital inserida sem anestesia, simplesmente em prol da sobrevivência da empresa. A ordem do dia é correr contra o tempo para manter empregos e o faturamento.
E com a consciência do isolamento social tomando corpo, cresce também o consumo via delivery. Apenas o aplicativo Rappi registrou no mês de março um aumento de 30% no número de pedidos principalmente em restaurantes, supermercados e farmácias.
O home office tornou-se comum. E quem não tem um espaço reservado para esse fim faz o máximo para transformar salas, quartos, sacadas, varandas gourmet e até áreas de serviço em um ambiente apto para desempenhar as mais diversas atividades.
Com as escolas fechadas crianças e adolescentes já se acostumaram a ter aulas on-line por plataformas como Google Hangouts e Zoom, com avaliações realizadas via Google Forms. A medida foi seguida também por instituições de prestígio como a Fundação Getúlio Vargas.
Trabalhar, fazer reuniões e estudar frente à tela de um computador ou smartphone não é mais visto com estranheza ou novidade, agora é status quo a ser mantido.
Claro que todos pensam na primeira coisa que farão quando a vida voltar ao normal. Mas será necessário tudo voltar ao mesmo estado de antes do surto de Coronavírus em uma cidade da China se transformar em uma pandemia mundial?

Gostaria de propor algumas reflexões valiosas:

Será mesmo que tenho que me deslocar tanto, atravessar metade da cidade e voltar tarde para casa só para me graduar ou me atualizar?
Vale a pena que empresas mandem equipes inteiras para uma sessão presencial, sendo que é possível realizar online na própria empresa mesmo, com menor custo de deslocamento, aluguel de salas e coffee-breaks?
Com o dólar alto será mesmo necessário fazer tantas viagens internacionais para reuniões que poderiam ser a distância?
Uma organização realmente precisa de um escritório tão grande?
Estar com a família é importante. Por que então não passar mais tempo com ela alguns dias por semana ao invés passar horas indo e voltando do trabalho?
Vejo que estas serão algumas das questões que a crise do Coronavírus vai ‘plantar’ nas cabeças tanto de colaboradores como de gestores de empresas de todos os tamanhos. São posicionamentos capazes de revolucionar as relações de trabalho e também de estudo.
De fato, o mundo não vai ser o mesmo quando o assunto é a necessidade de ter a presença física, seja para trabalhar ou se capacitar.
Você está preparado para os próximos tempos?

*Luiz Alexandre Castanha é especialista em Gestão de Conhecimento e Tecnologias Educacionais

terça-feira, 14 de abril de 2020

10 dicas para implementar o delivery no seu negócio

O delivery está em alta. Pedir comida em casa já faz parte da rotina de muitos brasileiros e, cada vez mais, esse tipo de serviço chega também a negócios de outros segmentos.
Se você quer começar a oferecer serviço de entregas no seu negócio, essa matéria vai te ajudar! Trouxemos dicas imprescindíveis para implementar o delivery, incluindo recomendações específicas para fazer esse atendimento com segurança durante a pandemia do COVID-19.

Mercado de delivery no Brasil

De acordo com uma pesquisa desenvolvida pelo Sebrae, na hora de escolher entre um restaurante e outro, muitos consumidores brasileiros optam pelo que ofereça a opção de entrega em domicílio – e o mesmo acontece quando a escolha é por uma lanchonete ou outros comércios que trabalham com lanches e refeições.
Dos restaurantes atendidos pelo Sebrae, metade trabalha com a opção de delivery, com o objetivo de proporcionar mais comodidade aos clientes. E, deste total, 12% não possuem loja física, operando unicamente com atendimento através de entregas.
A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) informa que os pedidos por delivery, principalmente por aplicativos, movimentam cerca de R$ 1 bilhão por mês. O número que, em média, aumenta 12% a cada ano, faz com que o mercado movimente mais de R$ 11 bilhões a cada 12 meses.
O iFood é o principal serviço de delivery do Brasil: 70% dos pedidos são feitos no aplicativo. WhatsApp e Uber Eats aparecem em seguida como preferência, com 9% e 5% dos pedidos, respectivamente.

Como implementar o delivery

Além do potencial que o delivery vem apresentando nos últimos anos, esse serviço tem se destacado ainda mais com a pandemia.
No cenário atual, em que o isolamento social é uma das medidas adotadas por governos de todo o mundo em combate ao coronavírus, o investimento em entregas vem sendo um aliado das empresas para manter o faturamento e, também, dos clientes que encontram opções variadas de entregas de alimentos e outros produtos na própria casa.
Com a renovação das estratégias de vendas diante da importância das pessoas permanecerem em suas casas para conter o avanço do COVID-19, estabelecimentos comerciais – e, neste momento, não somente os que atuam no mercado de alimentação – podem (e devem) apostar no delivery para impactar positivamente a dinâmica da marca.
A seguir, você confere dicas práticas para implementar o delivery no seu negócio.

