quarta-feira, 27 de abril de 2016

10 mandamentos para conseguir ou manter um emprego em meio a crise


Vamos Aprender? Neste Artigo eu te ensino algumas dicas de como se preparar, quais comportamentos deve ter para conseguir um emprego em meio a Crise, ou ainda manter o seu emprego atual!!!

Estamos vivendo a famosa “Crise”, e poucas coisas podem assustar mais do que ser demitido ou bater de porta em porta procurando uma oportunidade e não encontrar. Ainda mais se você tem despesas familiares como aluguel, alimentação, filhos, e não possui outra fonte de renda.

 Então, o que você deve fazer?

Nesta hora, é normal que o desespero venha, e bate também aquele pânico... Principalmente se você já estava trabalhando e sentia que seu cargo tinha estabilidade. É exatamente neste momento que devemos manter a calma, eliminar os pensamentos negativos, impedir que os sentimentos ruins venham e te atrapalhe ver as oportunidades.

 E para te ajudar, preparei uma lista com 10 mandamentos para ter mais tranquilidade, positividade e buscar uma recolocação profissional ou se manter no emprego atual.

1º Mandamento: Seja Claro, exponha a situação; 

Se você tem sua própria família, ou se auxilia nas despesas de casa, tenha uma comunicação clara e direta com todos. A situação mudou, e as atitudes também devem mudar.  Os hábitos de consumo não devem permanecer os mesmos.  Com essa atitude, além de compartilhar os sentimentos com as pessoas que ama, mesmo que sentimentos um pouco negativos, sua família vai criar uma empatia com você pela situação, e assim te apoiará.

 2º Mandamento: Corte o que não é realmente necessário;

 Vamos falar a verdade? Nós seres humanos adoramos consumir. Compramos mais do que precisamos para sermos felizes. Uma grande parte de nossos bens, duráveis ou não, está ligado ao alinhamento social, ou seja, ao grupo que queremos pertencer ou nos igualar e não propriamente a uma necessidade ou vontade. É hora de reprogramar a vida, em sua relação de consumo, isso te auxiliará com o corte de despesas, fatalmente terá maior descanso na tomada de decisões que podem ser fundamentais nesta época de realinhamento. Pense nisso!

 3º Mandamento: Faça as Contas;

 Hora de enxugar as contas: faça um levantamento de todas as suas despesas fixas, e estime as variáveis. Se você está enrolado com o cartão de credito, procure seu gerente e verifique como pode resolver esta situação. Estude o que é mais adequado, cada situação pede uma ação, pois cada caso é um caso. E se eu puder te dar um conselho, não faça mais isso, ignorar o cartão de credito pendurado, é colocar uma corda no pescoço, então, é hora de avaliar e aprender com os erros, busque solução e resolva!

 4º Mandamento: Mantenha-se sempre Atualizado;

 Seja sincero consigo mesmo: Você sabe o real motivo que foi desligado em seu ultimo emprego? Muitas empresas tem uma imensa dificuldade em dar feedback, e normalmente justificam como ‘cortes de despesas’.

 Mas na verdade, outros aspectos (normalmente os comportamentais) podem estar por trás do seu desligamento. Se você tiver maturidade para receber críticas, procure saber o que acham de você, e onde você estava falhando. Seus amigos podem ser úteis e mais carinhosos (às vezes ajuda muito). E como ninguém é perfeito, estamos sempre aprendendo, e saber o que precisamos melhorar, buscando crescimento, pode ser um divisor de águas na sua vida pessoal e profissional.

 5º Mandamento: Seja produtivo;

 Tire alguns dias para oxigenar a cabeça, se tiver condições financeiras, viaje, isso vai ajudar na produtividade. Porém, atente-se para o tempo ocioso e seja o mais produtivo possível: em casa, com a família, amigos, na rede de relacionamentos, estudos, cursos. Aproveite o momento para refazer o planejamento da sua carreira, pesquisar oportunidades na internet, tirar os sonhos da gaveta! Faça seu plano de ação!

