sexta-feira, 24 de agosto de 2012

7 motivos por que você ainda não é chefe


Empacado na carreira? Veja o que pode estar impedindo você de alcançar um posto de liderança (caso isso esteja em seus planos profissionais)





São Paulo - Os anos passam, resultados são entregues, muitos sobem e você ainda não chegou ao cargo de chefia. Se você não mira uma carreira em Y (aquela dedicada para quem tem um perfil mais técnico), provavelmente, se questiona sobre os motivos para não progredir para um cargo executivo.

O erro pode, sim, estar na empresa. Mas, em alguns casos, a culpa também é do profissional que, segundo especialistas, não sabe se posicionar. Confira os erros mais comuns que impedem que você alcance um cargo de chefia.

1 Você vive numa clausura profissional

Um dos principais erros de quem mira um cargo de chefia – mas nunca conseguiu chegar perto deste estágio na hierarquia – é se isolar do resto do mundo corporativo. Estes profissionais até podem executar suas responsabilidade com maestria, mas pecam por não ter uma visão global do negócio em que estão inseridos.

A consequência desta postura é uma “visão míope, fragmentada com relação ao próprio trabalho”, como classifica Fátima Motta, sócia da F&M Consultores. E, portanto, um olhar incoerente com a missão de um bom líder.

Dica Passo número 1 para ampliar seu olhar sobre o próprio trabalho? Saia da sua baia de vez em quando para ver como outras áreas atuam. Leia notícias sobre o setor em que está inserido, fique de olho em como a concorrência atua e como seu trabalho está relacionado com outras áreas dentro da empresas.

Esta visão do todo é essencial para dar um significado para além do seu departamento para cada mínima atividade que você exerce. Com essa concepção do todo em mãos, você estará pronto para propor soluções possíveis para seu próprio departamento, além de desempenhar seu trabalho com excelência.

“Existem profissionais que andam muito bem pelas estruturas da empresa, se dão bem em outras áreas. Essa habilidade de relacionamento é um cartão de visitas e tanto”, diz Dill Casella, autor do livro “Atitude e Altitude” (Editora Vozes).

2 Você não vai além o suficiente

Regra de ouro para ser promovido? Vá além, sempre. Apostar na ideia de “faço apenas o que mandam ou o que está na descrição do meu cargo” não é a fórmula ideal para chegar ao cargo de chefia.

“Quem é visto para cargos de liderança extrapola o seu cargo. Não é fazer mais do mesmo, é gerar resultados para além do esperado”, diz Fátima. “É ser aquela pessoa que não espera que os outros a cutuquem para fazer mais. É ser uma pessoa que oferece seu melhor sempre, que não fica com uma visão mecanicista e pequena”.


Dica A dica não é trabalhar mais e virar um workaholic. Ao contrário. Quanto mais focado em seus objetivos (e no que a empresa quer) você estiver, mais chances terá de surpreender – sem ter que sacrificar sua vida por isso.

3 Você não tem equilíbrio emocional

“As pessoas se desenvolvem muito no aspecto técnico e não tanto no comportamental. Às vezes, são brilhantes analistas, mas se esquecem da importância do aspecto comportamental”, afirma Fátima Motta, sócia da F&M Consultores.

Ataques de raiva, desestabilização emocional, não saber separar problemas pessoais da rotina profissional, entre outros sinais de que seus sentimentos e emoções não estão em ordem acabam trabalhando contra sua trajetória profissional.

Dica Além de dar o seu melhor no trabalho, invista também em atividades que garantam a sua sanidade mental. Fazer atividades artísticas, esportes ou ter um hobby é essencial para conseguir ter as emoções em ordem.

4 Você não inspira (nem se relaciona)

Nesta toada, a maneira como você lida com as pessoas ao seu redor também conta pontos para a sua ascensão ao topo da corporação. “Não é ser legal com todo mundo. É muito mais. É ser uma pessoa que transforma seus relacionamentos em algo produtivos. Que influencia os outros e é influenciada”, diz Fátima.

