sexta-feira, 1 de julho de 2011


Normalmente nos propomos a começar um relacionamento desejando todas as experiências positivas que ele pode proporcionar e rejeitando as outras, criando sofrimento sempre que tais situações acontecem – entre elas, a traição e, claro, a eventual separação.

Quanto mais nos aprofundamos na relação, quanto mais ela se torna a causa da nossa felicidade, mais a ideia de perdê-la se transforma em um pesadelo.
Bem, não precisa necessariamente ser assim.
Reconhecer o fim da relação como uma possibilidade viva – como algo que faz parte da vida, assim como a morte – diminui o peso da situação. Peso esse que só perdura pela nossa própria insistência em negar aspectos naturais da existência e olhar parcialmente os fenômenos que nos rodeiam. Eis o exemplo do Jack White para esfregar isso na nossa cara.

“We remain dear and trusted friends and co-parents to our wonderful children Scarlett and Henry Lee. We feel so fortunate for the time we have shared and the time we will continue to spend both separately and together watching our children grow. In honor of that time shared, we are throwing a divorce party, an evening together in Nashville to re-affirm our friendship and celebrate the past and future with close friends and family.”
“Nós ainda somos amigos queridos e confiáveis, e pais de nossos maravilhosos filhos Scarlett e Henry Lee. Nós nos sentimos tão sortudos pelo tempo que compartilhamos e pelo tempo que continuaremos separados e juntos acompanhando nossos filhos crescerem. Para honrar o tempo que compartilhamos, vamos dar uma festa de divórcio, uma noite juntos em Nashville para reafirmar nossa amizade e celebrar o passado e o futuro com amigos próximos e família.” [tradução livre]
Mudam alguns detalhes, mas a história é igualzinha àquelas que já vivemos (ou estamos vivendo). Jack White e a modelo Karen Elson se conheceram no set de filmagens do clipe de Blue Orchid, em 2005, e se casaram- no Brasil no mesmo ano, tendo como dama de honra Meg White, ex-esposa do noivo. Tiveram filhos, viveram felizes por um tempo e depois constataram que não chegariam mais a lugar algum juntos.
Legal, né? Terminar quando parece ser o mais benéfico a todas as partes envolvidas e ficar bem com isso, comemorando não a morte do relacionamento anterior, mas o nascimento de um outro fundamentado em novas bases. Uma atitude admirável.

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