sexta-feira, 24 de junho de 2016


                         5 dicas para abrir um negócio de sucesso



Muitas pessoas se questionam sobre como ter uma ideia inovadora, mas geralmente essas são as mesmas que se esquecem de que, muitas vezes, as melhores soluções aparecem a partir de problemas comuns. Pensando nisso, Andy Lark, chefe do setor de Marketing da Xero, elaborou um plano com cinco estratégias simples para que qualquer empreendedor possa ter melhores resultados.

A ideia é que cada uma delas seja executada ao menos durante uma hora por semana, criando uma verdadeira rotina de inspiração e de disciplina para a maturação das ideias.

1. Não espere por uma ideia mirabolante 

É bastante comum que empreendedores em potencial fiquem paralisados imaginando uma ideia completamente inovadora para o seu negócio. E é aí que o perigo mora, afinal a paralisia pode acabar por fazer com que você desperdice tempo e energia em algo que pode não ser vantajoso. De acordo com o executivo, diversas empresas de sucesso foram criadas a partir de ideias já existentes, sendo o seu diferencial questões simples, como preço, experiência no serviço prestado ou a localização. Dessa forma, ideias que surgem no cotidiano, comentários de amigos e visões simples podem funcionar muito bem. O importante é que o empreendimento solucione problemas reais de seu público-alvo, e para isso não é necessário criar algo completamente novo.

2. Mantenha uma lista atualizada de ideias 

Pensar e prestar atenção nos problemas que você mesmo passa no dia a dia pode ser uma verdadeira fonte de inspiração. Observar empresas que não parecem adequadas aos novos moldes de necessidades de clientes, que estão o tempo inteiro conectados à rede, também é uma boa pedida. Segundo Lark, ainda há amplo espaço e oportunidade para quem deseja construir ofertas de serviços baseados na nuvem, o que elimina a necessidade de construir um espaço físico para o seu negócio. Utilize algum aplicativo, ou mesmo aquele velho caderno, para anotar todo tipo de observação. Acompanhe o que poderia ser feito para melhorar alguma marca ou a empresa de algum conhecido. Atualize a lista ao menos uma vez por semana.

3. Concentre-se em soluções básicas 

Os momentos de insatisfação e dúvidas se apresentam enquanto incríveis potenciais para novas oportunidades de negócios. Assim, não é necessário oferecer algo que você acredita que os outros deveriam experimentar, mas sim coisas que as pessoas realmente precisam. O executivo exemplifica esse ponto de uma maneira bastante simplificada. O Uber, por exemplo, resolve uma questão cotidiana (necessidade de pegar um táxi) de forma simples (não é necessário ir à rua ou telefonar para uma central, correndo-se o risco de não ter carros disponíveis). A solução é clara e totalmente eficiente.

4. Separe um tempo para a reflexão 

Raríssimas pessoas separam uma hora por semana para pensar. Parece simples, certo? E de fato é. Basta disciplina para que novas ideias sejam geradas. Durante esse período, é interessante ler artigos, fazer pesquisas, escrever e até mesmo ouvir histórias inspiradoras. Guardar toda a inspiração e as ideias em uma pasta auxilia na organização dos objetivos. Voltar a anotações antigas pode ser surpreendentemente útil, já que olhar para determinada ideia e se sentir apaixonado por ela pode fazer toda a diferença na hora de começar um novo negócio. É a paixão que dá força para enfrentar os momentos difíceis que haverá no caminho, então se você não sentir o coração bater mais forte, vale arquivar a ideia.

5. Mantenha o foco em seu próprio contexto e objetivos de vida 

É importante que o seu negócio tenha a ver com o seu próprio estilo de vida e com o mundo que está a sua volta. A sua empresa deve estar alinhada com a sua vida para que ela faça sentido para você. O seu próprio sentido de vida pode lhe orientar a soluções que beneficiem milhares de outras pessoas. Para esclarecer a importância dessa questão, Andy Lark fala sobre uma cliente da Xero que cresceu cansada da corrida dos ratos das grandes cidades. Motivada pela sua falta de vontade de trabalhar para alguém, exausta do trânsito e dos altos preços dos imóveis, ela acabou criando uma empresa que oferece serviços de escrituração e contabilidade nas praias de Bali. Problemas resolvidos, concorda? Independentemente de sua escolha, é fundamental ter a consciência de que a corrida para o sucesso não é fácil, mas é possível. Muitas vezes dar o primeiro passo já faz toda a diferença, e começar tirando um tempo da semana para colocar as dicas do executivo em prática pode ser de grande auxílio para o seu novo negócio. 