Dica Seja uma pessoa aberta e carismática. Realmente, se importe com os outros. Mas não só isso. Seja uma autoridade nos assuntos relacionados ao seu trabalho. “A questão é ser uma pessoa convincente não só porque sabe se comunicar bem, mas porque tem uma visão ampla do negócio”, diz Fátima.

Para explicar isso, Casella afirma que autoridade é diferente de poder. “É a maneira de levar as pessoas a fazer de boa vontade o que você quer por causa de uma influência pessoal”, diz. “Existem lideranças que não estão em cargos de chefia, mas que sabem influenciar”, afirma Casella. E é isso que deve estar na sua mira.

5 Você não deixa claro que joga no mesmo time


Da hora que você chega na empresa até a hora que você sai, a meta é reclamar de tudo. A atitude diante de novos desafios não é diferente: sempre uma cara feia para tudo que pode demandar um pouco mais de esforço. Com uma postura deste tipo, como você quer subir na empresa?

Dica A dica, segundo Fátima, é mostrar que você está jogando no mesmo time. “Deixe claro que seus valores são similares aos da companhia e que você está comprometido”, diz a especialista.

“Nem sempre o líder precisa ter habilidades técnicas relevantes. Mas, com certeza, precisa ter habilidades conceituais, de gestão e aderência com os valores da empresa”, afirma Casella.

6 Você não se vende

Agora, não adianta fazer tudo isso se, no dia-a-dia, você não mostra o que você está fazendo. Sem deixar claro quais são as suas habilidades e conquistas, como você será visto?

Dica “A galinha sempre que bota o ovo, cacareja. Não estou falando para cacarejar sem botar ovo”, brinca a especialista. “Se produziu, faça marketing disso. Não é uma visão de autopromoção boba, mas sim mostrar quem você é”.

7 Você não assume riscos

Você pode até ter todas as características essenciais para ser um bom líder, mas se morre de medo de se arriscar. E isso vale desde sugerir uma ideia durante uma reunião até apostar em ideias mais ousadas.

Dica “As regras existem ,você tem que seguir. Mas pode quebrá-las de vez em quando. Não é porque a regra dita para ir para a esquerda que você não pode tentar a direita”, afirma Dill. Evidentemente, desde que isso não esteja totalmente em desacordo com os valores da empresa.  “Criar uma postura empreendedora é importante”, aconselha o especialista.

Talita Abrantes, de Exame

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Você é carismático ?


Veja o que faz alguns profissionais serem tão queridos

O carismático tem uma luz diferente, uma expressão diferente e uma forma de se comunicar diferente.

Ele é como um imã. Alguém está com um problema sério na família? Ele é todo ouvidos, e não se importa de perder uma hora só escutando, sem falar nada. Um colega de trabalho precisa de ajuda? Ele pára tudo que está fazendo, e até esquece de suas prioridades, para ajudar. A equipe está enfurecida com a empresa e pensando em mudar de emprego? Vai consultá-lo, sem medo nenhum de que as queixas cheguem à chefia. Ele é confiável e entende todo mundo.

Estamos falando do profissional carismático. Para as pessoas ao seu redor, um misto de amigo, pai e anjo da guarda. Se você não é ele, provavelmente já conheceu alguém assim.

O administrador e palestrante Jerônimo Mendes, autor do livro "Oh, Mundo Cãoporativo!", acredita que o carismático tem uma luz diferente, uma expressão diferente e uma forma de se comunicar diferente.

Geralmente, são pessoas bem-humoradas, independentemente da circunstância; otimistas, apesar de terem os pés no chão; sorridentes - mas não a ponto de serem hipócritas -; e de bem com a vida. Também são comunicativas. Mas não no sentido de falantes. "Os carismáticos são bons ouvintes. Eles mais ouvem do que falam. Por isso acabam conquistando as pessoas. O ser humano é carente e gosta de atenção".

