domingo, 22 de abril de 2018

Você precisa aprender a fazer marketing pessoal #aceitaquedoimenos
Hoje vou falar sobre marketing pessoal, como vender a si mesmo e autopromoção. Em primeiro lugar, é preciso que você se liberte do peso negativo que essas expressões trazem. Muita gente diz que odeia o marketing pessoal e que não nasceram para vender a si mesmo, mas o fato é que elas odeiam o modo como em algum momento de suas vidas profissionais esse marketing foi feito, seja de forma agressiva ou falsa, ferindo seus valores. Lembro que uma vez eu comprei um colchão e o vendedor garantiu que o mesmo era de molas ensacadas e não era...Foram muitas noites mal dormidas, a loja se recusou a trocar a mercadoria e só consegui resolver a questão quando entrei nas pequenas causas. Ou seja, foi um desgaste...
Mas o que acontece com muita gente é que partindo de uma experiência negativa como esta acabam criando aversão à vendas ou marketing e consciente ou até inconscientemente acreditam que todo vendedor, marqueteiro ou quem se promove é mentiroso e enganador.
Então, para começar é preciso ressignificar o que é marketing pessoal e autopromoção. Tenha clareza que encontramos diariamente profissionais competentes, íntegros e dedicados e por outro lado também encontramos profissionais que não possuem essas características. Ambos os profissionais podem fazer marketing pessoal, mas geralmente reparamos naqueles que vendem uma imagem que não conseguem entregar. E isto não tem relação com a autopromoção e sim com o perfil daquele que se promoveu.
 Podemos recorrer a um provérbio bastante conhecido: “quem não é visto, não é lembrado”. Inclusive, vale a reflexão: o fato de você hoje estar em processo de recolocação não está ligado à ausência de marketing pessoal em algum momento da sua carreira?
Se você não sabe como fazer ou como melhorar o seu marketing pessoal, atente para algumas questões: você sabe vender uma ideia em uma reunião? Como é que você se comunica com as pessoas em um ambiente profissional? Como anda a sua escrita? Você apresenta grandes dificuldades quando precisa escrever um relatório ou e-mail importante?
O que quero dizer é que marketing pessoal se vincula ao modo como você se comunica, tanto oralmente quanto na escrita. Então um dos primeiros passos a observar é se você consegue vender bem uma ideia, usando a clareza e a objetividade a seu favor. Se não tem certeza de que desenvolveu essas habilidades de forma satisfatória, meu conselho é investir neste aspecto. Pesquise sobre o assunto e procure exercitar sua comunicação. Isso é muito importante. Aproveite essa fase da sua vida em que tem mais tempo disponível para ir em busca de material e estudar para aprimorar os gaps que você sabe que tem.
Lembre-se que você pode sim promover o seu trabalho de modo íntegro, respeitando os seus valores, sem precisar passar por cima de ninguém para que suas competências sejam notadas. Um investimento em autopromoção certamente gerará uma progressão de carreira mais rápida.
Eu, por exemplo, já fui chamada de marqueteira. E depois de muito relutar aprendi a ficar feliz por isto, pois se eu não falar do trabalho que desenvolvo e da metodologia que uso para outras pessoas quem é que vai falar? E sim, muitas vezes, o meu marketing pessoal que traz os clientes. Estes, por sua vez, ao indicar meu trabalho, trazem outros clientes. Para estes novos, assistir aos meus vídeos e ler os meus artigos faz com que tenham muito mais segurança em contratar meus serviços para ajudá-los com a sua transição de carreira. Quando eu não promovo a minha empresa eu estou inclusive tirando a chance de um profissional ter uma assessoria séria,íntegra e de qualidade. Quantas empresas deixaram de te contratar e tomaram a decisão errada de empregar um candidato menos competente somente pelo fato deste profissional ter vendido melhor a sua imagem? Neste caso, a falha foi sua.
O que é importante esclarecer também é o tipo de marketing que você pode realizar. Muitas pessoas acham que fazer marketing é a mesma coisa que fazer vários posts divulgando as suas competências e ficar se promovendo o tempo todo. Estamos na era do marketing de conteúdo. Isso significa que é preciso que você esteja pronto a oferecer, de preferência diariamente, conteúdo para a sua audiência, ou seja, para o público que você quer atingir. Quando eu faço isso, sei que estou oferecendo material a muita gente que nunca vai poder contratar os meus serviços. Mas não vejo problemas. Pelo contrário, fico muito feliz em poder ajudar essas pessoas a se recolocarem e sei que faço isso, pois recebo esse retorno diariamente. É preciso doar os seus talentos, mesmo que isto não traga retorno financeiro imediato.
Uma dica que dei para uma cliente que não sabia por onde começar para desenvolver o seu marketing pessoal e que acho que vale a pena compartilhar com vocês tem três passos.
  1. O primeiro é escolher três pessoas que na sua visão sejam profissionais competentes, íntegros e honestos e que, além disso, saibam fazer um bom marketing pessoal.
  2. Depois comece a estudar a vida desses profissionais. Observe em suas páginas coisas do tipo: o que fazem e como fazem? Como se expressam? O que compartilham? Faça um estudo profundo das características deles por um período de mais ou menos um mês. O objetivo é usá-los como modelos.
  3. Em seguida, planeje três ações de marketing pessoal que você possa fazer e que possam promover o trabalho que realiza. Fazer um vídeo falando sobre quem você é, publicar um artigo no Linkedln, permitir-se se vender mais em uma entrevista de emprego, dar uma palestra e postar as fotos nas redes sociais, são exemplos de ações que podem ser realizadas.