Fonte: Fortune

Matéria completa:
http://corporate.canaltech.com.br/dica/negocios/confira-cinco-dicas-para-abrir-um-negocio-de-sucesso/
O conteúdo do Canaltech é protegido sob a licença Creative Commons (CC BY-NC-ND). Você pode reproduzi-lo, desde que insira créditos COM O LINK para o conteúdo original e não faça uso comercial de nossa produção.


terça-feira, 21 de junho de 2016


  6 maneiras para ganhar uma renda extra

Se o dinheiro não está dando conta, você pode apostar em opções simples que reforçam o salário mensal. Veja como!

Mesmo de olho na planilha de gastos, muitas pessoas sentem que o salário não é suficiente para cobrir as despesas mensais.

Se você já tentou todas as dicas financeiras para reter o seu dinheiro e, mesmo assim, tem aquela sensação de que o salário desaparece de forma inexplicável, saiba que ainda há uma saída.

Segundo o Datapopular, 68% dos brasileiros optaram, em 2015, por iniciar uma atividade extra para complementar o salário no fim do mês – o que ajuda manter a vida financeira estável, apesar do período de recessão econômica.

Pensando nisso, o site Empregos.com.br listou algumas sugestões que podem te ajudar a reforçar os ganhos do mês, sem alterar a rotina do seu trabalho fixo. Confira:




1 - Marido de Aluguel

O nome se refere aos pequenos reparos domésticos que, de forma geral, eram os homens que executavam. Hoje, muitas pessoas não têm tempo ou conhecimento para resolver esses consertos pontuais, como instalações, troca de fios, dentre outras tarefas semelhantes – e você pode cobrar para fazê-los.



2- Aluguel de garagem

Tem vaga sobrando na garagem? Que tal disponibilizá-la para aluguel? Essa é uma forma de você conseguir dinheiro extra sem sequer fazer nada – basta estipular um valor de locação. Se você mora próximo a locais comerciais, pode fechar um valor mensal a ser pago pelo locatário.



3- Venda de itens usados

Você pode vender tudo o que não usa mais, desde que estejam em bom estado. Você pode fazer um bazar especial em casa, anunciar em um blog, em suas redes sociais ou em sites especializados em vendas de usados.



4- Revenda de cosméticos

Há várias empresas que trabalham com encomendas. Basta se cadastrar para se um revendedor. O importante é sempre manter uma boa comunicação com os clientes a fim de fidelizar esses compradores.



5- Salgadinhos e doces

Se você tem facilidade para cozinhar, divulgue para as pessoas próximas a você que pode fazer salgadinhos e doces para festas – seja festa infantil, confraternização da empresa ou com temas específicos. Invista em ingredientes de qualidade e sabores diferentes, como a moda dos brigadeiros gourmet.



6- Cuidado de animais

Para quem curte passar o tempo na companhia de cães e gatos, esse é o ganho extra perfeito. Você pode disponibilizar a sua casa para ficar com animais de estimação de pessoas que estão viajando, ou ser contratado como dog walker – que nada mais é que passear com o cachorro o quando o seu dono está trabalhando. Se a sua rotina é diferente dos horários do dono do bichinho, aposte nessa opção!



por Flávia Firmino, http://carreiras.empregos.com.br



segunda-feira, 13 de junho de 2016




        “Ao arrancarem meu crachá, senti como se estivessem arrancando a minha pele”

Claudia Giudice: o que fazer quando você tem 23 anos de casa, ocupa um cargo de direção e, de repente, é mandado embora? 

Por Claudia Giudice

11 horas da manhã do dia 13 de agosto de 2014. Não era sexta-feira, mas pareceu ser. Eu estava sentada na plateia do Fórum Exame Brasil 2020, no Hotel Unique, em São Paulo. 

Aguardava a palestra do candidato à presidência da República pelo PSB, Eduardo Campos, marcada para as 12h10. Com a brochura do evento na mão, passou um flash pela minha mente. O que faço se perder o emprego?

Era uma premonição. Mas eu ainda não sabia disso.

