quarta-feira, 27 de janeiro de 2016


O que você precisa saber para ganhar muito dinheiro em um negócio




Para ter sucesso como empreendedor é necessário muito mais do que escolher um bom negócio ou um ideal ponto de vendas. Muitos outros aspectos são essenciais para o desenvolvimento de uma empresa que consiga sempre trazer bons resultados.

Um destes aspectos é a contratação de bons profissionais e a formação de uma equipe que possa ser produtiva e que esteja disposta a alcançar as metas estipuladas. Criatividade e a capacidade de apresentar soluções também são essenciais em uma equipe.

Outro aspecto é o desenvolvimento de estratégias eficientes de marketing. É importante estudar o público e os potenciais consumidores, além de fidelizar os que já existem. As ações de marketing devem ser eficientes e realizadas com constância. Quando feita com a melhor precisão possível o aumento nas vendas pode ser exponencial.

Oferecer produtos e serviços de boa qualidade pode atrair automaticamente clientes através do buzz marketing. É dessa forma que uma marca se torna conceituada em seu segmento e alcança a preferência dos seus clientes.

Outra coisa que você precisa saber para ganhar muito dinheiro com o próprio negócio é entender que inovação precisa ser feita com mais frequência do que imaginamos. Isso pode incluir um novo produto ou a adaptação de um serviço para atender melhor os clientes. A inovação pode estar na excelência no atendimento, na promoção de produtos com pequena margem de lucro mas de grande saída e expansão do empreendimento.

Unir todos estes aspectos de maneira correta e eficiente, muito provavelmente fará o seu negócio ser muito bem sucedido.

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Tomar um pé na bunda foi a melhor coisa que poderia ter acontecido na minha vida



Ano acabando, muita gente revendo tudo, inclusive a carreira.Pessoas que trabalham no que gostam, outras nem tão apaixonadas assim. Mas hoje eu queria falar com quem levou um pé na bunda.
E um pé na bunda de uma empresa dói. Eu já passei por isso.
Quem circula por aqui provavelmente faz network, procura recolocação, mas será que essas pessoas se conhecem de verdade antes de buscar uma outra coisa pra fazer?
Digo isso porque quando fui demitida de uma empresa eu estava num cargo executivo. Era diretora comercial, bem sucedida. Tinha uma série de benefícios, além do excelente salário.
E aí, do dia pra noite, tudo acabou.
Sem crachá era como se eu tivesse perdido a minha identidade. 
Fiquei num limbo, as pessoas não atendiam meus telefonemas, não recebiam meu currículo. Só quem já passou por isso sabe a situação de merda que é ser mandado embora.
Esse ano tivemos um número assustador de pessoas que foram ‘desligadas’ de suas empresas. E para essas pessoas eu digo: pra tudo tem um jeito.
Tentei me recolocar no mercado. Não deu. Tentei empreender. Não deu.
Fiquei naquela situação que a gente bem conhece, de desespero, por um bom tempo. Até que parei prapensar: o que eu sabia fazer? Quais eram meus talentos?
Eu tinha dirigido algumas revistas femininas, então conhecia o público. Era jornalista, sabia fazer conteúdo e vendê-lo comercialmente. Juntei tudo isso num pacote e bati na porta de uma emissora. 
Eles aceitaram. Não tinham nada a perder. Nem eu.
Agarrada à única oportunidade que eu tinha, com remuneração só pra gasolina e gastos básicos, me virei como pude e comecei a pegar gosto pelo que estava fazendo. O resultado daquela experiência seria proporcional ao meu esforço. E deu certo.
Note E Anote se tornou um programa de aproximadas oito horas diárias. Eu fazia conteúdo, roteiro, vendia merchan. E aplicava tudo que eu sabia numa coisa nova.
Então, voltando ao pé na bunda: eu diria que nada poderia ter acontecido de melhor na minha vida.
E se você estiver nesse momento, dá uma olhada ao redor e veja se esse pé não é o impulso que te faltava para te jogar pra frente. De repente, saindo da zona de conforto, você dá um grande passo. E começa a fazer o que tem a sua cara de verdade.
Mas primeiro precisa se conhecer. E não ter medo, nem vergonha de arriscar.
by Ana Maria Braga, apresentadora Tv Globo