Lembre-se sempre da importância de fazer o seu trabalho ser visto por outras pessoas. Isso fará toda a diferença na sua vida profissional. E quando você é íntegro e competente, ao se promover estará beneficiando quem pode lhe contratar. Não negue isto ao universo.
by Tais Targa, Job Hunter, Coach

O que aprendi quando voltei a ser liderado
Voltas que o mundo dá e, anos atrás, eu finalmente realizava o sonho de trabalhar na diretoria do grande banco no qual fiz carreira por uma década antes de empreender. Embora se tratasse de uma promoção, após um bom tempo liderando equipes de aproximadamente vinte funcionários, eu não seria mais “gerente” e sim "assessor". Teria um líder e não lideraria ninguém.
A experiência me trouxe uma infinidade de desafios: atuação no nível estratégico da organização, realização de trabalhos totalmente diferentes dos que eu estava acostumado a executar, desenvolvimento de novos conhecimentos e habilidades. Além de tudo, dei uma sorte danada, pois meu novo chefe era um baita profissional e me ensinou um bocado.
Foram muitas as lições que aprendi com ele. Compartilharei seis delas, que continuo carregando comigo desde então. Os tópicos estão organizados como "conselhos", mas refletem experiências reais e lições aprendidas com a prática.

1. Jamais seja um figurante em uma reunião

Se você foi chamado para uma reunião, há um motivo para isso. Dê sua visão, contribua. Quando necessário, faça os contrapontos, manifeste opiniões contrárias, aponte riscos e oportunidades não mapeadas. Não importa quem sejam os interlocutores. Gestores precisam ser bem assessorados. Não caia na tentação, tão comum em grandes empresas, de se omitir para não se comprometer. "Ponha o seu na reta", é isso que se espera dos bons profissionais.

2. Coloque os jogadores para jogar

Empodere seus liderados. Deixe que eles tomem parte nas discussões, integrem os projetos e trabalhos desde o momento zero. Participei de muitos fóruns, reuniões e processos de tomada de decisão ao lado desse gestor, os quais, teoricamente, eram restritos aos executivos e estatutários. Quando meu líder era questionado por algum figurão sobre o que seu assessor estava fazendo ali, a resposta sempre era: "Não há restrição de informação na minha equipe. Se há algo que eu possa saber, meus funcionários também podem. E outra, vamos poupar o telefone sem fio e as falhas de entendimento. É ele quem ficará responsável pela realização desse trabalho. Por que eu vou me colocar como um cotovelo nesse processo?" Reter informação é um instrumento de poder muito comum no ambiente corporativo. Não ceda a essa tentação. Coloque sua equipe no jogo para valer e os resultados serão muito melhores.