Comecei a escrever num caderno em branco enquanto o Eduardo Giannetti da Fonseca falava. Na primeira página, as minhas receitas: alugueis de imóveis, pró-labore da minha pousada na Bahia, pensão do meu filho, investimentos e indenização. Na folha seguinte os custos fixos: escola e inglês do meu filho, clube, plano de saúde, ajuda de custo para meus pais, salário da Maria, salário da faxineira, internet, Netflix, luz, gás, condomínio, IPTU, alimentação, terapia, gasolina, IPVA, viagens.

Na folha seguinte, a conta de padaria mostrava que ia faltar dinheiro. Comecei a cortar. E numa outra folha listei alguns desejos: 1. Doutorado na USP, 2. Projeto Professora, 3. Projeto Consultoria, 4. Projeto Escritora, 5. Projeto Comunicação e 6. Projeto Aldeia Hippie.

Não fui adiante na lista de projetos porque um zunzunzum tomou conta da sala. Um avião havia caído em Santos. Um post na rede social dizia que Eduardo Campos estava a bordo. Fechei o caderno e lembrei que um dia eu fora repórter. Comecei a apurar. Liguei para amigos que faziam a campanha dele. Era verdade.

Soube depois que Eduardo havia desistido de participar do Fórum. Mudou de roteiro e escolheu viajar de avião para ao litoral paulista. Saí do evento abalada com sua morte e voltei para o escritório, na Marginal Pinheiros, em São Paulo. Era diretora de uma grande unidade de negócios na maior editora do país. Tinha muito serviço me esperando e esqueci a premonição, que ficou anotada à caneta no caderninho.

11 horas da manhã de 25 de agosto de 2014. Doze dias depois. Estava na minha mesa. 

Era o dia D na empresa. Sabia que muitas pessoas seriam demitidas. Havia falado com minha chefe e ela estava tranquila. Tinha estado com um acionista e com o presidente. Feedbacks positivos. Toca o telefone. O presidente executivo, que assumira há pouco tempo, e fora meu par dois anos antes, queria falar comigo. Subi, entrei em sua sala sorrindo e ouvi o que ele tinha a me dizer: Claudia, você está sendo demitida.

Consegui manter o sorriso no rosto, acho. E apenas perguntei: Onde eu assino?

Saí da sala com a folha assinada na mão. Tremia junto com ela. Fui direto falar com minha chefe. Perguntar por que ela não me demitiu. Fui demitida, eu disse. Eu também, ela respondeu. Eu, pelo presidente executivo. Minha chefe pelo chefe dele, como mandava a etiqueta hierárquica.

Desci para o meu andar, reuni as redações num canto – naquele momento eu respondia por 24 marcas e liderava mais de 200 pessoas – e dei a notícia para todos de uma só vez para evitar que o falatório ficasse ainda maior. Um discurso rápido. Agradeci a todos e fui cuidar da burocracia. Meu desejo era ir embora dali o mais rápido possível. Sentia alívio, porque estava vivendo sob enorme pressão já há muitos meses. No ano anterior, não havia entregue o resultado prometido, pela primeira vez em 10 anos ocupando em cargos de direção – eu estava na profissão há 30 anos e na empresa desde 1990, com uma breve interrupção. Naquele duro ano de 2014, o cenário era ainda pior. Depois de oito meses de trabalho intenso, acumulávamos perdas e mais perdas. Era boa a sensação de saber que não precisaria mais nadar contra aquela correnteza.

Aí lembrei da premonição de duas semanas antes. Preciso encontrar aquele caderno para ver quais eram os meus projetos. Ainda com a adrenalina nas alturas, dei a notícia à família – sempre uma missão árdua. Contei, numa raquetada, para meu pai: Fui demitida, preciso que você pegue o Chico, seu neto, na escola.

O resto do dia foi de falar com gente: um zilhão de ligações, e-mails, zap-zaps, conversas com amigos e ex-colegas. Falar faz bem nessa hora. Espanta os pensamentos cáusticos, distrai a dor, prolonga o estofo oferecido pela adrenalina.

Era neófita no assunto. Nunca havia sido demitida. Tive sorte. Tinha uma viagem de férias marcada para os Estados Unidos naquela semana. Fui e me fez bem. Escapei da falta de rotina dos primeiros dias sem crachá. Escapei da pressão familiar e dos amigos, que querem te deixar bem a qualquer preço – e, sem querer acabam escarafunchando a ferida. 

