sexta-feira, 27 de novembro de 2020

 

Comunicação e liderança: 3 dicas para lidar com crises

A forma como você se comunica com sua equipe é crucial em períodos como o que vivemos


Seja em incidentes do cotidiano, seja em momentos como os que estamos vivendo com a pandemia do novo coronavírus, a comunicação com os funcionários é um ponto fundamental para aqueles que ocupam posições de liderança.

Em artigo publicado no portal Inc., o escritor e fundador do FireMeIBegYou.com, Robbie Abed, reuniu algumas dicas formuladas a partir da experiência com CEOs e executivos. “Cada um lida com crises de uma forma diferente, eu entendo. Mas há formas com as quais líderes se comunicam com suas equipes que realmente se destacam das demais”, afirma o autor.

Veja as dicas abaixo:

Quando tiver de anunciar más notícias, faça isso de uma vez só

Independentemente da hora ou do dia, ninguém quer receber notícias ruins. Por isso, é melhor fazer o anúncio rapidamente. “Esconder más notícias ou adiar decisões causa confusão e ansiedade em toda a sua equipe. E quando você precisar que eles estejam mais focados do que nunca, vão passar o tempo se concentrando no desconhecido”, escreve Abed.

Por isso, o autor defende que, se precisar demitir, faça isso "de uma vez" — em vez de fazer uma reunião para anunciar que haverá cortes e não contar na mesma ocasião quem deixará a equipe, por exemplo. Além disso, aproveite para falar o que acontecerá em seguida.

Estabeleça que você está aberto para qualquer reunião com qualquer membro da equipe, a qualquer momento

“Quando as pessoas não têm certeza sobre o que está acontecendo em suas vidas e carreiras, elas ficam agitadas e imprevisíveis”, escreve o empreendedor. Ele conta que teve um cliente que fez um ótimo trabalho comunicando más notícias e especificou que estava aberto a telefonemas ou videochamadas a qualquer momento. Ele até deu seu número de celular e e-mail para que todos pudessem entrar em contato, mesmo sem hora marcada.

Como esperado, empregados falaram diretamente com ele, que pôde acalmá-los e redefinir expectativas. “Sim, a medida demanda muito tempo, mas, no final, valeu a pena para ele, para a empresa e a equipe”, diz Abed.

Em experiência oposta, o empreendedor conta já ter visto executivos que deram más notícias numa segunda de manhã, mas sem especificar o que aconteceria com os empregados. Todos ficaram pensando se perderiam seus empregos ou se os salários seriam reduzidos, o que não foi esclarecido diretamente. Mas o maior erro, de acordo com Abed, foi o fato de os líderes não se mostrarem disponíveis para conversar. Assim, a semana foi improdutiva e marcada por muita ansiedade.

Negócios são negócios, mas as pessoas sempre vêm em primeiro lugar

A forma como um líder trata seus empregados em tempos de crise determina quão leais os funcionários serão, quão duro vão trabalhar e, por fim, o próprio sucesso da empresa, defende o autor. “Para algumas empresas, os executivos fizeram cortes nos salários para reduzir as demissões, e isso sempre será apreciado. Agora é a hora de pensar em seu pessoal quando você se comunica claramente. Você provavelmente estava na posição deles em outra fase da sua vida, e agora não é hora de esquecer isso.”


by PEGN
 

quarta-feira, 11 de novembro de 2020

 

Por que as franquias fazem tanto sucesso?

Modelo de negócio tem menos riscos por já ter sido testado (e teoricamente bem-sucedido) em outro lugar; apoio do franqueador também é fundamental

                                              Franqueadores devem apoiar franqueados para negócio dar certo (Foto: Reprodução/Pexels)


A franquia é antes de tudo um modelo de negócio que deu certo — afinal, ela já foi testada pelo menos uma vez e teve resultados satisfatórios para que quisessem abrir outras unidades daquela marca. É por isso que o sistema é um sucesso e muitas pessoas desejam abrir uma franquia na hora de empreender.

“Quando o negócio é novo, você ainda precisa testar. Na franquia, já existe um produto que foi aceito, com valor especificado e um público-alvo definido”, afirma Davi Jeronimo, consultor de negócios do Sebrae. Com isso, ele diz, o risco de abrir um negócio assim é menor do que começar uma marca própria.