3. Esse é o melhor trabalho que você pode me entregar?

Uma característica das empresas mais verticais e hierarquizadas é que, geralmente, você não será o único responsável por um trabalho. Como as decisões tomadas em uma grande empresa geram grandes impactos, normalmente, seus sistemas de governança possuem freios e contrapesos para mitigar os riscos envolvidos. Se por um lado isso traz benefícios óbvios, por outro, pode resultar em um baixo comprometimento e em pouco "sentimento de dono” em relação aos trabalhos pelos quais você responde. "Já que várias pessoas ainda vão aprovar isso, para que eu preciso me esforçar tanto?"
Sobre este ponto, havia um remédio quase infalível. Nós chegávamos lá para validar uma primeira versão de uma nota técnica, para mostrar um relatório ou aquele ppt bacana que o Diretor encomendou e a primeira pergunta era: "Esse é o melhor trabalho que você pode me entregar na data de hoje? Eu vou olhar esse material e saber que você colocou seu melhor nele”? A repetição da prática formou um hábito positivo. Ela realmente nos fazia pensar, durante a elaboração de cada trabalho, se estávamos atentando para todos os aspectos, se tínhamos consultado todas as fontes que precisavam ser consultadas, se havíamos conversado o suficiente com os membros da equipe e se estávamos de fato entregando um trabalho de qualidade. Quando eu respondia "sim" ao questionamento, eu realmente queria que cada entrega refletisse minha melhor versão naquele momento.

4. Lateralidade e gestão de demandas

Tenha uma planilha de gestão de atividades (que pode ser um software, um Excel, um kanban ou qualquer outro formato que se ajuste às peculiaridades de cada organização) e um lateral, uma espécie de banco de reservas, na realização de cada tarefa. Essa prática nos obrigava a conversas constantes entre os membros da equipe e reduzia significativamente o impacto de ausências, tanto as programadas quanto as inesperadas. Se alguém ficasse doente ou tivesse algum tipo de emergência pontual, os impactos eram minimizados. Sempre sabíamos, de um modo geral, o que todos da equipe estavam fazendo e conhecíamos em profundidade as tarefas nas quais éramos os laterais.

5. Prepare sucessores

Dá trabalho formar um profissional, e é por isso que muitos gestores declinam dessa função. Além disso, há aqueles que se sentem ameaçados por seus subordinados e, por conta disso, nada fazem para formar sucessores. Esse gestor empregava muito do seu tempo em desenvolver as potencialidades de cada um. Para tanto, fazia com que cada projeto fosse também uma oportunidade de aprendizado. Isso envolvia muitas horas de explicação, de transferência de experiência, de delegação e mentoria em atividades, que, se ele mesmo executasse, seriam realizadas em muito menos tempo. E, principalmente, na delegação não só de tarefas, mas de responsabilidades.
Preparar seus sucessores está entre as responsabilidades mais nobres de qualquer gestor. Se você é um bom líder, deve estar seguro de que vai ascender e terá novos desafios. Se você trabalha por sua ascensão, então é sua obrigação preparar aqueles que poderão assumir suas atuais funções.

6. Não tenha medo de perder os melhores; ao contrário, lute por isso


Se você forma uma equipe de excelência, certamente seus liderados serão valorizados e, em alguns momentos, disputados pelo mercado. Para mim, esse é um ponto crítico que separa os grandes gestores daqueles que são apenas bons. Um grande gestor auxilia no encarrreiramento de seus liderados e sabe que o custo de ter uma equipe de ponta é ver seus funcionários progredindo. Perdeu alguém? O ciclo recomeça e um novo profissional terá a chance de ser formado. Um grande líder sabe que, muitas vezes, não terá espaço para promover ele mesmo toda a equipe e luta para que seus profissionais sejam vistos e promovidos em outras áreas e em outras empresas. Não bloqueie o desenvolvimento de quem já contribuiu muito, trabalhe para que talento e empenho sejam sempre reconhecidos. Crie círculos virtuosos.
Sempre ensine o que você aprendeu (Yoda).
Fonte da imagem: Sociedade Jedi
Bons líderes são assim, passam e deixam lições. Trabalhe para ser relevante na vida profissional dos seus liderados e se esforce para aprender com cada líder que cruzar o seu caminho.
--------------------------------------------------------------------------------------------------
E você, que lições aprendeu com um líder e levou para a vida toda? Me conta nos comentários e vamos espalhar boas experiências e práticas.
Kaio Serrate