sábado, 23 de janeiro de 2016


Fonte: Shutterstock


É provável que, quando você leu a notícia das perguntas mais frequentes em entrevistas de emprego, em ao menos uma, você não tenha se sentido seguro para oferecer uma boa resposta. Não há problema, as questões são complicadas e um tanto capiciosas. Confira as respostas mais apropriadas ao que é mais perguntado em entrevistas de emprego e garanta a sua contratação:


1. Você se considera a melhor pessoa para esse trabalho? Por quê?A melhor maneira de responder é oferecendo exemplos concretos das suas conquistas e habilidades. Compare as exigências da vaga com o seu perfil para que o recrutador veja que você é o mais indicado para a vaga.
2. Você é bom demais para esse trabalho?
Você pode responder mais ou menos assim: "bom demais? Alguns diriam que eu não sou bom demais, mas tenho todas as habilidades necessárias para este trabalho. E, mesmo que eu fosse bom demais, tem algum problema de contratar quem trabalhar melhor do que o esperado?"
3. Descreva uma experiência difícil no seu trabalho e como você lidou com ela.
Dê exemplos concretos do que já aconteceu no seu trabalho, depois discuta como você resolveu o problema. Seja positivo, o problema tem que acabar bem.
4. Descreva-se.
O recrutador não quer uma resposta de 10 minutos. Ofereça frases que te destaquem entre os outros candidatos e que abram espaço para outras discussões.
5. Descreva o melhor e o pior chefe.
Diga que você aprendeu algo, não importa com qual chefe você teve. Você pode, inclusive, afirmar que, com os bons chefes, você aprendeu o que fazer e, com os ruins, o que não fazer.
6. Fale sobre seus objetivos profissionais.
Com essa pergunta, o recrutador quer saber sobre as duas decisões. Quer saber se você não entrou no seu campo por acaso e está ali também por acaso. Alguém que saiba tomar bem decisões será um ótimo chefe.
7. Fale sobre seu estilo de trabalho.
Não adianta só falar que vocêé rápido. Os recrutadores não procuram isso. É melhor dizer que você é eficiente, organizado, focado e, devido a isso, você termina as suas atividades mais rapidamente.
8. Você prefere trabalhar sozinho ou em equipe?
Responda que está apto e se sente bem de realizar os dois tipos. Ofereça situações que sustentem sua afirmação.
9. Você leva trabalho para casa?
"Quando necessário, sem problema. Eu entendo a importância trabalhos que precisam ser realizados até tal dia impreterivelmente."
10. Dê alguns exemplos de trabalho em grupo.
O recrutador quer saber como você trabalharia com a equipe do lugar no qual você está prestes a integrar. Dê exemplos válidos de trabalho em grupo, nem que tenha que ser da faculdade.
11. Você já teve dificuldade para trabalhar com algum gestor?
Esta pergunta é complicada e deve ser respondida com atenção. Nunca diga que vocês não se davam por motivos banais e, sim, porque vocês tinham opiniões e expectativas diferentes. Um bom modo de resolver isso é sentar e conversar. Mas não exagere na crítica ao seu antigo chefe.
12. Você já ficou bravo no trabalho? O que houve?
"Bravo para mim é perda de controle, algo que nunca acontece comigo. Quando estou estressado, paro, respiro fundo e começo a pensar em como vou resolver o problema."
13. Como você lida com a pressão?
Uma boa forma de responder é: "eu lido com situações, não com pressão ou estresse. Desta forma, eu batalho e resolvo o problema, não o estresse."
14. Como você mede sucesso?
"Eu avalio sucesso de várias formas. No trabalho, é cumprir as metas que me foram passadas e quando a empresa inteira cumpre seu objetivo. Também acho que uma boa empresa é aquela que, não somente gratifica o sucesso, mas que oferece oportunidades de crescimento pessoal e profissiona."
15. Por quanto tempo você espera trabalhar aqui?
Responda que até quando você tiver a oportunidade de continuar ou até quando seus serviços forem necessários.
16. Quais são suas aspirações de salário?