“Quando você compra uma franquia, pula praticamente 80% das etapas do mercado”, diz o consultor.

Dentro do setor, Jeronimo cita alguns tipos de franquia que fazem mais sucesso: as áreas de estética e alimentação. “Hoje em dia, especialmente em estética, os clientes são muito mais atraídos pelo nome da marca do que pelo profissional em si”, afirma. A marca já consolidada no mercado também é um fator — o cliente gosta de consumir aquilo em que confia. 

Outro ponto é a localização, já que muitas franquias têm um trabalho de geomarketing para identificar quais são os melhores pontos para abrir uma nova loja.

Perfil de franqueado

O profissional que vai abrir uma franquia é aquele que, provavelmente, quer um atalho no mercado. “Ele já sabe que busca uma marca bem definida. É um empresário que sabe mais o que esperar e onde quer chegar”, diz Jeronimo. O candidato a franqueado também pode ter mais capital disponível e vontade de investir em um negócio sólido.

O franqueador deve definir exatamente o perfil de franqueado que deseja. “Existem franquias que fazem testes exaustivos com o candidato antes de fechar negócio. O franqueado ainda passa por treinamento depois. Ele não vai ser apenas mais um”, diz o consultor.

Mas atenção: abrir uma franquia não significa ter um negócio livre de riscos. Ainda é preciso fazer pesquisas para entender se aquela marca faz sucesso no mercado, se os franqueados estão satisfeitos e se o franqueador dá todo o suporte. Caso a franquia só se interesse em vender a unidade sem dar apoio ao franqueado, torna-se uma cilada.

E, sem dar suporte, a franqueadora também causa prejuízo à própria marca. “Ela tem que ser fiel àquilo que está vendendo ao empresário”, diz o consultor. “Quanto maior o apoio entre franqueador e franqueado, maior é a chance de um negócio de sucesso.”


by Carina Brito - PEGN

 

Franquias: 5 armadilhas para evitar ao escolher uma marca

Escolher uma rede para investir não é uma tarefa fácil; é necessário estar atento aos números e a questões contratuais. Saiba o que fazer.

Evitar armadilhas no início pode reduzir sofrimento no futuro (Foto: Pexels/Reprodução )


Comprometer-se com uma franquia é ter em mente que se trata de um negócio como qualquer outro. É preciso estar disposto a se entregar ao empreendimento para gerir uma unidade e, assim, obter sucesso. Apesar disso, o caminho até a compra da franquia não é tão simples. No processo de escolha, o candidato deve se atentar a detalhes e questões importantes a fim de eleger a marca que mais se encaixa nas sua expectativas como empreendedor.

“O processo de escolha de uma franquia é feito por meio de um funil em que você começa com um número bem grande de possibilidades e, de acordo com os critérios que você adota, esse funil vai estreitando”, afirma Rogério Gama, psicólogo, consultor em franquias e diretor de relações institucionais da Associação Brasileira de Franchising (ABF) no Rio de Janeiro.

Segundo o especialista, existem algumas armadilhas que devem ser evitadas para que a experiência como franqueado não seja desagradável no futuro. Confira quais são elas:

1. Apenas gostar da marca não é o suficiente

Gama afirma que gostar de uma marca não é o suficiente e que é importante gostar da operação em si. Além de ter afinidade com os produtos que serão vendidos naquele determinado negócio, é necessário estar atento aos processos por trás do balcão que envolvem a vendas. “Operar uma franquia não tem nada a ver com gostar da franquia como cliente”, alerta Gama.

Para ilustrar, ele utiliza o caso de uma cafeteria. Uma pessoa pode amar tomar café em determinado estabelecimento com os amigos, mas não se daria bem trabalhando em um deles. Isso pode acontecer pois o dia a dia da cafeteria não é compatível com os gostos e expectativas do candidato – que muito provavelmente terá que enfrentar o trabalho em um ambiente quente de cozinha, com boa parte do trabalho feito de pé.