 6º Mandamento: Muito Cuidado com sua linguagem, aparência e redes sociais;

 Se te perguntarem o que tem feito, o que responde: “Estou desempregado!”. Vamos tentar diferente? Quando isso acontecer, diga: “Estou em busca de uma oportunidade”, ou então: “Procuro por uma recolocação no mercado de trabalho”, Percebe a diferença?

Tem gente que esquece ou desconhece o poder das redes sociais… Reveja seus perfis, atualize suas informações, elimine fotos com bebidas, festanças, roupas de banho, etc. Exclua qualquer tipo de compartilhamento que possa criar divergências culturais, políticas, sexuais, religiosas etc.

Lembre-se que hoje em dia, os recrutadores estão de olho nestas informações, e se você for incoerente com a imagem que passa em seu curriculum… Ele dificilmente irá sequer, para o banco de dados.

Seu curriculum deve ser coerente com sua experiência e objetivos. Assim você evita chamados para vagas que não tem a ver com seu perfil financeiro e profissional (e isso pode te desmotivar muito).
Não se esqueça da linguagem e da estética (aparência), afinal não há uma segunda chance de causar uma excelente primeira impressão!

 7º Mandamento: Use a informação a seu favor;

Existem muitos cursos e palestras gratuitas, nas universidades, órgãos como o SEBRAE, SENAC, etc. Não subestime o poder do conhecimento. Mesmo que o tema não te chame atenção, se tiver a ver com alguma competência profissional participe. Lembre-se que você está ocioso, conhecimento é uma bagagem leve… Não ocupa espaço... Não pesa nada! Além do mais são excelentes momentos para fazer networking.

 Aproveite também para colocar a leitura em dia. Se não tiver dinheiro para comprar livros, isto não é desculpa! As bibliotecas das faculdades geralmente são abertas ao público, e a internet está cheia de livros em pdf e muitos cursos gratuitos. Você andava reclamando que não tinha tempo para se atualizar, organize sua rotina e bons estudos!

 8º Mandamento: Seja um agente de novas oportunidades;

Existem diversos sites, empresas de RH, grupos de empregos no Facebook, tudo acessível ao seu computador e celular e o melhor, gratuito. Os amigos também podem ser muito úteis com indicações. Aproveite para marcar todos os cafés que está devendo, e crie as oportunidades que precisa para que a sua recolocação aconteça.

9º Mandamento: Positividade só atrai coisa boa, Seja Positivo!

Manter a mente positiva é essencial para atrair e buscar oportunidades. Você precisa estar positivo, para passar uma excelente impressão para as pessoas! Não deixe o ócio ou o tédio intervirem nesta sua fase… Seja produtivo, lembra? Isso te ajudará a se manter positivo, pode acreditar!

10º Mandamento: Quem não é visto, não é Lembrado, Apresente-se!

O seu currículo é a primeira etapa de sua avaliação, mantenha-o sempre atualizado! Apresente-se para a empresa, sites ou onde quer que busque uma recolocação, como uma pessoa centrada que sabe o que quer, porém, esteja aberto a propostas, seja flexível, durante a crise, a oferta de empregos também diminui, então, demonstre interesse na empresa onde for se candidatar e busque outros ramos. A decisão do recrutador ou do gestor que for fazer a contratação, é TOTALMENTE influenciada por seu comportamento na entrevista, dê destaques de todas as suas habilidades profissionais, mas reconheça que sempre há o que aprender!

Lembre-se também que se manter positivo, produtivo e atualizado, ajuda também a manter seu emprego ou seus negócios no eixo.

Agora, se você tem o espírito empreendedor, e sonha em trabalhar para si mesmo, eu diria: Porque não agora? Mas este assunto fica para um próximo artigo!


Por Taty Figueiredo 

terça-feira, 19 de abril de 2016

Você Conhece A Parábola Da Demissão Da Formiga Desmotivada?




"Todos os dias, uma formiga chegava cedinho ao escritório e pegava duro no trabalho. A formiga era produtiva e feliz.

O gerente marimbondo estranhou a formiga trabalhar sem supervisão. Se ela era produtiva sem supervisão, seria ainda mais se fosse supervisionada. E colocou uma barata, que preparava belíssimos relatórios e tinha muita experiência, como supervisora.