Primeiramente, pesquise qual é a média de salário para a sua profissão, para o que você fará na empresa e balanceando o seu valor. Uma vez feito isso, você tem várias opções. Citar o salário base da sua ocupação e espera uma proposta, daí você pode dizer que vai pensar ou, simplesmente, não. A resposta negativa pode oferecer um salário mais alto, porém é mais arriscada. Aja de acordo com as suas necessidades.
17. Descreva o seu ritmo de trabalho.
Novamente, não adianta dizer que você é rápido. Responda que você trabalha num ritmo equilibrado e mediano, mas que sempre termina os afazeres antes do que foi combinado.
18. Como você se descreveria?
Neste caso, as variáveis são você mesmo, a companhia para a qual você trabalhará e a posição à qual você está se candidatando. Considere tudo isso e ofereça seus pontos fortes em poucas frases.
19. O que você faria se seu chefe estivesse errado?
Diga que depende da situação e da personalidade do chefe. Se possível, dê exemplos concretos.
20. Se eu perguntasse às pessoas que você conhece por que você deveria ser contratado, o que elas diriam?
"Seguramente, eles justificariam minha contratação pelo fato de eu ter as qualidades necessárias para este emprego e pela minha experiência neste ramo."
21. Qual o tipo de ambiente de trabalho no qual você prefere trabalhar?
Diga que você pode ser flexível e pergunte como é o ambiente de trabalho na empresa. Depois, responda qual você prefere usando as palavras chaves proferidas pelo recrutador.
22. Existe algo mais que você gostaria de saber sobre o trabalho e a companhia?
É a hora do recrutador escutar você. Faça perguntas pertinentes. Aqui estão alguns exemplos do que NÃO perguntar: "eu consegui o emprego?", "quando são minhas férias?", "eu posso mudar meu horário de trabalho?" e o pior "o que esta empresa faz?".
23. Conte por que você quer trabalhar aqui.
É importante que você tenha pesquisado antes sobre a empresa. Uma vez que você a conhece, compare o que ela e pode oferecer com as suas habilidades, objetivos e metas futuras.
24. O que você busca na sua próxima posição?
Você pode perguntar "qual é o caminho normal de alguém que trabalha na minha posição?" A partir desta resposta, a partir das palavras-chaves que o recrutador tenha mencionado.
25. Quais são as suas paixões?
Com esta pergunta, o entrevistador quer saber um pouco da sua vida. Não precisa necessariamente citar algo relacionado ao trabalho, mas certifique-se de que você não citou nada que possa atrapalhar seu futuro emprego.
26. Quais são suas metas para o futuro?
Relacione suas metas com a empresa e com a sua profissão. Ou seja, você gostaria de aprender e contribuir para uma empresa deste porte e crescer dentro da minha área.
27. Quais são seus requerimentos salariais?
Isso depende da situação na qual você se encontra na vida pessoal e na própria entrevista. Se você estiver precisando, não arrisque fazer muitos requerimentos. Em contraposição, se você sentir que a empresa quer muito você, renegocie seu salário.
28. O que você pode fazer para esta companhia?
Assumindo que você tenha pesquisado sobre a empresa, junte suas habilidades, metas, objetivos e competências com o que você conhece sobre a companhia e faça a sua resposta pessoal.
29. No que você pode contribuir para esta empresa?
Dê exemplos concretos das suas antigas contribuições com a sua antiga empresa e relacione-as com o que você pode oferecer no futuro.
30. Quais desafios você busca no próximo trabalho?
Responda que você procura desafios que façam você crescer e que você resolva com as habilidades que possui. Não esqueça de dizer que você se sente motivado por desafios, não assustado.
31. O que te agradava e o que você não gostava no seu último emprego?
Não exagere ao falar mal demais na sua antiga empresa, porque o recrutador pode achar que você pode fazer o mesmo no futuro. Considere falar sobre você e seu estilo para que o próprio entrevistador perceba que você se adaptará bem ao emprego no qual você está se candidatando.
32. O que você espera de um supervisor?
