sábado, 30 de junho de 2012

PASSO A PASSO PARA UM BOM FEEDBACK


FEEDBACK NÃO É QUEDA DE BRAÇO: SEMPRE HÁ DOIS LADOS

DEIXAR O JULGAMENTO DE FORA DA CONVERSA, APONTAR PONTOS POSITIVOS E FAZER UM ROTEIRO PRÉVIO SÃO ALGUMAS DAS DICAS DOS ESPECIALISTAS


                                                 (FOTO: SHUTTERSTOCK)



Receber uma crítica não fácil, mas fazer a crítica nem sempre é tarefa das mais simples. Basta fazer um levantamento mental: quantos chefes você já teve que eram mestres na arte de dar o famoso feedback? E você, sabe dizer o que realmente significa a expressão?


Feedback, segundo o especialista em gestão comportamental aplicada ao mundo dos negócios Luiz Fernando Garcia, não é queixa, bronca, conselho ou mesmo lição de moral. Ele é, na verdade, (ou deveria ser) uma ferramenta para que comportamentos impróprios sejam alterados e as relações entre pessoas se tornem mais fáceis.

“Muitas vezes a conversa que tinha como intenção ajeitar as coisas, tem o efeito contrário e apenas coloca mais lenha na fogueira”, diz Garcia.

A psicóloga Fela Moscovici, autora de livros sobre o tema, aponta dois caminhos essenciais para que o “tiro não saia pela culatra”: ser descritivo, em vez de avaliativo, e ser específico, em vez de generalista.

Ser descritivo significa ir direto aos fatos, sem julgamentos à atitude dos envolvidos. Dizer “aquele equipamento que custou 20 mil reais” é melhor que dizer “aquele equipamento que custou uma fortuna”. Para ser a específico, descreva situações em que a outra pessoa tenha agido de maneira inadequada, sem a utilização de expressões generalistas como “você foi grosseiro” ou “você não sabe guardar dinheiro”. O mesmo vale para as situações em que o funcionário agiu da maneira correta.

Outra dica importante para um “feedback bem dado” é a montagem de um pequeno roteiro. “É necessário que haja respeito entre os envolvidos, com o desejo real de que o outro apenas melhore. Por isso, jamais entre em uma conversa de feedback achando que é o dono da verdade. Sempre há os dois lados”, avalia Garcia.

Etapa  Como fazer  Por quê? 


Preparação:  Reflita cuidadosamente sobre o que pretende falar. Faça um balanço de aspectos positivos e negativos. Preparar-se com antecedência faz com que os fatos mais importantes sejam privilegiados na conversa e listar os pontos positivos ajuda a quebrar a resistência.

Escolha do ambiente:  A conversa deve ser em um ambiente neutro, de preferência na sala de quem vai receber o feedback, sem interrupções. O local adequado ajuda a diminuir a tensão. É fundamental que telefonemas ou secretárias, por exemplo, não interrompam.


Definição das regras:  Enquanto um se pronuncia, o ideal é que outro anote todas as observações e fale somente depois. Em seguida, os papéis se invertem.  Respostas de bate-pronto geram tensão. Com a espera, a impulsividade é controlada e há tempo para assimilar o que foi dito. Quem propôs o feedback deve deixar o outro à vontade para começar, caso prefira.

Início da conversa:  Destaque as qualidade de quem ouve, antes de cobrar algo.  Isso ajuda a quebrar a resistência de quem escuta.

Cuidado com o tom:  Use exemplos específicos e não adjetivos genéricos como "egoísta" ou "preguiçoso". Também é melhor dizer “eu me sinto desconfortável com essa situação” em vez de “você é isso ou aquilo”.  É uma maneira de manter a objetividade da conversa e de desarmar as defesas do outro, sem causar irritação.

Momento de ouvir:  Não interfira enquanto o outro se posiciona. Ouça, anote e espere sua vez de falar. Aguardar o momento certo para se pronunciar demonstra maturidade e interesse verdadeiro de melhorar.