Planeje os custos da implementação

O primeiro passo deve envolver o planejamento do investimento necessário para implementar o sistema de entregas na empresa.
O estudo deve analisar a necessidade de contratação de mais funcionários ou reestruturação da dinâmica atual de trabalho dos colaboradores, a aquisição de veículos, preparação de uma área destinada à carga e descarga, e a implementação do canal de delivery. Todas essas alterações incidem em um investimento e, para que tudo esteja dentro das possibilidades da marca, um bom planejamento deve ser estruturado.
Além dos investimentos para colocar o sistema para funcionar, é importante colocar no papel os gastos recorrentes, como a manutenção dos veículos, o salário dos entregadores, o valor da gasolina, entre outros investimentos importantes para o funcionamento diário das entregas.

Planeje das entregas

Para cumprir a função das entregas, o planejamento diário deve ser estruturado para que não aconteçam atrasos, principalmente para as marcas que trabalham com refeições. Além de quentes, os alimentos devem apresentar uma boa aparência e sabor, e a perda de temperatura pode afetar na experiência do consumidor.
Se a empresa atender muitas regiões, pode ser interessante investir em um software que sistematiza pedidos e trajetos, automatizando o planejamento diário.
O planejamento também incide no transporte, no qual as entregas não podem ser misturadas, nem as refeições devem ter sua estrutura afetada, por isso, é importante investir em embalagens seguras.
O Sebrae aconselha os empreendimentos a adotarem recipientes próprios para realizar viagens de entrega, que podem ser de plástico, isopor ou alumínio. As embalagens devem ser resistentes e transportadas em caixa própria, acoplada à moto ou às costas do motoboy.
Para eficiência nas entregas e satisfação dos clientes, é importante que as marcas estabeleçam um tempo médio para a entrega. Seja por meio de terceirização do serviço, ou via colaborador da própria empresa, o delivery deve ser realizado no tempo informado ao cliente. Se houver atrasos por qualquer motivo, o ideal é que a empresa entre em contato com o cliente para avisá-lo.

Analise o tipo de veículo

As entregas comumente são realizadas por motoboys, mas a dinâmica do delivery não é um impedimento para os carros e outros veículos maiores, dependendo do tipo de produto a ser transportado.
É importante que a empresa avalie as características do produto que será entregue, as condições que ele deve chegar na casa nos clientes, se há exigência de cuidados especiais, como controle de temperatura ou fragilidade do material.
Para grandes objetos ou animais, no caso dos pet shops por exemplo, são necessários carros, vans ou pequenos caminhões. Já para os alimentos e objetos menores, como livros, objetos de papelaria, documentos, podem ser entregues por um veículo com maior velocidade e flexibilidade, como as motos ou até mesmo bicicletas.

Adeque a equipe de entregadores

À medida que o sistema de entregas de um empreendimento vai se estruturando, vai ficando nítido como será a rotina do delivery, quais serão os dias da semana com maior número de pedidos e os horários em que os entregadores ficam mais atribulados.
Por isso, é importante analisar as demandas do delivery e contratar o número certo de entregadores para evitar atrasos.
Caso durante a semana o ritmo de entregas seja mais devagar e, no final de semana, os pedidos aumentem, pode ser uma estratégia contratar entregadores para darem um reforço à equipe durante as sextas-feiras, sábados e domingos. É interessante, também, contratar os entregadores por turnos, estruturando a rotina de trabalho de cada colaborador com a média de entregas.

Estude a taxa de entrega

Os clientes devem entender que a taxa de entrega faz parte de um serviço à parte da refeição ou do produto comprado e, em todos os pedidos, o valor da entrega deve estar explicitado.
Apesar de importante, é interessante que os estabelecimentos comerciais realizem promoções em alguns dias da semana em que a taxa de entrega está isenta ou mais barata – essa estratégia pode conquistar clientes e impulsionar as vendas.
Para os empreendimentos que estão no processo de implementar o delivery, o Sebrae aconselha que o melhor é, no início, definir uma região a ser atendida para, posteriormente, ampliar os serviços. Assim, as taxas de entregas serão testadas e padronizadas, de acordo com a localização de cada ponto de entrega, e o sistema delivery da empresa terá tempo para melhor se estruturar.

Invista nas redes sociais

As estratégias de marketing da empresa auxiliarão na divulgação dos serviços delivery, condições especiais, promoções e outros comunicados importantes aos clientes.
Redes sociais como o Facebook, Instagram e Twitter auxiliam na estruturação da comunicação da marca, além de ser um canal de atendimento aos clientes.
Além do telefone tradicional para contato, podendo ser fixo ou celular, o Whatsapp Business, por exemplo, é um grande aliado nas entregas. Por meio do aplicativo, os atendentes entram em contato com os clientes de uma forma bem mais ágil e a comunicação é facilitada. Na forma Business do aplicativo, é possível cadastrar respostas automáticas, informar horários de funcionamento da empresa e ter um melhor gerenciamento dos cadastros de cada cliente.