A primeira preocupação da barata foi a de padronizar o horário de entrada e saída da formiga.

Logo, a barata precisou de uma secretária para ajudar a preparar os relatórios e contratou também uma aranha para organizar os arquivos e controlar as ligações telefônicas.

O marimbondo ficou encantado com os relatórios da barata e pediu também gráficos com indicadores e análise das tendências que eram mostradas em reuniões.

A barata, então, contratou uma mosca, e comprou um computador com impressora colorida.

Logo, a formiga produtiva e feliz, começou a se lamentar de toda aquela movimentação de papéis e reuniões!

O marimbondo concluiu que era o momento de criar a função de gestor para a área onde a formiga produtiva e feliz, trabalhava. O cargo foi dado a uma cigarra, que mandou colocar carpete no seu escritório e comprar uma cadeira especial...

A nova gestora cigarra logo precisou de um computador e de uma assistente a pulga (sua assistente na empresa anterior) para ajudá-la a preparar um plano estratégico de melhorias e um controle do orçamento para a área onde trabalhava a formiga, que já não cantarolava mais e cada dia se tornava mais chateada.

A cigarra, então, convenceu o gerente marimbondo, que era preciso fazer uma pesquisa de clima. Mas, o marimbondo, ao rever as finanças, se deu conta de que a unidade na qual a formiga trabalhava já não rendia como antes e contratou a coruja, uma prestigiada consultora, muito famosa, para que fizesse um diagnóstico da situação.

A coruja permaneceu três meses nos escritórios e emitiu um volumoso relatório, com vários volumes que concluía: Há muita gente nesta empresa!

E adivinha quem o marimbondo mandou demitir? 

A formiga, claro, porque ela andava muito desmotivada e aborrecida." 



Autor Desconhecido

quinta-feira, 14 de abril de 2016


Conheça 5 empreendedores de sucesso para se inspirar

Alguns casos ajudam a formular uma visão estratégica do negócio para se destacar da concorrência

Quando achamos que já vimos de tudo, aparece algo surpreendente capaz de nos cativar. Nos perguntamos: como ninguém teve essa ideia antes?

Essa é a chave para o empreendedorismo – ser o primeiro a pensar em algo transformador.
Inovação é o segredo para se dar bem lançando seu próprio produto ou serviço no mercado.

Só conhecendo profundamente o ramo em que deseja atuar, você poderá traçar um plano de ação. Identificar nichos promissores e aproveitar as tecnologias digitais estão entre as competências que podem te ajudar a pensar fora da caixa.



Lojas de roupa, hamburguerias e escolas de música existem já faz tempo. Porém, alguns profissionais foram além e conseguiram empreender mesmo em segmentos que parecem saturados.

Confira abaixo, a história de como surgiram as ideias de 5 empreendedores de sucesso que podem te motivar a abrir a própria empresa:

1- Caixa Filosofal, por Juarez Zaleski

“Para viver uma vida criativa, você precisa perder o medo de errar”. A frase de Joseph Chilton Pearce foi o que inspirou o publicitário Juarez Zaleski a empreender, e de quebra deu a ideia da atividade. A Caixa Filosofal, e-commerce de quadros e pôsteres com frases motivacionais, se destaca no mercado pelo serviço personalizado. Você pode encomendar qualquer frase, escolher a fonte, a cor do fundo, tamanho e formato do quadro.

2- Bike Burguer, por Danilo Tanaka

O fotógrafo Danilo Tanaka aproveitou a febre dos food trucks. O modelo de negócio explora a gastronomia de rua em veículos móveis – geralmente, vans e kombis. Mas o principal meio de transporte do fotógrafo era sua bicicleta. Então, por que não criar um food bike? Foi assim que começou a Bike Burguer, uma hamburgueria sobre uma bicicleta adaptada.

3- Mais que Música, por Heitor de Castro

O professor abriu uma escola para ganhar a vida ensinando uma de suas grandes paixões: a música. Mas foi depois de migrar para o meio digital que a fama pegou. Heitor começou a dar aulas de violão através de seu canal no Youtube. O método de ensino agradou tanto que, atualmente, sua escola também disponibiliza cursos desse e de outros instrumentos 
musicais totalmente online.