10 Táticas Militares para Vencer a Guerra Empreendedora
Empreender é uma guerra. O empreendedor é um militar. A analogia é conhecida, mas foi a partir da minha vivência nos dois universos - no Exército, onde construí minha carreira durante 20 anos compondo a tropa de elite do Exército no Comando de Operações Especiais, e agora como investidor de startups - que descobri o quanto construir um negócio é mesmo semelhante ao sangrento campo de batalha.
Uma das primeiras coisas que aprendi nas Forças Armadas é que o poderio bélico não é necessariamente o fator decisivo para vencer. Tão importante quanto, ou mais, é a inteligência e a estratégia.
Tem sido assim, também, no mundo corporativo depois da revolução digital, onde empresas entrincheiradas em garagens e com pouco ou nenhum capital constroem modelos disruptivos com força suficiente para derrotar gigantes supostamente muito melhor preparados para destroçar tropas pequenas, recém-formadas, mas que, municiadas pela força da inovação, acabam por avançar e conquistar novos territórios.
O empreendedor vive todos os dias uma guerra não declarada, a guerra do mercado. É fundamental, então, saber que habilidades deve desenvolver para ser um soldado bem preparado. No exército me tornei paraquedista e no mundo dos negócios vivo todos os dias uma sensação similar ao primeiro salto: mesmo com todo planejamento prévio e de saber que eu mesmo preparei meu equipamento nunca tive a total certeza de que iria sobreviver.
Para me atirar de um avião tive que estudar, entender como funciona o paraquedas, como manobrar, como agir em situações de emergência, quais os melhores ventos para um voo seguro, quais são meus limites, o que fazer para mitigar riscos.
Agora, na minha vida empreendedora, faço o mesmo em cada startup que invisto. Afinal, não queremos, eu e meus soldados no comando das novas empresas, nos esborrachar no chão e morrer logo no primeiro conflito.
Quando recebemos um pitch, nossa primeira análise está focada nos comandantes (sócios e CEO) e nos soldados (time de colaboradores). Sem um exército forte e preparado é impossível vencer a guerra. Depois olhamos para estratégia de mercado e arsenal (qual o modelo de negócios e que armas tecnológicas e estruturais dispõem para lutar).
Avaliamos quem são as forças inimigas (os concorrentes) e que táticas empregaremos para ganhar terreno e abocanhar market share. Por fim, partimos para o mapeamento (estudo de mercado) e desenho da estratégia, passo a passo, para conquistar nossa vitória (sucesso empresarial).
Se está disposto a se alistar no exército empreendedor, enumero aqui 10 táticas militares essenciais para começar um negócio, crescer com solidez e superar as forças inimigas usando mais inteligência e menos força bruta:
1.   Antes de mais nada, planeje cada passo e defina a estratégia (desenhe um canvas minucioso).
2.   Procure conhecer o inimigo (faça benchmarking).
3.   Estude o terreno, tenha um mapa e uma bússola (conheça o mercado em que irá atuar e não entre na batalha sem saber onde está e onde quer chegar).
4.   Analise os riscos e adversidades (o cenário econômico, legislação, carga tributária e outros que podem impactar negativamente o negócio).
5.   Faça simulações antes de atacar (MVP, teste A/B) e defina a hora certa de avançar (o time to market).
6.   Escolha quais armas irá usar (quais tecnologias empregar, como direcionar os investimentos, que diferenciais desenvolver, quais paradigmas quebrar).
7.   Monte trincheiras para estudar a melhor estratégia, se defender e se preparar para o ataque (crie barreiras de entrada aos concorrentes).
8.   Mantenha seus soldados (seus colaboradores) disciplinados, engajados e motivados e procure dar tudo que precisam para vencer (a tropa que está na linha de frente sabe que arsenal precisa para garantir a sobrevivência, portanto escute-os).
9.   Forme continuamente sua tropa, avalie o desempenho a cada embate e retome o treinamento sempre que necessário.
10. A partir dos insights da tropa, faça análise de cenários (SWOT) e seja firme na tomada de decisões para surpreender o inimigo (o comandante, o CEO, tem a palavra final e um exército sem liderança está fadado ao fracasso).
Pronto pra luta?
Se ainda não se sente preparado, além das 10 táticas militares fecho também com a reflexão incontestável de Sun Tzu, general, estrategista e filósofo chinês:
“Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece, mas não conhece o inimigo, para cada vitória ganha sofrerá também uma derrota. Se você não conhece nem o inimigo nem a si mesmo, perderá todas as batalhas”. 

Lima Santos CEO da 5xmais Holding Business, empresa de investimento em startups, e ex-integrante da Tropa de Elite do Exército Brasileiro