Além disso, Gama aponta que o empreendedor deve se atentar à longevidade da marca frente ao mercado e recomenda que se tome cuidado com as tendências. “É importante tentar estimar se aquele negócio é um modismo e se tem chance de futuro”, afirma. “Existem franquias que estão fazendo sucesso e, geralmente, os candidatos procuram as marcas que estão em maior visibilidade. Mas ninguém para pra pensar que não é o sucesso que a rede teve até hoje que vai dar dinheiro pro franqueado”, completa.

2. O investimento inicial da franquia pode ser maior

Um dos primeiros passos ao pensar em adquirir uma franquia é saber se o investimento necessário para a compra cabe no orçamento. Segundo Gama, um dos quesitos principais é se informar dos pontos que compõem o investimento inicial proposto pelo franqueador.

“Uma série de itens que compõem o investimento inicial vem em menor quantidade ou com valor mais baixo”, ressalta. O consultor destaca que existem diversas taxas, como a de franquia e de locação do ponto físico, que podem não estar incluídas no valor do investimento inicial. Consequentemente, o capital realmente necessário para que a loja seja adquirida é maior. 

Outros pontos que compõem este montante e que podem não estar expressos no valor total dizem respeito, por exemplo, aos valores de locação de espaços e a itens que são colocados como opcionais, mas que, na verdade, são indispensáveis, como circuito interno de segurança.

3. Promessas de retorno financeiro não se cumprem

Um dos objetivos, em qualquer negócio, é ganhar dinheiro. Gama aponta que, muitas vezes, as franquias apresentam ao candidato uma média de meses para que o investimento inicial retorne ao bolso do empreendedor – e isso está ligado à lucratividade das operações. Para que o retorno aconteça, é necessário, antes de tudo, que as contas da unidade atinjam o ponto de equilíbrio, ou seja, que a receita se iguale às despesas. 

O diretor da ABF-Rio afirma ainda que essa situação naturalmente já demora a acontecer. Se as vendas não forem como esperado, o retorno real poderá não ser condizente com aquele que foi prometido pelo franqueador. “O candidato à franquia precisa entender como foi obtida essa informação de que o ROI vai acontecer em 36, 24, ou seja lá o que for que a empresa anunciar. É importante que ele faça essa conta”, alerta.

O cálculo para obter o resultado final é simples: basta dividir todo o investimento inicial pelo número de meses em que a franqueadora estima que o retorno aconteça. Com isso, é possível saber o quanto de lucro será necessário ter por mês até o final do prazo total até chegar ao capital retornável. Para ter ainda mais certeza da informação, converse com franqueados e ex-franqueados – que constam, obrigatoriamente, da circular fornecida ao candidato – para ter acesso a números reais e precisos de baixo, médio e alto faturamento.

4. Expectativa de retorno alto com investimento baixo

Gama faz este alerta especialmente às pessoas que se interessam pelas microfranquias. Segundo a ABF, o investimento nessa modalidade deve ser de até R$ 90 mil. De acordo com ele, o retorno no futuro é proporcional ao valor aplicado na compra. “Quanto menor o investimento, menor o resultado”, diz. “É importante chamar a atenção das pessoas de que a microfranquia é algo de baixo custo, mas que o investimento retorna na medida.”

5. Os pormenores de um contrato de franquias

É no contrato que todos os detalhes que permeiam a compra e o funcionamento da franquia estarão descritos. Por isso, é preciso ter atenção redobrada. Gama recomenda que, neste momento, o candidato à franquia conte com a ajuda de consultores e advogados para ver se as regras e as multas estão coerentes e de acordo com a lei. Isso evita que, no futuro, o empreendedor arque com consequências financeiras que não estavam previstas e que possa agir dentro das regularidades da franquia ao longo da jornada empreendedora.





by Giovana Oréfice - PEGN


segunda-feira, 9 de novembro de 2020

 Saiba como montar um plano de carreira em 7 passos


Qual seu plano de carreira? Conseguir aquele emprego desejado, ser promovido, se tornar um líder? Todos esses são objetivos que exigem preparo para serem alcançados. O investimento vale a pena. Quando você organiza seus objetivos, consegue visualizá-los com mais clareza e se sente mais motivado e comprometido para atingi-los. 

De maneira geral, o plano de carreira também ajuda a definir de forma realista onde você quer estar profissionalmente em alguns anos, e possibilita que você analise se as suas ações presentes se conectam com seu objetivo futuro. Assim, você aumenta suas chances de sucesso e evita arrependimentos com tempo perdido na realização de atividades sem significado.