Geomarketing para entender a concorrência

O investimento em um software de geomarketing pode ser interessante para analisar o mercado e monitorar a concorrência. As plataformas próprias para este tipo de análise fornecem mapa do local a ser consultado e estudos de comportamento dos estabelecimentos na região selecionada.
O geomarketing ajuda a escolher das regiões que serão atendidas e, principalmente, a traçar estratégias para que a empresa se diferencie das concorrentes.

Cadastro de clientes

O cadastro de clientes é um processo fundamental para agilizar o pedido. Logo no primeiro contato do cliente com a empresa, deve ser feito o registro do cliente com nome, endereço completo e telefone para contato.
O ideal é que o cadastro seja automatizado para que, nas vezes futuras em que o cliente entrar em contato, as informações principais já estejam disponíveis para o atendente.

Aposte em aplicativos de delivery




Os aplicativos especializados em delivey são a principal forma de oferecer esse serviço aos clientes, alcançando um público maior. Esses apps agregam diversos restaurantes e estabelecimentos da região, apresentando opções variadas aos usuários.
Para aderir a esse tipo de aplicativo, porém, é preciso seguir algumas regras, pagar taxas ou comissões. A seguir, você confere como aderir aos três principais aplicativos de delivery do Brasil: iFood, Uber Eats e Rappi.
iFood
O iFood é um dos aplicativos responsáveis por popularizar a dinâmica de delivery por apps no país e, atualmente, é o mais utilizado pelos brasileiros.
Nele, os usuários têm acesso a opções de restaurantes, bares e lanchonetes de diferentes ramos do mercado alimentício, além de supermercados, empórios e lojas de conveniência. Todos podem ser avaliados pelos usuários, o que facilita os clientes saberem se a comida e o atendimento do restaurante é bom.
A nota do app nas lojas oficiais do Google Play e da App Store gira em torno de 4,6 e 4,8, estando disponível para sistemas Android, iOS e Windows Phone.
Para cadastrar um restaurante no aplicativo, o empreendedor deve acessar o site da plataforma e realizar um cadastro referente ao estabelecimento comercial, e assinar um contrato digital. Depois, a própria plataforma dá as orientações para configurar o restaurante dentro do aplicativo e, por fim, o empreendedor escolhe o dia para começar a receber pedidos pelo iFood.
O app trabalha com dois tipos de planos: básico e entrega, ambos com mensalidade grátis no primeiro mês de adesão.
No plano básico, os restaurantes precisam contar com entregadores próprios. A mensalidade é de R$ 100, caso o empreendimento venda mais de R$ 1,8 mil por mês. A taxa é de 12% sobre o valor de cada pedido. Os pedidos pagos pelo aplicativo têm desconto de 3,5% referente à taxa de transação cobrada pelos cartões.
Já o plano entrega está disponível apenas em algumas regiões do país. O app disponibiliza um entregador e a mensalidade é de R$ 130, caso o restaurante benda mais de R$ 1,8 mil por mês. A taxa é de 27% sobre o valor de cada pedido.
Os pedidos com pagamento pelo aplicativo são repassados aos restaurantes por transferência bancária, em até 30 dias.
Uber Eats
O cadastro de um restaurante na plataforma do Uber Eats também é feito online.
Os preços para manter um restaurante no app varia de acordo com dois componentes. O primeiro é a taxa de ativação única, que cobre um kit de boas-vindas, tablet, software de restaurante e sessão de fotos profissionais. A segunda é a taxa de serviço, calculada de acordo com cada pedido realizado para o restaurante dentro do Uber Eats.
O app não trabalha com entregadores, mas auxilia os estabelecimentos comerciais a encontrar entregadores autônomos que podem realizar o delivery de carro, moto, scooter, bicicleta ou a pé, dependendo da distância.
De acordo com a plataforma, por conta da rede de entregadores parceiros que usam o app, os restaurantes não precisam estruturar equipe própria de entrega. Entretanto, se o restaurante já contar com uma equipe voltada para delivery, essa opção poderá ser utilizada.
Rappi
O Rappi é um aplicativo de entregas que, além de lanches e refeições, também realiza delivery de compras de supermercado, farmácias e outros estabelecimentos cadastrados na plataforma. O aplicativo também trabalha com a opção de personalizar pedidos, que podem ser solicitados de acordo com a localização do estabelecimento comercial e o que foi pedido pelo cliente.
Para cadastrar um estabelecimento comercial no aplicativo, o empreendedor deve entrar em contato com o setor responsável via e-mail: sejaparceiro@rappi.com. A equipe da área de parceiros entrará em contato e realizará um cadastro.
Depois, o empreendedor deve fazer download de um app específico, voltado para os estabelecimentos: RappiAliado. No aplicativo, o cadastro e as configurações de produtos e entregas da empresa serão ajustadas. Com o cadastro feito, os empreendedores começam a aceitar os pedidos.
O aplicativo trabalha também com serviços de motoboy ou bikeboy 24 horas por dia. O pagamento das entregas pode ser feito pelo próprio app ou por cartão de crédito, dinheiro, PayPal e cartão de débito.