4- Buscapé, por Romero Rodrigues Filho

Romero tinha apenas 21 anos quando criou o Buscapé, um site de comparação de preços que auxilia o consumidor a decidir qual produto escolher e em que loja virtual efetuar a compra. A ideia surgiu quando um amigo precisava adquirir uma impressora e enfrentou dificuldades para pesquisar modelos e preços na web. Romero e mais dois amigos o ajudaram a elaborar o projeto, que já tem 17 anos no mercado.

5- Camiseteria, por Fábio Seixas e Rodrigo David

Quando o designer Rodrigo David participou de um concurso de estampas de camisetas no exterior, percebeu a ausência desse modelo de negócios no Brasil. Ele e o amigo, Fábio Seixas, criaram a Camiseteria. Mais que uma loja de camisetas, a escolha das estampas faz parte de um concurso, onde os artistas enviam ao site seus desenhos. Se a arte for aprovada pelo público e por critérios técnicos, ela é impressa em camisetas que são comercializadas. Além de ter o desenho reconhecido, o desenhista recebe uma parte do lucro.


por Fláva Firmino

sexta-feira, 8 de abril de 2016



                  Como a Kodak fracassou



     A resistência à era digital minou o caminho da empresa dentro de um segmento que ela mesma inventou


Há poucos erros corporativos tão impressionantemente e estúpidos como as oportunidades perdidas pela Kodak com a fotografia digital, uma tecnologia que ela inventou. Essa falha estratégica foi a causa direta das suas décadas de declínio, com a fotografia digital destruindo seu modelo de negócios baseado no uso de filmes.

Um novo livro do meu colega Vince Barabba, um ex-executivo da Kodak, dá uma visão sobre as escolhas que colocaram a Kodak na sua trajetória até a falência. O livro de Barabba, The Decision Loom: A Design for Interactive Decision-Making in Organizations  (“O Tear da Decisão: Uma proposta para a tomada interativa de decisões em organizações”, em tradução livre), também oferece sábios conselhos sobre como outras organizações envolvidas com tecnologias disruptivas podem evitar seus próprios “momentos Kodak”.

Steve Sasson, o engenheiro da Kodak que inventou a primeira câmera digital em 1975, descreveu desta maneira a resposta inicial da corporação à sua invenção:

"Como era uma fotografia sem filme, então a reação da diretoria foi: “Isso é                           bonito, mas não comente com ninguém.”

A incompetência da diretoria da Kodak em perceber a fotografia digital como uma tecnologia disruptiva, mesmo com seus pesquisadores ampliando os limites dessa tecnologia, continuaria por décadas. Foi tão longe que, num vídeo de 2007, o marketing da empresa sentiu a necessidade de alardear que “A Kodak voltou” e que não mais trataria o digital como brincadeira.




Para entender como a empresa pôde ficar em negação por tanto tempo, deixe-me voltar para 1981 e contar uma história que Vince Barabba narra, de quando ele era chefe da inteligência de mercado da Kodak. Na época em que a Sony lançou a primeira câmera eletrônica, uma das maiores empresas varejistas de revelação de filmes da Kodak perguntou-lhe se deveriam se preocupar com a fotografia digital. Com o apoio do então CEO, Barabba realizou um grande esforço de pesquisa que analisou e comparou as principais tecnologias e as prováveis curvas de adoção em torno do filme versus a fotografia digital.

Os resultados do estudo produziram tanto “más” como “boas” notícias. A má era que a fotografia digital tinha o potencial para substituir o negócio da Kodak baseado em filme. A boa era que isso levaria algum tempo e a Kodak tinha cerca de dez anos para se preparar para a transição.

As projeções do estudo se baseavam em inúmeros fatores, como: o custo do equipamento da fotografia digital, a qualidade das imagens e das impressões e a interoperabilidade de vários componentes, como câmeras, telas e impressoras. Tudo apontava para a conclusão de que a adoção da fotografia digital seria mínima e não seria uma ameaça por um tempo. A história provou que as conclusões do estudo foram notavelmente precisas, tanto no curto como no longo prazo.