O outro em primeiro lugar
Por que o carismático é uma referência para muitas pessoas? Porque, para ele, as necessidades alheias vêm em primeiro lugar. "É o tipo de pessoa que não se importa em ficar uma hora seguida ouvindo alguém, sem falar nada, apenas dando espaço para o próximo. Além disso, sabe o nome e o sobrenome das pessoas, o que é muito importante em uma empresa", afirma Mendes.

As pessoas naturalmente carismáticas são solidárias, mas não de forma forçada. Elas não pensam em um tipo de retorno. "São indivíduos bons em sua essência, humildes, respeitadores e que trazem em sua história lições de vida", acrescenta o palestrante.

A executive coach da Sociedade Brasileira de Coaching, Claudia Watanabe, concorda. Para ela, a pessoa carismática é muito empática, porque consegue entender as necessidades dos outros ao seu redor. "E então as pessoas se sentem livres e confortáveis para compartilhar suas vidas, seus segredos e receios. É aquela velha história de saber ouvir".

Carisma e liderança
Mendes conta que foi o sociólogo Max Weber o primeiro a utilizar a palavra carisma, em seus estudos sobre a liderança que arrebata a imaginação das massas e inspira inabalável devoção. Com o tempo, a palavra passou a ser vinculada a figuras públicas, como artistas, políticos, empresários e religiosos, que exercem influência e fascinação sobre o público.

Segundo ele, durante muito tempo, existiu uma crença errônea de que, para liderar, as pessoas precisavam ser severas e rígidas. Hoje, estudiosos já sustentam o contrário: para liderar é importante ser carismático, ser alguém em quem todos confiam, com quem dividem seus problemas e compartilham os mesmos valores. "Pessoas não confiáveis não são carismáticas", sublinha.

Para Claudia, o ideal é que os líderes sejam carismáticos e competentes, ao mesmo tempo. "Não adianta ter uma liderança carismática se o carisma se sobrepõe à competência", garante, ao opinar que ainda existe o risco de as pessoas não respeitarem o carismático. "Por achar que ele é amigo e que entende tudo", diz. Essa situação seria negativa para a empresa.

"Mas usar o carisma na hora de dar feedback seria fantástico, porque o carismático sempre encontra uma forma mais adequada para dizer o que tem que ser dito, sem magoar ninguém", contrapõe ela.

O perigo do carisma forçado
A executive coach explica que existe o carismático por natureza, que, quando não ocupa uma posição alta na empresa, cumpre o papel de líder informal, e o carismático por necessidade ou conveniência.

O problema do carismático por conveniência é que, cedo ou tarde, seus valores entram em conflito com os valores dos outros. "Geralmente, em uma situação de risco, esse profissional coloca suas próprias necessidades e vontades em primeiro lugar".

Os outros percebem quando alguém não é carismático por natureza? "Sim", garante Claudia. "As pessoas acabam percebendo por meio do tom de voz e da maneira de falar".

Raridade
Além disso, segundo Jerônimo Mendes, os carismáticos têm algo de muito raro: a importância que eles dão à opinião alheia. Quando o carisma é forçado, justamente a indisponibilidade acabará denunciando-o. "As pessoas não têm muito tempo nem disponibilidade. Então ouvir o próximo é complicado", diz ele, ao acrescentar que a vida é feita de um eterno dar e receber.

O autor finaliza lembrando que poucos têm o dom de estabelecer uma relação de amizade e companheirismo com as pessoas ao seu redor. O carismático consegue fazer o outro se sentir melhor, porque se importa de verdade. "E é aí que surge a liderança. Liderar é fazer os outros se sentirem tão bem que eles acabam fazendo o que é necessário", diz ele. E quem tem carisma é líder, ainda que seja um líder informal, que não ocupa um cargo alto. Porque ele é visto e respeitado pelas pessoas próximas como tal.

by Karin Sato

terça-feira, 7 de agosto de 2012


Qual Sua Conduta Diante de Críticas? Reativa ou Interativa?