Aqui, você descobre que criar um plano de carreira não é algo de outro mundo. E, para facilitar a jornada, o NaPrática.org também disponibiliza um plano de ação para download, uma boa ferramenta para acompanhar seu plano de carreira e mantê-lo focado em suas metas pessoas. 

Como fazer um plano de carreira em 7 passos 

Basicamente, o plano de carreira deverá ser elaborado para levá-lo do seu estado atual (como você está hoje profissionalmente) ao estado desejado (como gostaria de estar dentro de um período determinado de tempo).

O objetivo pode ser de médio ou longo prazo, adaptado e remodelado com o passar do tempo. Para começar, basta ter papel e caneta e seguir os 7 passos delineados abaixo:

Passo 1: Não tenha medo de sair da zona de conforto

Estar aberto a correr riscos e se lançar a novas experiências é essencial para refletir sobre o que você realmente quer fazer. 

No caso de Adam Steltzner, um dos principais engenheiros da Nasa, sair da zona de conforto significou se inscrever, sem muitas expectativas e apenas pela curiosidade, num curso de astronomia local. A escolha mudou sua vida e moldou sua crença de como é possível encontrar seu norte de uma maneira muito simples: "Se você está pensando nisso ou se sentindo estagnado, olhe para dentro e veja de onde vem sua alegria, o que acende sua curiosidade e siga isso."

Veja algumas perguntas para começar a reflexão: 

O que me faz vivo? 

O que está no meu piloto automático? 

O que levo nos meus bolsos? 

Quem admiro e ainda não conheço pessoalmente? 

Quem sou eu, sem falar de trabalho em nenhuma parte da resposta? 

Qual o meu propósito?

Caso precise de mais insumos, neste texto você encontra algumas perguntas que podem te ajudar a encontrar o seu propósito e neste outro um relato sobre o impacto que essas reflexões podem ter na carreira. 

E no vídeo abaixo, você aprende a fazer sua Mandala Ikigai, uma ferramenta capaz de te ajudar a encontrar o trabalho ideal e unir vocação, propósito e impacto no mundo:


Passo 2: Reflita sobre seu estado atual

Entender o seu estado atual é a análise inicial para o seu plano de carreira. Para avaliar todos os pontos de sua vida profissional hoje, seguem algumas reflexões básicas: 

Qual sua ocupação atual? 

Está feliz e satisfeito com ela? 

O que você mais gosta de fazer durante o dia a dia de trabalho? 

O que menos gosta de fazer durante o dia a dia de trabalho? 

Deixe as ideias fluírem e anote tudo o que vier à sua cabeça. Muitas vezes, tudo parece confuso dentro da mente, e anotar ajuda a ter mais clareza.

Passo 3: Defina seu estado desejado

Você já parou para pensar quem deseja ser profissionalmente daqui a dois, cinco ou dez anos? Essa reflexão é importante para alcançar a felicidade e plenitude nesse setor da sua vida. 

Quando você define seu objetivo, é capaz de guiar melhor sua carreira e aproveitar as oportunidades. Por fim, toma as rédeas da sua vida profissional e não fica à mercê dos acontecimentos.

Passo 4: Valide seu estado desejado

Mas não adianta apenas definir qual é seu estado desejado. Para se sentir efetivamente motivado e chegar até ele, você precisará compreender o que está por trás dessa vontade. 

Algumas questões podem ajudá-lo nessa reflexão: 

Por que valerá a pena alcançar tal objetivo? 

Por que isso é importante para você? 

As respostas devem estar totalmente alinhadas aos seus valores e ao que você quer para sua vida. Somente assim será possível manter o foco durante toda a execução do seu plano de carreira.

Passo 5: Trace metas

Agora você já tem seu ponto de largada e o de chegada: só faltam os degraus que ligarão um ao outro. 

Para defini-los, faça o seguinte: 

Identifique a distância que o separa do seu estado desejado 

Divida essa distância em espaços menores 

Mapeie o que você precisa aprender, adquirir ou mudar para chegar lá.