O problema foi que, ao longo dessa janela de dez anos de oportunidade, a Kodak fez pouco para se preparar para a disrupção. Na real, a Kodak cometeu exatamente o mesmo erro que George Eastman, seu fundador, tinha evitado duas vezes antes, quando desistiu de um negócio rentável usando o processo da prata coloidal e passou a usar filmes, e quando investiu nos filmes coloridos mesmo esses sendo comprovadamente inferiores aos preto e branco, no que a Kodak dominava.

Barabba saiu da Kodak em 1985, mas se manteve próximo da alta diretoria. Assim pôde assistir de perto à opção que a Kodak fez de usar o digital para melhorar a qualidade do filme, em lugar de se preparar para o momento no qual a fotografia digital substituiria a de filmes (como o fundador Eastman fizera antes com tecnologias disruptivas).

Essa estratégia continuou, apesar de, em 1986, o laboratório de pesquisa da Kodak ter desenvolvido a primeira câmera megapixel, um dos marcos previsto no estudo de Barabba como um ponto de virada na viabilidade da fotografia totalmente digital.

A escolha de usar o digital como um suporte para a indústria de filmes culminou em 1996 com o sistema Advantix Preview, de filme e câmera digital, com o qual a Kodak gastou mais de US$ 500 milhões para desenvolver e lançar. Um dos principais recursos do sistema Advantix era permitir que os usuários visualizassem a foto previamente numa tela e pudessem indicar quantas cópias iam querer.

O Advantix Preview podia fazer isso porque era uma câmera digital. No entanto, ainda usava filme e enfatizava a impressão, já que a Kodak estava no mercado de filmes fotográficos, química e papel. O Advantix fracassou. Por que comprar uma câmera digital e ainda pagar para revelar fotos? A Kodak desperdiçou praticamente todo esse custo de desenvolvimento.

Como Paul Carroll e eu descrevemos no livro Billion-Dollar Lessons: What You Can Learn From The Most Inexcusable Business Failures of the Last 25 Years (“Lições de Bilhões de Dólares: O que aprender com os mais imperdoáveis fracassos de negócios nos últimos 25 anos”, em tradução livre), a Kodak também sofreu de várias outras feridas autoinfligidas e significantes nesses anos cruciais:

Em 1988, a Kodak comprou a Sterling Drug por US$ 5,1 bilhões, quando decidiu que, na realidade, era uma empresa de química cuja parte dos negócios era uma companhia de fotografia. Rapidamente ela percebeu que o papel fotográfico tratado quimicamente não era na verdade a mesma coisa que agentes hormonais e drogas cardiovasculares, e vendeu a Sterling em pedaços, por cerca da metade do preço que pagou.

Em 1989, o conselho diretor da Kodak teve a chance de fazer uma mudança de curso, quando o então CEO, Colby Chandler, se aposentou. A escolha do novo CEO apontava para Phil Samper ou Kay R. Whitmore. Whitmore representava o negócio tradicional de filmes, o qual ajudara a crescer por três décadas. Samper tinha um profundo apreço por tecnologia digital. O conselho escolheu Whitmore. Como o New York Times relatou na época:


               "O senhor Whitmore disse que ia assegurar que a Kodak mantivesse seus                                 negócios principais em filmes e produtos químicos para fotografia." 


Samper pediu demissão e demonstraria sua compreensão do mundo digital nos cargos de presidente da Sun Microsystems e, depois, como CEO da Cray Research. Whitmore durou pouco mais do que três anos antes de o conselho demiti-lo em 1993.

Por mais de dez anos, uma série de novos CEO’s da Kodak lamentaria o fracasso de seu antecessor em transformar a empresa em digital, declararia sua própria intenção de levar a cabo o serviço e também falharia nessa empreitada. George Fisher, que foi atraído da sua posição de CEO da Motorola para suceder Whitmore em 1993, descreveu a questão principal quando disse ao New York Times que a Kodak “considerou a fotografia digital como um inimigo, um rolo compressor que poderia matar seu negócio de filmes e papel baseado em química e que alimentou as vendas e lucros da Kodak por décadas”.