"Eu aprecio ambientes de trabalho nos quais os supervisores têm um contato mais próximo e pessoal com seus colegas, longe de favoritismo e conscientes das necessidades e facilidades de cada funcionário.
33. Quais são as decisões mais difíceis de tomar?
Esta pergunta é comportamental e, por isso, não há um certo ou errado para ela. Você será avaliado pela lógica com que as enumera e a forma como resolveu esses problemas.
34. O que você aprendeu a partir dos seus erros?
Neste caso, dê exemplos de algo que deu errado e que você você corrigiu depois.
35. O que te interessa neste trabalho?
A melhor forma de responder a esta questão é descrever a própria vaga. Se você está interessado mesmo na vaga, isso funcionará como saída.
36. Qual é sua maior força?
Descreva qualidades que te façam apto para preencher o perfil que a empresa procura.
37. Qual é sua maior fraqueza?
Ofereça exemplos de defeitos não tão ruins assim. Como urgência para terminar o mais rápido possível os projetos, ou necessidade de checar 3, 4 vezes uma tarefa.
38. Quais foram os maiores desafios pelos quais você passou?
Certifique-se de oferecer exemplos concretos de como você lidou uma situação complicada e particular.
39. Quais foram os maiores problemas que você encontrou nos antigos empregos?
Descreva algum problema, mas não seja exagerado demais. Não se esqueça de citar algo que, embora desafiador, foi resolvido.
40. Qual foi sua maior contribuição (e fracasso) na última posição em que se encontrava?
Se você trabalhava bem, não terá problema em falar sobre contribuição. Mas não esqueça de citar mais de uma, exemplos são sempre válidos.
41. O que foi mais (e menos) gratificante na sua última posição?
Novamente, dê exemplos concretos; mas, na hora de falar sobre o que era pouco gratificante, tire vantagem disso: explique como você foi paciente, persistente e inteligente para lidar com essas situações e ainda trabalhar com eficiência.
42. Suas experiências são relevantes para este trabalho?
Neste caso, seja específico na sua experiência. A melhor forma de responder é descrever suas antigas responsabilidades e conectá-las com o trabalho no qual está se candidatando.
43. O que você faria se não conseguisse mais ofertas de emprego?
É importante responder que você se comprometerá a essa empresa se conseguir o emprego e, se não achar mais nenhum, refletiria se estava no campo certo e, após a reflexão, decidiria o que fazer.
44. Por que você está deixando seu trabalho?
Se sua saída foi tumultuada, seja honesto e tente concentrar a conversa no futuro. Mas não fale mal do seu chefe, não justifique sua saída porque ele não era carismático ou algo assim.
45. Por que você quer este emprego?
"Esta empresa é o lugar onde minhas qualificações podem fazer a diferença. Por exemplo, na outra empresa..." e conte um caso onde você fez a diferença.
46. Por que você se demitiu?
Em geral, a melhor saída é explicar que você não tinha mais o que aprender e que as suas chances de crescimento eram mínimas e você queria ir adiante.
47. Por que você foi demitido?
Primeiramente, diga que suas competências não batiam com o lugar onde você trabalha e, em seguida, explique que é nesta empresa onde você poderá explorar melhor suas qualidades e interesses.
48. Por que você largou este emprego?
Esclareça que você enxergou esta empresa como lugar correto para crescer e dar o seu melhor, em vez da última na qual estava.
49. Por que deveríamos te contratar?
Dê exemplos concretos do que você fez e do que pode fazer. Na hora de explicar como será útil para a empresa, fale sobre seu conhecimento na área e da sua experiência no assunto.
50. O que você sabe sobre esta empresa?
Não seja pego desprevenido. Pesquise sobre a empresa antes e não reproduza fofocas sobre a companhia, como "ouvi dizer que ganham bem aqui", ou "ouvi dizer que se trabalhar até tarde aqui". Mesmo se essas fofocas forem verdade, se você está numa entrevista para trabalhar lá, é porque ou está de acordo com o que se comenta ou porque não acredita nos rumores. Dividir isso com o recrutador não será útil a você.



quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

O curriculum vitae morreu: o que funciona então?




Flavia Gamonar, Prof. Mestra em mídia e tecnologia / Digital Marketing Manager / CSPO / Founder 
O mercado mudou, a tecnologia evoluiu, novas gerações estão ditando mudanças em diversas áreas. Junto com o novo, o velho e tradicional modo de fazer um curriculum vitae morreu. Pois é, sem dó, nem piedade. E quem continuar apostando nas velhas práticas, pode se dar mal.
Isso não quer dizer que este documento não continue sendo pedido e que os candidatos devem deixar de fazê-lo, mas as coisas mudaram bastante e neste artigo vou apresentar algumas ideias para fugir do clichê e ser visto em meio a tantos candidatos.
Como era, como é
Quem se lembra daquela folha que comprávamos na papelaria e preenchíamos à caneta, compondo o curriculum vitae? Era preciso seguir à risca o que era pedido, não havia espaço para incluir informações diferentes das que eram pedidas ali e nem sempre conseguíamos preencher muitos campos, afinal, em outras épocas era bem mais difícil fazer cursos e pós-graduações.
Depois disso, com a era digital, nos contentávamos em, com dificuldade, usar um editor de textos para montar um currículo. Muita gente até pediu pro amigo ou sobrinho, porque "não sabia mexer no computador". Nesse formato digital escrevíamos mais do que devíamos, ou menos do que o necessário. A formatação não ajudava, as informações ficavam estranhas e desorganizadas e só quem era expert na ferramenta -  e com pensamento bem claro e organizado - conseguia fazer um currículo legalzinho em .doc.
O próximo passo? Imprimir ou enviar por e-mail, o importante era se livrar dele o quanto antes! Parece que o simples fato daquela "batata quente" não estar mais com a gente, já significava algo como "fiz minha parte, se não me contratarem a culpa não é minha". 
Se depois de um tempo empregado o desemprego batesse a porta, começávamos uma busca desenfreada nos cadernos de classificados de jornais impressos e mais recentemente nos sites de emprego. Também recorríamos a amigos, pedindo que eles nos indicassem em suas empresas ou "caso soubessem de algo". O problema é que nem sempre esse amigo realmente ajudava, às vezes nem queria você trabalhando com ele, mas dizia que havia enviado o documento ao RH.
Se o currículo chega até o departamento de Recursos Humanos, certamente será amoitado ou jogado fora, porque vamos combinar que nem sempre existe uma gestão desses papeis ou arquivos, principalmente quando não existe vaga disponível naquele momento. A verdade é que assim que surgir uma vaga existe uma boa chance de grande parte das empresas nem se lembrarem de olhar aquele arquivo, vão preferir anunciar a vaga em algum lugar.
Um amontoado de promessas
Por muito tempo o currículo resumiu-se a um amontoado de informações e promessas, muitas vezes vazias, às vezes enchedoras de linguiça, às vezes reais e às vezes aumentadas. Tudo o que importou por muito tempo foi a quantidade excessiva de informações e experiências descritas ali. E como é hoje? Não necessariamente a quantidade enorme de itens listados significará que alguém é bom. Nem sempre o que estudou numa instituição renomada é melhor que o que buscou cursos na internet e estudou sozinho. E se pensarmos em novas gerações, veremos saídas rápidas de empregos, porque estamos diante de um pessoal que pensa diferente: não é salário que vai prendê-los a um emprego.