Outros canais para recepção de pedidos

Além dos aplicativos especializados, é possível optar por outros canais para receber pedidos e implementar o delivery no seu negócio.
Disponibilizar um número de telefone, contato via WhatsApp e receber pedidos por meio das redes sociais são boas alternativas para quem quer oferecer delivery, mas quer economizar nas taxas a serem pagas.
Ainda pode-se apostar no desenvolvimento de um aplicativo próprio para o negócio ou na criação de uma área para pedidos no site da marca.

Segurança ao implementar o delivery em meio ao coronavírus




Com a intensificação dos atendimentos via delivery como estratégia de enfrentamento à crise do coronavírus, empresários, franqueadores e franqueados devem redobrar a atenção em todos os processos de produção, trajeto e entrega dos alimentos aos clientes.
Mesmo para aqueles restaurantes que terceirizam o entrega, o aumento da demanda durante o período de isolamento social também indica a necessidade do reforço nos cuidados, protegendo tanto entregador quanto clientes.
No momento, ainda não há evidências científicas de que os alimentos são uma fonte de contaminação direta do COVID-19, como informa a Organização Mundial de Saúde (OMS). A Autoridade Europeia de Segurança dos Alimentos também endossa que não há evidência de transmissão de COVID-19 desta forma.
A OMS explica que, para se multiplicar, o novo coronavírus precisa de um hospedeiro. A transmissão acontece apenas de pessoas para pessoa, de forma direta, ou por contato com superfície contaminada, de forma indireta, quando não acontece a higienização das mãos de forma correta.
Entretanto, se o funcionário que preparou a comida ou o entregador estiverem doentes, cresce o risco de contaminação indireta. Em caso de qualquer suspeita, ou nos primeiros sintomas apresentados pelos colaboradores, a recomendação da OMS é que o funcionário seja afastado do trabalho e permaneça em quarentena por 14 dias, cuidando da saúde.
Em qualquer cenário de trabalho e, principalmente, no contexto atual de pandemia, é imprescindível que os estabelecimentos que trabalham com a preparação e venda de alimentos sigam o Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação, elaborado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
A OMS aconselha o uso de máscaras de proteção de forma razoável, com a proposta de evitar desperdício do material de proteção. Para a manipulação dos insumos e preparo dos alimentos, a máscara e luvas de proteção são aliados na higiene, e devem ser trocados com frequência durante o expediente de trabalho.
A higienização das mãos deve ser feita com frequência, com sabonete antisséptico, sendo a medida mais completa para a redução de micro-organismos presentes na pele a níveis seguros, como determina a resolução da Anvisa.
Ou seja, apenas o álcool gel nas mãos não garante a higienização completa. O álcool 70% deve ser utilizado quando não há meios de lavar as mãos com água e sabão. Os mesmos cuidados servem para os entregadores, que também devem evitar contato físico com os clientes.
A bolsa, utilizada para transportar os alimentos, guidão, volante, capacete, máquinas de cartão devem ser sempre desinfetados com álcool 70%. O Sebrae informa que, além dos cuidados com a saúde dos colaboradores, é importante atenção à entrega:
  • As embalagens devem estar íntegras e limpas;
  • Embalagens sempre lacradas e bem acondicionadas;
  • Redobrar o cuidado no manuseio, produção e na entrega;
  • Evitar o contato direto com os clientes.

Cuidados para os clientes

Antes de receber o pedido, os clientes devem realizar a higienização das mãos e priorizar o pagamento online, para evitar o contato com a maquininha de cartão ou com dinheiro no momento da entrega.
O pagamento online também reduz o tempo em que o alimento demora para ser entregue para o primeiro cliente, o que agiliza o restante das entregas que serão feitas pelo profissional. Caso o cliente esteja com sintomas ou suspeita de coronavírus, o ideal é pedir para alguém do prédio, como um vizinho ou familiar, para receber o alimento.
Antes de consumir os alimentos, lave as mãos e os utensílios que serão utilizados para comer. É importante avaliar as condições do alimentos e, na dúvida sobre a integridade, entre em contato com o estabelecimento comercial para recomendações.


by Luíza Campos