Fisher acompanhou o fracasso do Advantix e foi embora em 1999. Como o vídeo de 2007 reconhece, a história não mudou por mais uma década. Em 2012 a empresa entrou em concordata, saiu da bolsa de valores, vendeu ativos e se reorganizou como um negócio de licenciamento de tecnologias patenteadas. Suas perspectivas foram reduzidas a processos contra a Apple e outras empresas por violação de patentes que ela nunca foi capaz de transformar em produtos vencedores.

Encarar os dilemas das tomadas de decisões estratégicas — como os enfrentados pela Kodak — é uma das questões primordiais abordadas no livro de Vince Barabba. A diretoria da Kodak não só presidia a criação dos avanços tecnológicos como também foi apresentada a uma avaliação precisa do mercado sobre os riscos e as oportunidades desse potencial. No entanto, falharam em fazer as escolhas estratégicas corretas.

Essa não é uma questão acadêmica para Vince Barabba, mas sim o apogeu do trabalho de sua vida. Ele passou grande parte de sua carreira entregando inteligência de mercado para conselhos diretores. Além de suas experiências na Kodak, sua carreira inclui a direção por duas vezes do U.S. Census Bureau (Birô Censitário Americano, em tradução livre), chefe de pesquisa de mercado na Xerox, diretor de estratégia da General Motors (durante alguns dos recentes melhores anos da empresa) e entrou para o hall da fama da pesquisa de mercado.

The Decision Loom explora como garantir que a gestão use apropriadamente a inteligência de mercado. O livro contém a receita de Barabba para que a direção sênior consiga transformar todos os dados, informação e conhecimento que os pesquisadores de mercado lhe entregam em sabedoria para tomar as decisões corretas. É algo que vale a pena considerar.

Barabba argumenta que quatro capacidades inter-relacionadas são necessárias para permitir uma tomada de decisão eficaz para toda empresa — nenhuma delas particularmente presente nas decisões importantes que a Kodak tomou:

1. Ter uma mentalidade empresarial aberta a mudanças

A menos que os executivos do topo sejam suficientemente abertos e dispostos a considerar todas as opções, o processo de decisão pode rapidamente ficar distorcido. Ao contrário de seu fundador, George Eastman, que por duas vezes adotou tecnologias disruptivas na fotografia, a direção da Kodak nos anos 80 e 90 não estava disposta a considerar o digital como um substituto para o filme. Isso os constrangeu a um caminho fundamentalmente errado.

2. Pensar e agir holisticamente

Separar as coisas para, em seguida, otimizar diferentes funções geralmente reduz a eficácia do conjunto. No caso da Kodak, a direção fez um trabalho razoável para entender como as partes da empresa (incluindo seus parceiros nos filmes) interagiam com os fluxos da tecnologia existente. Entretanto, havia pouco apreço pelos esforços realizados nos laboratórios de pesquisa da Kodak com tecnologia digital.

3. Ser capaz de adaptar o plano da empresa a novas condições

Barabba propõe três projetos diferentes de negócio que devem caminhar ao longo de um fluxo mecânico, mas orgânico e contínuo: fazer-e-vender, perceber-e-reagir e antecipar-e-liderar. O projeto correto depende da previsibilidade do mercado. A indisposição da Kodak para mudar sua grande e muito eficiente capacidade de fazer-e-vender filmes diante do surgimento das tecnologias digitais a fez perder a chance de adotar o projeto de antecipar-e-liderar, o que poderia ter garantido uma posição de liderança em imagens digitais.

4. Tomar decisões de forma interativa usando métodos variados

Isso se refere à capacidade de incorporar uma gama de ferramentas sofisticadas de decisão ao abordar complexos problemas de negócios. A Kodak teve todo o suporte necessário em seu processo de decisão, mas não conseguiu usar a informação com eficácia.
Enquanto The Decision Loom segue um longo caminho para explicar a reação lenta da Kodak para a fotografia digital, seu real valor é ser um indicativo para os gestores que hoje lidam com mudanças cada vez mais disruptivas. Como são poucos os mercados que não passam por disrupções, é um livro valioso para qualquer gestor (ou aspirante) ler.


Chunka Mui é coautor do livro

Publicado originalmente na Forbes.com. Traduzido e publicado com a permissão do autor.