Por muitos anos nos acostumamos com currículo repletos de títulos de cargos que não nos diziam muito sobre a atuação do candidato, vimos cursos ou experiências "nada a ver" com a vaga pretendida. Vimos números de CPF, fotos e citações que não cabiam naquele momento. Cada um fez seu currículo como quis, alguns acertaram e causaram boa impressão, outros erraram feio e foram eliminados logo de cara, porque imagino, se o currículo já era desorganizado e esquisito, o candidato devia ser também.
Mas ai as coisas evoluíram e novas ferramentas surgiram, como o LinkedIn. E o problema é que muita gente achou que ele se tratava de um currículo on-line e replicaram o mesmo comportamento que tinham com o currículo de papel. Acreditaram que bastava preencher alguns campos e pronto, um emprego milagroso pularia na tela do computador. Quer uma comparação? Na educação, muitos professores usaram tecnologias da mesma forma que fariam no papel, apenas digitalizaram uma folha para exibi-la no projetor multimídia, igual fariam num retroprojetor. Foi isso o que muita gente fez com as redes sociais e as ferramentas focadas em profissões e emprego.
E o tradicional currículo morreu
Para mim, hoje o currículo ou o processo de enviar um currículo virou algo como "quero concorrer à vaga", só isso. Uma espécie de assinatura digital, de aceite, e nada mais.
Lendo um currículo eu não consigo saber exatamente quem é a pessoa, em alguns casos ele diz muito pouco. Em muitos casos eu preciso eliminar por ser um documento tão ruim, tão malfeito, que tenho a certeza de que a pessoa também trabalhará daquela forma se eu a contratar.
Bato o olho nas informações e uma primeira impressão é formada. Mas ai, eu vou dar uma olhada no Facebook, no LinkedIn, no Google. Por mais que você me diga "ah, ali é vida pessoal", eu não consigo não olhar. E entendo, sei separar vida pessoal numa boa. Não sou recrutadora, apenas dirijo uma equipe e as vezes preciso contratar. Vou adorar se o candidato tiver um blog, um texto escrito por ele em algum lugar. ´É assim que eu costumo encontrar candidatos e geralmente são esses que eu contrato. Em alguns casos um portfolio é essencial: e acredite, ter um portfolio organizado pode fazer milagres.
Sou professora universitária e, por isso, acabo conhecendo bastante gente. Meu marido também é. Existe algo ai que eu quero revelar: já deixei de chamar pra entrevista ou contratar gente que talvez fosse boa tecnicamente, mas que quando eu me lembrei de algum comportamento que vi naquela pessoa quando ela foi meu aluno ou mesmo quando meu marido me disse que não era um bom aluno, desisti na hora.
As pessoas se esquecem que nossa imagem deve ser única o tempo todo. Temos vida pessoal, brincamos, saímos e alguns até bebem por ai, são escolhas. Mas tudo está sendo observado e pode colocá-lo fora de uma boa vaga, sem você nem imaginar. Se por um lado é preciso ser flexível e entender que um bom profissional é um ser humano completo, com vida pessoal e hobbies, não um robô que só trabalha, por outro, o velho e conhecido bom-senso continua em alta.
A hora da entrevista
Bem, ai a pessoa vai para a entrevista e a verdade começa a ser revelada. Em alguns casos o currículo era vago ou malfeito, mas a pessoa se revelou um ótimo perfil. Deu sorte de ter sido chamada, o currículo ruim poderia ter pesado contra.
Em outros, o currículo foi milimetricamente planejado, mas a pessoa se revelou uma péssima opção ou eu percebi que tudo aquilo que foi prometido no papel era forjado. E acredite, em muitos casos a pessoa enviou o currículo sem ler a vaga, porque quando foi entrevistada não cumpria nem metade dos requisitos pedidos. Isso diz muito sobre a pessoa: desatenção. A verdade é que a entrevista começa no primeiro contato e tudo está sendo observado.