Passo 6: Invista em autoconhecimento e conhecimento de mercado

Identificar o que precisa aprender, adquirir ou mudar fica muito mais fácil quando você investe em autoconhecimento. 

É muito importante descobrir quem você é, quais são seus pontos fortes e fracos, o que você que faz bem e o que precisa melhorar para desenvolver as habilidades e competências que permitirão que seu objetivo seja alcançado.

É possível fazer isso tanto de forma autônoma - o NaPrática.org tem uma matéria especial com tudo que você precisa saber para começar a jornada de autoconhecimento - quanto de forma estruturada, através de cursos como o Autoconhecimento Na Prática Online. 

Também é importante conhecer de fato sua área de interesse e aquilo que você precisa saber para atuar naquele mercado. 

Para tanto, você pode: 

Fazer uma pesquisa aprofundada sobre o setor e entender quem são as grandes empresas e grandes modelos, quais são as tendências, desafios e oportunidades.

Conversar com profissionais da área que podem lhe oferecer conselhos úteis e atualizados.

Conectar-se com o meio através de cursos, projetos e eventos.

Passo 7: Estipule prazos para cumprir cada meta

Agora que você tem metas, elas devem ser organizadas no plano de carreira de modo a permitir que você alcance determinado objetivo em um período bem definido. Isso exige que cada etapa seja cumprida dentro de um prazo. 

Ao estipular tais prazos, você deve considerar realisticamente as dificuldades e os obstáculos que enfrentará. Uma ótima ferramenta para ajudá-lo nesse momento é o plano de ação, que você pode baixar gratuitamente aqui. 

Ao seguir todos esses passos, você faz do seu plano de carreira um verdadeiro mapa para chegar ao destino profissional desejado.

http://materiais.napratica.org.br/np-plano-de-acao/?etm_source=PortalNP&etm_medium=Materia&etm_campaign=Ebook&etm_content=7-passos-plano-de-carreira&_ga=2.39527011.1901442884.1604689286-1449893826.1592577226

Ao seguir todos esses passos, você faz do seu plano de carreira um verdadeiro mapa para chegar ao destino profissional desejado.

Por que fazer um planejamento de carreira importa?

Depois de ler todos os passos, talvez você esteja se questionando: mas para que se dar a todo esse trabalho? Na verdade, o momento é de comemoração: um campo tão aberto para um número tão grande de pessoas é novidade. 

Durante muito tempo, a maior parte das pessoas entrava no mercado de trabalho e se movimentava simplesmente de acordo com as oportunidades que surgiam. Suas decisões de carreira não eram pensadas dentro de uma estratégia individual e elas costumavam seguir um panorama tradicional que levava à estabilidade: passavam 10, 20, 50 numa mesma empresa, trilhando um caminho traçado por outros e praticamente inalterável. 

De certa forma, os profissionais também eram mais reativos em relação à carreira: algo externo acontecia e alguém reagia.

A intenção aqui não é denegrir a atitude profissional da geração anterior, que trabalhou em um contexto socioeconômico muito diferente do atual, mas sim constatar que existe hoje muito mais espaço para ser protagonista da própria carreira. 

Na mesma medida em que ficou mais competitivo, o mercado também ficou mais diversificado e dinâmico.

Construir carreira atualmente significa escrever sua própria história profissional. A CEO da Microsoft Brasil Paula Bellizia resumiu o momento em uma palestra para jovens talentos na Conferência Na Prática, evento de carreiras da Fundação Estudar: "Quem manda na sua carreira é você". 

Quando ela mesma ainda era executiva na Whirpool, gigante do ramo de eletrodomésticos, tinha o objetivo de mudar de indústria e ir para bens de consumo.

"Uma pessoa me disse que eu nunca iria alcançar o meu objetivo. Fiquei muito brava e, naquele mesmo dia, construí um plano para fazer exatamente isso", contou Bellizia, que hoje lidera uma empresa exatamente na área em que pretendia. 

Assumindo o papel de protagonista da sua carreira, suas chances de ser bem-sucedido e realizado são bem maiores - e um bom plano de carreira pode te ajudar nesse processo com direcionamento e responsabilidade.

* O texto "Como montar um plano de carreira em 7 passos" foi publicado originalmente no portal Na Prática, da Fundação Estudar. 


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