Independente de quem você é ou do posto que ocupa, críticas e julgamentos a seu respeito ou sobre sua conduta farão parte da sua rotina. Portanto, você deve aprender a avaliar suas reações e adotar uma maneira civilizada para lidar com esse tipo de evento. Eu sou muito reativo e tenho tentado controlar esse impulso.

Com base na observação de como as pessoas reagem a esse respeito, pautamos algumas sugestões de conduta para que você possa avaliar suas atitudes e adequar seu comportamento de forma que possa efetuar conquistas, adequando melhor sua postura diante dos acontecimentos cotidianos.

Não seja reativo:
A despeito de, atualmente, nos munirmos de “argumentos defensivos” para nos precaver contra criticas e retaliações inesperadas por parte das pessoas com quem interagimos, retrucar de imediato sem refletir a respeito do que lhe foi dito não ajudará em nada. Pelo contrário, reações impulsivas nos mantêm reféns de relações hostis, nos distanciando da proposta de aceitação das diferenças e da harmonia no convívio em grupo. Ao refletir sobre alguns comentários a nosso respeito, por mais duros que possam parecer, nos ajuda a exercer o autoconhecimento e melhorar nossas relações interpessoais.

Faça Considerações:
Cultive o hábito de refletir sobre os comentários e elabore um argumento coerente antes de responder de forma impulsiva. Essa postura o ajudará a ser empático no trato com as pessoas, fortalecendo, também, sua auto-estima. Lembre-se de que, no calor dos ânimos e sob pressão, as pessoas são levadas a agir sob impulso, onde nem sempre têm noção do que estão dizendo ou das razões que as levaram a fazer a crítica sem o devido cuidado na forma como fazê-la. Seja condescendente com as pessoas com as quais convive.

Exerça o autoconhecimento:
É muito difícil aceitar um comentário ruim ou digerir uma crítica a nosso respeito. Mas, temos, sempre, a oportunidade de reavaliar nossas atitudes nossas e perceber quando e de que forma afetamos as pessoas com estilos e percepções diferentes. Alguns eventos podem nos oferecer grande aprendizado se estivermos atentos ao modo como afetamos as pessoas a nossa volta.

De cada crítica ou julgamento a seu respeito retire um aprendizado. Independente de ter ou não fundamento, tudo que é dito a nosso respeito deve servir como um instrumento de aferição para que possamos programar melhorias quanto às nossa conduta. Posicione-se com clareza para esclarecer as questões levantadas, e se oportuno, inclusive, agradeça a pessoa por permitir que você reavalie sua atitude. Aliás, agradecer é, sempre, um gesto muito nobre!

Aproveite as oportunidades para dar seu salto de qualidade: 
Quando os comentários ou críticas não procederem, elabore um racional e dê retorno de forma assertiva e gentil à pessoa envolvida. Certamente, essa atitude aumentará sua credibilidade junto ao grupo e o tornará mais preparado para agir em situações similares. Se você refletiu e chegou à conclusão de que as críticas eram pertinentes, aproveite a oportunidade para rever posições e efetuar mudanças necessárias.
Muito do que nós evoluímos diz respeito às avaliações que fazemos de nós mesmos movidos por comentários de terceiros. Aceitar uma crítica pode levá-lo a várias conquistas quanto ao seu aperfeiçoamento pessoal e profissional.

Quando contra-argumentar não for possível, registre o aprendizado:
Algumas vezes não temos a oportunidade de argumentar a respeito do que nos é dito ou feito. Mas tenha sempre em mente que “todas” as situações do nosso dia-a-dia nos oferecem oportunidade de aprendizado.
Independente de você não ter como agir em defesa própria diante da pessoa que efetuou a crítica, registre a mensagem que você tirou do episódio e assimile o conhecimento. Nesses momentos é que temos chance de exercer a humildade nobre e evoluir pelo aprendizado com o outro.


by Waleska Farias