Pois bem, se o tradicional currículo e aquele jeito velho de fazê-lo e de se comportar morreu, você não deve ficar esperando que um emprego apareça baseado nesse formato antigo de escrever um .doc, enviá-lo por e-mail e aguardar o milagre. Apenas. Vá atrás! Hoje as possibilidades são bem maiores que do que fazer apenas isso.
Conheci gente que foi contratada para uma vaga que não existia, ele a criou. Enviou um e-mail para o CEO ou diretor do negócio apresentando uma solução para algo ou algum tipo de análise sobre o negócio ou website do lugar e voilá, ganhou uma vaga. E muita gente foi vista a partir de artigos publicados no LinkedIn Pulse, por exemplo. É uma ferramenta que pode trazer uma visibilidade incrível ao profissional se for bem usada (no meu caso eu fiquei surpresa ao alcançar 10 mil pessoas me seguindo e diversas propostas de trabalho ou participação em eventos, pessoas que leram meus artigos e gostaram deles).
Um paralelo com o marketing de conteúdo
Vou fazer um paralelo: o marketing descobriu que diante de tanto conteúdo e tanta competição pela atenção das pessoas, apenas os bons conteúdos vão chamar a atenção de alguém. E ai começamos a estratégia de marketing de conteúdo, que busca entregar valor para sua audiência, resolver uma dor dela. Com o tempo, a marca se torna referência naquela área e educa o mercado, e ai provavelmente ela será a escolha do consumidor quando ele precisar comprar. Digamos que conseguir emprego virou isso: o quanto você é capaz de mostrar quem você é e o que pode realmente fazer. A era das promessas acabou, a época de escolher palavras lindas para enfeitar seu CV.doc já foi. Querem saber quem você é de verdade e quanto você consegue entregar, fazer, ser.
É por isso que o LinkedIn não deve ser usado como fazem do currículo tradicional. Não basta preencher: mostre-se, escreva um artigo. Dê a cara a tapa! Um portfolio também é muito potente, porque dependendo da área é preciso ver o que a pessoa foi capaz de realizar.
Nos próximos meses eu aposto que outras novas formas de currículo vão aparecer. Assim como já tem gente fazendo entrevista por Skype, vai ter gente se destacando ou empresas criando novos formatos: currículos em vídeo, vídeos integrados a PDFs dinâmicos, portfolios interativos, novos usos das ferramentas que já existem e outras ferramentas web específicas para esta finalidade.
Em resumo, a palavra de ordem agora é ser um fazedor, não um prometedor no papel. Você já pensou nisso como candidato? E como recrutador, você está aberto a novos modelos e processos?
Como a entrega de um documento para sinalizar seu interesse em uma entrevista ainda é exigida, veja algumas sugestões para sair do clichê e fazer um currículo bem mais atrativo:
No LinkedIn:
  • Complete seu perfil com o máximo de informações possíveis;
  • Tenha sempre uma foto, esses perfis são mais vistos. Atualize-se a cada 3 meses, mais ou menos, para mantê-la parecida com sua aparência atual;
  • As fotos devem ser profissionais (acredite, tem gente que põe foto sem roupa, ressaltando o bíceps, com o cônjuge);
  • Nunca escreva que seu cargo atual é "desempregado" ou equivalentes, isso dificulta a busca por recrutadores, que vão querer encontrar perfis de acordo com suas experiências;
  • Movimente sua rede participando de grupos, comentando postagens, socializando, publicando artigos próprios e relevantes e parabenizando quem conquista algo novo, por exemplo;
  • Siga empresas e influenciadores, mantenha-se atualizado e por dentro das novidades;
  • Ao adicionar uma pessoa personalize a mensagem, diga o porque gostaria de adicioná-la, não seja mais um;
  • Customize sua URL. Veja como fazer aqui.
  • Use o http://resume.linkedinlabs.com/ para fazer currículos incríveis de forma automática, conectando-o aos seus dados do Linkedin;