Finalização:  Depois de tudo dito, é fundamental que haja um reforço dos pontos principais do feedback – tanto dos negativos quanto dos positivos.  Isso ajuda a organizar o pensamento e selecionar o mais importante da conversa (que dura cerca de 40 minutos).


by Época NEGÓCIOS 



quinta-feira, 14 de junho de 2012

Mais mulheres no comando



Dados da consultoria Grant Thornton mostram que elas ocupam 27% dos cargos de liderança das empresas do país


                                crédito: Thinkstock


A quantidade de mulheres que ocupam posições de chefia nas empresas brasileiras cresceu em relação ao ano passado. Dados da consultoria Grant Thornton mostram que, no momento, elas ocupam 27% dos cargos de liderança das organizações do país, número superior aos 24% registrados em 2011 e aos 21% da atual média global.

Com esse resultado o Brasil sai da 21ª para a 18ª posição do ranking global de nações com mais mulheres no comando das empresas. Em 2009, o desempenho brasileiro foi ainda melhor, pois o país foi colocado na 10ª posição da lista, com 29% dos cargos de chefia .

O primeiro lugar do ranking de 2012 foi conquistado pela Rússia, onde 46% dos cargos de liderança das empresas são das mulheres. Bósnia, Tailândia e Filipinas (todos com 39%), Geórgia (38%) e Itália (36%) também estão nos primeiros lugares da lista. Os países com as piores classificações são Japão (com apenas 5% das mulheres em cargos de chefia), Alemanha (13%), Índia (14%), Emirados Árabes e Dinamarca (ambos com 15%) e Estados Unidos (17%).

Como elas atuam

A maior parte das mulheres em cargo de liderança no Brasil está na área de recursos humanos (16%). Essa mesma tendência é percebida na China, onde 41% das posições de chefia em RH são ocupadas por mulheres, e na França (37%). As brasileiras se destacam também no segmento financeiro como diretoras (15%) e CFOs (13%).

Ainda sobre o Brasil, o estudo revela que apenas 3% dos cargos de Chief Executive Officer (CEO) são exercidos por mulheres, número inferior ao da média global (9%). O cenário é bem diferente de países como Austrália (30%), Tailândia (29%) e Itália (20%), onde as companhias têm mais de um quarto das posições de CEO sendo ocupadas por elas. O percentual de mulheres brasileiras que ocupam posição de sócia é de 6%.


Uma prosa com Dona Luiza


                                          Crédito Raul Junior


Presidente de uma das dez maiores empresas de varejo do País, Luiza Helena Trajano conta um pouco da sua história — e muito sobre o que acredita e o que a fez chegar até aqui

Conversar com Luiza Helena Trajano Rodrigues, presidente da rede varejista Magazine Luiza, dá a sensação de estar na sala batendo papo com uma tia querida do interior. Ela chama as pessoas de "bem" e diz que pode chamá-la de "você".
Leia a entrevista completa, feita pela jornalista Daniela Diniz, na Edição para Mulheres VOCÊ S/A, já nas bancas!

"Minha vida nunca foi ‘quero ser isso ou aquilo’. Não tinha ambição de ser presidente do Magazine Luiza. Minha tia foi inteligentemente me entregando os cargos aos poucos. Foi uma coisa natural. Eu trabalhei em todos os cargos da empresa".

"Quando chegou a hora, não achei que estivesse pronta, mas, sim, preparada. Eu sabia que iria apanhar, aprender, mas estava preparada".

"A mulher é apaixonada por processo; os homens, por resultado. E é também por isso que as empresas hoje buscam mais mulheres. Afinal, a empresa que só pensar em resultado, e não nos processos, não vai sobreviver".

"Ainda somos poucas no topo por causa de uma falta de história de carreira entre as mulheres".

"Há empresários, por exemplo, que nunca imaginaram passar seus negócios para uma herdeira, e começam a mudar essa cultura porque percebem que somos agora governados por uma mulher".

"Minha rotina é supernormal. Trabalho até as 19 ou 20 horas, dependendo do dia. Eu bato papo, assisto a novelas, fico bastante na internet".



fonte: Você S/A