Lá, bem longe de casa, desabei pela primeira vez. Chorei feito criança pequena, abandonada, no escuro. 

Não era medo. Nem necessidade. Não tinha urgência de arrumar outro emprego. Era a dor de perder algo que eu amava. Era a dor de ter sido rejeitada. Sofria porque, ao arrancarem meu crachá de 23 anos, arrancaram junto a minha pele. Estava em carne viva. Doía, latejava, ardia.

Por que eu? Por que não me quiseram mais? Por que me descartaram? Por que me despiram da minha identidade?

Hoje, oito meses depois, sei exatamente os motivos e entendo a escolha. Talvez fizesse o mesmo no lugar deles, apesar de continuar me achando uma boa profissional, comprometida, uma boa líder e uma boa gestora. Mas, como dizem por aí, quem vive de passado é museu. Declinei a vaga oferecida na ala dos dinossauros e fui, como dizem lá na Bahia, procurar a minha melhora.

No último dia 6 de abril, já de pele nova, entreguei o arquivo do meu livro Vida Sem Crachá para a Ediouro, que deve lançá-lo no segundo semestre. Nele conto como processei a saída da vida executiva e a perda de coisas como holerite, email e celular da firma. E principalmente, narro histórias inspiradoras de gente que, como eu, partiu para um plano B.

Tem comédia, tragédia e muitas ideias para começar de novo. Espero, sinceramente, ajudar os próximos da fila a enfrentar esse momento tão difícil e, ao mesmo tempo, tão disruptivo, tão revolucionário, tão transformador.

Desde dezembro, assumi minha pousada pé na areia, A Capela, com 14 apartamentos, no litoral Norte de Salvador, como meu plano A. O primeiro trimestre de 2015 foi sensacional. Crescemos 80% relação ao ano anterior graças ao aumento do número de apartamentos e uma taxa de ocupação espetacular. Foi o melhor verão da minha vida. Trabalhei, aprendi, me diverti e, sobretudo, conheci pessoas e ouvi histórias incríveis. Fui, dia a dia, experimentando o prazer de, pela primeira vez na vida, ser dona da minha força de trabalho e da minha agenda.

Decidi que não queria voltar a ter crachá e parei de procurar emprego. Me contratei para cuidar com quatro olhos da minha pousada. Me contratei para escrever o blog A Vida Sem Crachá, livros, crônicas, contos e poemas. Estou montando uma plataforma de comunicação para dar suporte ao livro. Espero desdobrá-lo em outros livros, cursos, workshops e consultoria. Estou cumprindo à risca o plano que escrevi naquela triste quarta-feira (13 de agosto não tem como não ser um dia agourento, né?). Estou feliz. E é isso que aproveito para lhe desejar aqui.


Claudia Giudice, 49, empresária, jornalista, mestre em Comunicação pela Universidade São Paulo, ex-executiva. Trabalhou por 23 anos na maior editora de revistas do país e teve seu nome impresso em todos os expedientes, com exceção, justamente, veja só, das revistas de negócios da casa. 

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Como sua empresa vai morrer em 10 anos – e como se proteger da cegueira seletiva



                  Grande cooperativas de táxi poderiam ter criado seu app antes
                        que eu o fizesse em 2011 – inclusive, ofereci a eles essa
                           possibilidade e recebi seguidos “não” como resposta

Você sabia que 89% das empresas listadas na Fortune 500 em 1955 não estavam na lista em 2014?

A idade média de um diferencial competitivo caiu de 30 anos em 1984, para míseros 5 anos em 2014. Eu sei que é assustador ler isso, mas a realidade é essa mesmo: existe uma boa chance da sua empresa não mais existir em 10 anos. 

Estamos na era do crescimento exponencial e o mercado respeita religiosamente a conclusão de Charles Darwin descrita em sua obra prima, A Origem das Espécies – aqueles que sobrevivem não são os mais fortes ou os mais rápidos, são os que detém maior capacidade de adaptação.

A cultura corporativista carrega como efeito colateral a cegueira seletiva. Alguns executivos preferem enxergar apenas aquilo que lhes convém – afinal, por que se preocupar com algo que, no mínimo, lhe trará um enorme problema para defender perante seus colegas?

Sim, estou falando daqueles projetos disruptivos que mudam completamente a forma como a empresa opera, muitas vezes, por décadas. Sabe aquele projeto que você engavetou pois preferiu não ter que enfrentar metade do time executivo para aprová-lo? Ou pior, você tentou aprová-lo mas foi vigorosamente vetado (afinal, a empresa já funciona daquela forma há anos e os negócios vão bem, não há necessidade de correr o risco da mudança).

Se você é um funcionário/líder exemplar, provavelmente se identificou com o parágrafo acima. Deixa eu te contar um segredo: o único risco que uma companhia corre nos tempos atuais é o de NÃO MUDAR!

Para sair do clichê de citar exemplos norte-americanos, vou falar do Brasil mesmo.
  • Grandes redes de pizzaria locais poderiam ter antevisto o fenômeno da adoção mobile, por exemplo – a Sala Vip ou a Parmê poderiam ter criado seu app de entrega de pizza, antes que o IFood o fizesse.
  • Grande cooperativas de táxi poderiam ter criado seu app antes que eu o fizesse em 2011 – inclusive, ofereci a eles essa possibilidade e recebi seguidos “não”como resposta.
  • A NET poderia ter criado seu serviço de streaming antes do Netflix, mas só agora pouco resolveram soltar o Now – que, de vez em quando, funciona bem.
Sabe por que nenhum destes exemplos acima se anteciparam ao que estava por vir? Por causa da cegueira seletiva.

Meu avô costumava dizer que "ideia vale 10 centavos a bacia"; eu não poderia concordar mais. Com certeza alguns executivos/funcionários tiveram a ideia de fazer algo disruptivo em seus negócios, mas a cegueira coletiva impetrada no ambiente corporativo podou estes pontos fora da curva – e provavelmente estas companhia serão penalizadas severamente por cometer este erro.

Hoje em dia, temos 2 bilhões de aparelhos conectados à internet; dentro de 35 anos este número será de 1 trilhão. Existe um mundo de oportunidades a serem aproveitadas e sua companhia tem duas opções: um, se vacinar contra a cegueira coletiva; ou dois, ser atropelada pelos novos entrantes, as famosas startups que estão ávidas por disruptar novos mercado com um time extremamente enxuto e um propósito transformador debaixo dos braços.

Como eliminar a cegueira coletiva no ambiente corporativo? Bom, isso seria espaço para mais 10 artigos, no entanto, vou listar 3 pontos práticos a serem adotados para evitar que sua empresa seja atropelada nos próximos anos. 
  • (I) Fazer um hackaton por semestre: Hackatons são maratonas de desenvolvimento, geralmente adotadas para desenvolvimento de software, mas que podem facilmente serem adaptadas para processos, produtos, etc… Recomendo que aconteçam dois hackatons por ano na sua empresa e que cada projeto vencedor seja executado religiosamente; sem dúvida será o melhor investimento em R&D que sua empresa fará. Muitas empresas erram feio ao fazer Hackatons e não executar os projetos vencedores. Ao fazer isso, além de desperdiçar tempo e dinheiro no evento, você frustra seu time e poda a inovação na raiz.
  • (II) Democratize a opinião: Não faz sentido contratar pessoas inteligentes e bem formadas para que a palavra final seja de um diretor/gerente. É importante adotar a cultura da argumentação; se o estagiário tem um ponto, deixe que ele explique este ponto. Caso o gestor não concorde, ele tem o dever de contra-argumentar para provar o motivo de o ponto apresentado não ser viável. Adotando essa cultura, você irá incentivar seus funcionários/colegas a contribuirem para a companhia e vai também começar a construir o sentimento mais importante na vida de uma empresa: o "sentimento de dono”.
  • (III) Sente um dia por mês no call center: Todo gestor, do CEO ao gerente, deveria obrigatoriamente sentar pelo menos 1 dia por mês no call center. É no call center que você encontrará as respostas para o próximo grande lançamento da sua empresa, ou a adaptação no seu produto que lhe fará ganhar market share (e não na sua planilha de Excel!).
O dever do CEO, é construir uma companhia que irá destruir a sua, em alguns anos. Lembre-se, a verdade é perecível e atualmente, sua validade é como um cubo de gelo no deserto.



CEO & Founder na SINGU